Manter um blogue como este ao longo dos anos é alimentar um monstro insaciável. Se tiverem uma tendência para a overdose sensorial e multimédia, pior ainda. A minha formação profissional e gosto pessoal passa por aí, daí a evolução deste espaço e muito do conteúdo nesse sentido.
O atraso deste artigo deve-se não só ao trabalho que dá elaborar algo desde género, como também a factores de ordem técnica como códigos que deixam de funcionar de forma repentina e, principalmente, à avaria de um disco rígido onde estavam muitos dados preciosos. Felizmente já estou a recuperar aos poucos o que parecia perdido mas até lá a motivação não era a melhor.
Tal como aconteceu no ano passado, observar o resultado final é como olhar para um estranho puzzle. Algumas partes (a vermelho) do texto dão para páginas que servem de complemento ao que se escreve, algumas imagens abrem noutra janela ao clicarmos nelas, outras direccionam para páginas que permitem escutar a música relacionada com as minhas escolhas. Enfim. Tudo isto é um convite à exploração de pequenos detalhes.
Já passou mais de um ano desde que eu e a Patrícia nos mudámos para a cidade de Budapeste, na Hungria. Desde então a nossa vida passou a estar ainda mais associada a um caos impróprio para cardíacos. O ritmo é de tal forma alucinante que temos de verificar na agenda se temos tempo para as necessidades mais básicas da vida ou do dia-a-dia. E muitas vezes a conclusão é que não temos. Inúmeros eventos para planear, concretizar, fazer publicidade, criar materiais, fazer reportagens, gerir recursos e imensos pormenores que dariam para criar um documentário praticamente. E dormir? Quando? E como? No caso da Patrícia então isso é quase impossível e chega a receber cerca de 100 e-mails com assuntos para tratar por dia. Felizmente os resultados têm sido positivos, com um bom número de alunos inscritos para aprender português e com os últimos eventos culturais a estarem repletos de pessoas.
Para terem uma pequena ideia do que andamos a fazer em Budapeste, nada como espreitarem com regularidade o site do Centro de Língua Portuguesa do Camões, I.P. em Budapeste. Foram já vários os momentos que ficam connosco, demasiados para enumerar aqui apesar de alguns que ficam na memória como a oportunidade de estarmos ao vivo com o escritor João Ricardo Pedro, com o poeta Fernando Pinto do Amaral ou com o realizador Vicente Alves do Ó, todos pessoas muito especiais. Ou o maravilhoso Dia da Língua Portuguesa com o grande concerto de fado de Mónica Cunha. Tantos. Deixo já a dica que nos próximos dias deverão ser reveladas mais fotografias de algumas reportagens.
O culminar de muito deste esforço e evolução profissional aconteceu recentemente com a Mostra de Cinema Português, em que houve necessidade de elaborar inúmeros materiais diferentes em tempo recorde, ajudar a que os filmes tivessem legendas em húngaro, actualizar da melhor maneira o site e por aí adiante. Isto só foi possível devido ao espírito de sacrifício, à formação que tive, à prática constante e ao apoio da Patrícia claro está. Numa altura em que o ensino profissional e o próprio sistema educativo está com tão má fama, ou recheado de alunos desinteressados ou forçados a percursos profissionais que nada têm a ver com o que estudaram, espero que o meu caso encha de orgulho e sorrisos alguns formadores em específico a quem muito devo, nomeadamente: Alexandrina Guerreiro, Ana do Carmo, Herlander Rui, Maria Ramos, Miguel Crespo, Pedro Suspiro, Ricardo Dias e Teresa Mota. Aqui fica o meu agradecimento a eles mais uma vez.
Quanto mais praticamos, quanto mais informação absorvemos e recolhemos no nosso cérebro de maneira inconsciente, melhor filtramos os conhecimentos ao sabor dos nossos gostos e tendências estéticas. É nesse sentido que muitas das áreas em que me movo têm sofrido alterações e uma evolução bastante visível. E também porque gosto de aprender obviamente. Os cartazes recentes que podem observar acima são apenas um pequeno exemplo de trabalhos que me deixaram particularmente satisfeito.
Os sites que elaborei para os Centros de Língua Portuguesa do Camões, I.P. em Budapeste (Hungria) e em Zagreb (Croácia), dos quais já falei aqui e aqui, também me deixaram com um sorriso apesar de todo o trabalho envolvido e são outra face visível de trabalhos diferentes em relação ao que fiz no passado. Posso dizer que ambos são uma enorme conquista pessoal e só não me alargo mais em palavras porque já falei muito deles nas ligações acima.
2013 foi também um ano em que participei em algumas exposições, com especial relevo para a intitulada ‘MONOCROM’, em conjunto com a Patrícia. Realizada em Coimbra e integrada no evento ‘Fotografia/Multimédia – Encontro Internacional 2013’, a convite da organizadora Patrícia Sucena de Almeida, esta exposição era formada por um conjunto de fotografias da nossa autoria, textos e vídeos, de modo a criar uma experiência… multimédia para os sentidos. De notar que a autoria dos materiais promocionais para todas as três fases desse evento acabaram por ficar a meu cargo também.
Pouco depois participámos em algumas exposições locais em Portugal com pequenas contribuições e no mesmo ano vi uma das minhas fotografias ser escolhida para integrar uma exposição colectiva na Croácia de nome ‘PhotoCITY 2013’.
Para culminar o ano da melhor maneira neste campo, a notícia de ter sido escolhido para integrar o livro de fotografia 'EYEMAZING: The New Collectible Art Photography' da editora Thames & Hudson, ao lado de nomes como Andrew Polushkin, Anna Block, Anne Arden McDonald, Antoine d’Agata, Arslan Ahmedov, Isa Marcelli , Joel-Peter Witkin, Katia Chausheva, Lauren Simonutti, Marcin Owczarek, Michael Ackerman, Sally Mann , ou Thomas Devaux.
Continuando no campo da fotografia, uma das ideias que vou tendo na cabeça é a criação de uma espécie de revista com artigos sobre alguns artistas em específico. Por agora isto ainda não tem prazo para ver a luz do dia já que dependerá muito de ter tempo livre e cabeça, mas a ideia andará perto da filosofia que levou Alfred Stieglitz a criar a publicação 'Camera Work'. Outra ideia é a criação de um livro composto por fotografias e textos da minha autoria relacionado com a cidade de Budapeste, também isto sem prazo por agora mas já com imensa matéria-prima para trabalhar.
Outro destaque pessoal em 2013 foi o convite do Professor Ferenc Pál, por sinal uma das pessoas que mais nos tem apoiado em Budapeste, para fazer a capa da versão portuguesa do livro 'De Camões a Saramago - Projeção Secular de Portugal na Hungria'. A tiragem da primeira edição foi muito limitada, mas é provável que em 2014 surja uma segunda.
Em Março, outro momento que ficou na memória foi a nossa participação em Budapeste na manifestação de solidariedade contra as políticas de austeridade impostas em Portugal. Não me vou alargar muito em palavras sobre este assunto porque podem ler mais sobre este acontecimento aqui.
A manifestação dos professores em que tive oportunidade de tirar algumas fotografias também fica na memória.
Como não vivemos só de trabalho ou de criatividade, no Verão aproveitámos a localização central de Budapeste para visitar algumas cidades na Europa. Bratislava, Praga, Dresden, Berlim, Zadar e Zagreb foram os destinos por onde passámos em modo corrida já que a odisseia fez-se sensivelmente em duas semanas. Demasiado para ver, demasiado para absorver, fomos bastante felizes. Zadar acabou por ser o ponto alto e Berlim a desilusão.
Noutros contextos, durante o Verão revelámos também um daqueles projectos de vídeo/curta-metragem que já estava perdido no tempo. 'Alice' funciona tanto como teaser como curta em si, ou pelo menos assim o defini na minha cabeça. É provável que não volte a pegar nesta ideia brevemente, mas em contraste esta vertente visual promete dar mais frutos no futuro e deverá afectar a direcção que este blogue irá seguir. Um exemplo do que falo é um texto que tinha escrito há umas semanas, com um podcast já gravado para o acompanhar como tem sido normal, até sentir a epifania que aquelas palavras e história serviriam melhor o propósito de uma curta-metragem ou algo semelhante invés de serem reveladas assim. Por vezes fico com a sensação que partilho demasiado e há coisas que é melhor serem surpresa.
Voltando a pegar na temática das viagens. Neste ano tivemos a oportunidade de visitar igualmente a cidade de Cracóvia, na Polónia. O motivo foi a participação da Patrícia no 1º Congresso dos Lusitanistas Polacos com a apresentação da sua conferência intitulada ‘O silêncio nas páginas de Novas Cartas Portuguesas e na imagética monocromática de Helena Almeida – uma perspectiva interdisciplinar’. Como escrevi aqui, o resultado foi muito positivo, conhecemos pessoas interessantes, trocaram-se várias impressões e o saldo foi mais uma experiência deveras enriquecedora.
Outra temática que continua a marcar presença são as minhas noites de música. Seja em Budapeste ou em Portugal, elas continuam a existir com maior ou menor frequência e alheias ao facto de muitos espaços fecharem ao longo dos anos. Com uma personalidade cada vez mais vincada, é provável que se mantenham no futuro enquanto sentir que fazem sentido ou que ainda motivam algumas pessoas a dançar ou a sentir algo diferente da norma. 2013 teve algumas, 2014 já teve uma e nesta sexta vai existir outra em Lisboa. Nunca são iguais, não têm restrição de géneros e a aposta continua a ser bandas com quem contacto, editoras e faixas que não os clichés mesmo que as bandas por vezes sejam familiares. Para mais do mesmo não merecia a pena e o mercado já está perfeitamente saturado nesse campo.
2013 foi um ano de muitas conquistas pessoais e profissionais, mas acima de tudo de muito trabalho. Tivemos à beira de dar em loucos inúmeras vezes mas continuámos a persistir e os resultados não podiam ter sido melhores. Foi também um ano de novos conhecimentos, de novos contactos, de novas amizades, em que o apoio de Judit Nagy, Sandy Badran, Bálint Urbán, José Reis Santos e Daniela Neves, assim como do professor Ferenc Pál, foram indispensáveis ao nosso bem estar e sanidade.
E antes que comecem a desesperar que isto nunca mais acaba, deixo um muito obrigado novamente a quem me segue e apoia. Aos leitores, às bandas, às editoras, aos amigos, aos meus pais e, em particular, à minha papoilita. ;) Votos que 2014 vos traga felicidade. Sem mais demoras, segue a minha lista de preferências em ordem alfabética.
O atraso deste artigo deve-se não só ao trabalho que dá elaborar algo desde género, como também a factores de ordem técnica como códigos que deixam de funcionar de forma repentina e, principalmente, à avaria de um disco rígido onde estavam muitos dados preciosos. Felizmente já estou a recuperar aos poucos o que parecia perdido mas até lá a motivação não era a melhor.
Tal como aconteceu no ano passado, observar o resultado final é como olhar para um estranho puzzle. Algumas partes (a vermelho) do texto dão para páginas que servem de complemento ao que se escreve, algumas imagens abrem noutra janela ao clicarmos nelas, outras direccionam para páginas que permitem escutar a música relacionada com as minhas escolhas. Enfim. Tudo isto é um convite à exploração de pequenos detalhes.
Já passou mais de um ano desde que eu e a Patrícia nos mudámos para a cidade de Budapeste, na Hungria. Desde então a nossa vida passou a estar ainda mais associada a um caos impróprio para cardíacos. O ritmo é de tal forma alucinante que temos de verificar na agenda se temos tempo para as necessidades mais básicas da vida ou do dia-a-dia. E muitas vezes a conclusão é que não temos. Inúmeros eventos para planear, concretizar, fazer publicidade, criar materiais, fazer reportagens, gerir recursos e imensos pormenores que dariam para criar um documentário praticamente. E dormir? Quando? E como? No caso da Patrícia então isso é quase impossível e chega a receber cerca de 100 e-mails com assuntos para tratar por dia. Felizmente os resultados têm sido positivos, com um bom número de alunos inscritos para aprender português e com os últimos eventos culturais a estarem repletos de pessoas.
Para terem uma pequena ideia do que andamos a fazer em Budapeste, nada como espreitarem com regularidade o site do Centro de Língua Portuguesa do Camões, I.P. em Budapeste. Foram já vários os momentos que ficam connosco, demasiados para enumerar aqui apesar de alguns que ficam na memória como a oportunidade de estarmos ao vivo com o escritor João Ricardo Pedro, com o poeta Fernando Pinto do Amaral ou com o realizador Vicente Alves do Ó, todos pessoas muito especiais. Ou o maravilhoso Dia da Língua Portuguesa com o grande concerto de fado de Mónica Cunha. Tantos. Deixo já a dica que nos próximos dias deverão ser reveladas mais fotografias de algumas reportagens.
O culminar de muito deste esforço e evolução profissional aconteceu recentemente com a Mostra de Cinema Português, em que houve necessidade de elaborar inúmeros materiais diferentes em tempo recorde, ajudar a que os filmes tivessem legendas em húngaro, actualizar da melhor maneira o site e por aí adiante. Isto só foi possível devido ao espírito de sacrifício, à formação que tive, à prática constante e ao apoio da Patrícia claro está. Numa altura em que o ensino profissional e o próprio sistema educativo está com tão má fama, ou recheado de alunos desinteressados ou forçados a percursos profissionais que nada têm a ver com o que estudaram, espero que o meu caso encha de orgulho e sorrisos alguns formadores em específico a quem muito devo, nomeadamente: Alexandrina Guerreiro, Ana do Carmo, Herlander Rui, Maria Ramos, Miguel Crespo, Pedro Suspiro, Ricardo Dias e Teresa Mota. Aqui fica o meu agradecimento a eles mais uma vez.
Quanto mais praticamos, quanto mais informação absorvemos e recolhemos no nosso cérebro de maneira inconsciente, melhor filtramos os conhecimentos ao sabor dos nossos gostos e tendências estéticas. É nesse sentido que muitas das áreas em que me movo têm sofrido alterações e uma evolução bastante visível. E também porque gosto de aprender obviamente. Os cartazes recentes que podem observar acima são apenas um pequeno exemplo de trabalhos que me deixaram particularmente satisfeito.
Os sites que elaborei para os Centros de Língua Portuguesa do Camões, I.P. em Budapeste (Hungria) e em Zagreb (Croácia), dos quais já falei aqui e aqui, também me deixaram com um sorriso apesar de todo o trabalho envolvido e são outra face visível de trabalhos diferentes em relação ao que fiz no passado. Posso dizer que ambos são uma enorme conquista pessoal e só não me alargo mais em palavras porque já falei muito deles nas ligações acima.
2013 foi também um ano em que participei em algumas exposições, com especial relevo para a intitulada ‘MONOCROM’, em conjunto com a Patrícia. Realizada em Coimbra e integrada no evento ‘Fotografia/Multimédia – Encontro Internacional 2013’, a convite da organizadora Patrícia Sucena de Almeida, esta exposição era formada por um conjunto de fotografias da nossa autoria, textos e vídeos, de modo a criar uma experiência… multimédia para os sentidos. De notar que a autoria dos materiais promocionais para todas as três fases desse evento acabaram por ficar a meu cargo também.
Pouco depois participámos em algumas exposições locais em Portugal com pequenas contribuições e no mesmo ano vi uma das minhas fotografias ser escolhida para integrar uma exposição colectiva na Croácia de nome ‘PhotoCITY 2013’.
Para culminar o ano da melhor maneira neste campo, a notícia de ter sido escolhido para integrar o livro de fotografia 'EYEMAZING: The New Collectible Art Photography' da editora Thames & Hudson, ao lado de nomes como Andrew Polushkin, Anna Block, Anne Arden McDonald, Antoine d’Agata, Arslan Ahmedov, Isa Marcelli , Joel-Peter Witkin, Katia Chausheva, Lauren Simonutti, Marcin Owczarek, Michael Ackerman, Sally Mann , ou Thomas Devaux.
Continuando no campo da fotografia, uma das ideias que vou tendo na cabeça é a criação de uma espécie de revista com artigos sobre alguns artistas em específico. Por agora isto ainda não tem prazo para ver a luz do dia já que dependerá muito de ter tempo livre e cabeça, mas a ideia andará perto da filosofia que levou Alfred Stieglitz a criar a publicação 'Camera Work'. Outra ideia é a criação de um livro composto por fotografias e textos da minha autoria relacionado com a cidade de Budapeste, também isto sem prazo por agora mas já com imensa matéria-prima para trabalhar.
Outro destaque pessoal em 2013 foi o convite do Professor Ferenc Pál, por sinal uma das pessoas que mais nos tem apoiado em Budapeste, para fazer a capa da versão portuguesa do livro 'De Camões a Saramago - Projeção Secular de Portugal na Hungria'. A tiragem da primeira edição foi muito limitada, mas é provável que em 2014 surja uma segunda.
Em Março, outro momento que ficou na memória foi a nossa participação em Budapeste na manifestação de solidariedade contra as políticas de austeridade impostas em Portugal. Não me vou alargar muito em palavras sobre este assunto porque podem ler mais sobre este acontecimento aqui.
A manifestação dos professores em que tive oportunidade de tirar algumas fotografias também fica na memória.
Como não vivemos só de trabalho ou de criatividade, no Verão aproveitámos a localização central de Budapeste para visitar algumas cidades na Europa. Bratislava, Praga, Dresden, Berlim, Zadar e Zagreb foram os destinos por onde passámos em modo corrida já que a odisseia fez-se sensivelmente em duas semanas. Demasiado para ver, demasiado para absorver, fomos bastante felizes. Zadar acabou por ser o ponto alto e Berlim a desilusão.
Noutros contextos, durante o Verão revelámos também um daqueles projectos de vídeo/curta-metragem que já estava perdido no tempo. 'Alice' funciona tanto como teaser como curta em si, ou pelo menos assim o defini na minha cabeça. É provável que não volte a pegar nesta ideia brevemente, mas em contraste esta vertente visual promete dar mais frutos no futuro e deverá afectar a direcção que este blogue irá seguir. Um exemplo do que falo é um texto que tinha escrito há umas semanas, com um podcast já gravado para o acompanhar como tem sido normal, até sentir a epifania que aquelas palavras e história serviriam melhor o propósito de uma curta-metragem ou algo semelhante invés de serem reveladas assim. Por vezes fico com a sensação que partilho demasiado e há coisas que é melhor serem surpresa.
Voltando a pegar na temática das viagens. Neste ano tivemos a oportunidade de visitar igualmente a cidade de Cracóvia, na Polónia. O motivo foi a participação da Patrícia no 1º Congresso dos Lusitanistas Polacos com a apresentação da sua conferência intitulada ‘O silêncio nas páginas de Novas Cartas Portuguesas e na imagética monocromática de Helena Almeida – uma perspectiva interdisciplinar’. Como escrevi aqui, o resultado foi muito positivo, conhecemos pessoas interessantes, trocaram-se várias impressões e o saldo foi mais uma experiência deveras enriquecedora.
Outra temática que continua a marcar presença são as minhas noites de música. Seja em Budapeste ou em Portugal, elas continuam a existir com maior ou menor frequência e alheias ao facto de muitos espaços fecharem ao longo dos anos. Com uma personalidade cada vez mais vincada, é provável que se mantenham no futuro enquanto sentir que fazem sentido ou que ainda motivam algumas pessoas a dançar ou a sentir algo diferente da norma. 2013 teve algumas, 2014 já teve uma e nesta sexta vai existir outra em Lisboa. Nunca são iguais, não têm restrição de géneros e a aposta continua a ser bandas com quem contacto, editoras e faixas que não os clichés mesmo que as bandas por vezes sejam familiares. Para mais do mesmo não merecia a pena e o mercado já está perfeitamente saturado nesse campo.
2013 foi um ano de muitas conquistas pessoais e profissionais, mas acima de tudo de muito trabalho. Tivemos à beira de dar em loucos inúmeras vezes mas continuámos a persistir e os resultados não podiam ter sido melhores. Foi também um ano de novos conhecimentos, de novos contactos, de novas amizades, em que o apoio de Judit Nagy, Sandy Badran, Bálint Urbán, José Reis Santos e Daniela Neves, assim como do professor Ferenc Pál, foram indispensáveis ao nosso bem estar e sanidade.
E antes que comecem a desesperar que isto nunca mais acaba, deixo um muito obrigado novamente a quem me segue e apoia. Aos leitores, às bandas, às editoras, aos amigos, aos meus pais e, em particular, à minha papoilita. ;) Votos que 2014 vos traga felicidade. Sem mais demoras, segue a minha lista de preferências em ordem alfabética.
Música | Álbuns |
Almost Charlie - Tomorrow's Yesterday
--> OPINIÃO
«A voz é um encanto, complementada pelo dedilhar acústico das guitarras e da execução exímia dos restantes instrumentos, um cuidado genuíno nas composições e harmonias que nos embevece os ouvidos.»
Aube L - Wake Up The Joy
--> OPINIÃO
«Nem consigo explicar como é complicado escutar um disco desta artista francesa, nunca consegui e duvido que alguma vez o consiga. O efeito que a música nos provoca é sempre maravilhoso e é impossível ficar-se indiferente.»
Black City Lights - Another Life
--> OPINIÃO
«As características musicais mantêm-se, voz feminina sedutora, intrigante, negra e luminosa ao mesmo tempo, unida a um tapete sonoro comandado por sintetizador e capaz de construir melodias nada lineares, uma amálgama positiva para os sentidos...»
Black Swan Lane - The Last Time In Your Light
--> OPINIÃO
«...uma obra de arte de uma banda que não só me é muito querida, como também uma lufada de ar fresco num mundo que privilegia cada vez mais o descartável e a pressa do imediato, da falta de tempo para sentirmos algo que seja.»
Diamat – Being Is The Sum Of Appearing
--> OPINIÃO
«É como se a paixão pelo que fazemos e acreditamos estivesse ao alcance de um pequeno estalar de dedos, de algum som mais particular que nos provoca aquele clique imediato e que nos faz propelir ao encontro do futuro.»
Girls in Hawaii - Everest
--> OPINIÃO
«...assume-se não só como um regresso aguardado, mas também como o melhor disco desta banda. Mais coeso, sem os desequilíbrios de antes em que um tema ou outro se destacava dos restantes, o nível qualitativo mantém-se do início ao fim.»
Opale - L'Incandescent
--> OPINIÃO
«O fascínio que alguns dos temas nos provocam reside no equilíbrio perfeito entre as diferentes nuances e paletes sonoras, assim como no crescendo eficaz que parte da vertente ambiental para culminar posteriormente em ritmos mecânicos dançáveis...»
R.roo - Exist
--> OPINIÃO
«...uma jornada conceptual soberba que nos deixa cambaleantes e inebriados com o som delicado do piano, cada vez mais presente e acentuado na música de r.roo, como pelo evoluir pouco linear de muitas das faixas que nos apanha de surpresa.»
Tango With Lions - A Long Walk
--> OPINIÃO
«...uma mistura rock alternativa que tanto nos impele a dançar como a divagações e a visões de estradas poeirentas que percorremos sozinhos de carro com o rádio como única companhia.»
Zinovia - The Gift Of Affliction
Alguns temas já apareceram por aqui em podcasts/textos, mas as vicissitudes da vida impediram-me de falar aqui antes sobre este disco maravilhoso. Ambientes electrónicos suaves, propícios a viajar, introspecção e paz. Magnífico.
Música | Menções Honrosas |
Aestrid - Box
Atiq & EnK - Fear of the Unknown --> OPINIÃO
Haq - Nocturnals --> OPINIÃO
I'lls - A Warm Reception --> OPINIÃO
IAMX - The Unified Field
Julianna Barwick - Nepenthe
Képzelt Város - Anatolij --> OPINIÃO
Kitchens of Distinction - Folly
Lumiere Brother - Twenty One
Noiserv - Almost Visible Orchestra --> OPINIÃO
Observer Drift - Fjords
Orla Wren - Book of the Folded Forest
Plastic People - Stories of Last Kisses and Other Poems --> OPINIÃO
Sigur Rós - Kveikur
Silent Pictures - Under Exposed
Soviet Soviet - Fate
The Underground Youth - The Perfect Enemy For God
Tropic Of Cancer - Restless Idylls
Undermathic - Indistinct Face
YOUAREHERE - Primavera
Música | Temas |
Austra - Painful Like --> OUVIR
Azure Blue - Time Is On Our Side --> OUVIR
Burzinski - Passing Days --> OUVIR
Chelsea Wolfe - The Warden --> OUVIR
Chinawoman - Vacation from Love --> OUVIR
Daughter - Still --> OUVIR
Déesse - Manual --> OUVIR
DOOMSQUAD - Riders on the Storm --> OUVIR
Emerald Park - Black Box --> OUVIR
Esben & The Witch - Smashed To Pieces In The Still Of The Night --> OUVIR
Escondido - Black Roses --> OUVIR
Girls Names - Hypnotic Regression --> OUVIR
Glass Vaults - Ancient Gates --> OUVIR
Gliss - The Sea Tonight --> OUVIR
Hearts Of Black Science - College Dreams --> OUVIR
I Break Horses - Faith --> OUVIR
Jon Hopkins - Collider --> OUVIR
Katie Cruel - This is Not a Love Song --> OUVIR
Low Sea - Afflictions Of Love --> OUVIR
Lulu Rouge - You Say I'm Crazy --> OUVIR
My TV Is Dead - What Is Wrong --> OUVIR
No Clear Mind - When You're Not Here --> OUVIR
Nord & Syd - Inte idag --> OUVIR
pacificUV - American Lovers --> OUVIR
Plastic Flowers - Populists --> OUVIR
Schonwald - Mercurial --> OUVIR
SolarSolar - Royal Tigers --> OUVIR
Still Corners - The Trip --> OUVIR
The Foreign Resort - Dead End Roads --> OUVIR
The Knife - Full Of Fire --> OUVIR
The KVB - Shadows --> OUVIR
The National - Fireproof --> OUVIR
This Vision - Hungry Heart --> OUVIR
TWOS - Slow Down --> OUVIR
-- // -- |
Televisão |
Hannibal - 1ª Temporada --> TRAILER
House of Cards - 1ª Temporada --> TRAILER
The Killing - 3ª Temporada --> TRAILER
Vikings - 1ª Temporada --> TRAILER
Cinema |
12 Years a Slave --> TRAILER
Dallas Buyers Club --> TRAILER
Gravity --> TRAILER
Rush --> TRAILER
The Wolf of Wall Street --> TRAILER
Documentários |
BBC: Africa --> TRAILER
Blackfish --> TRAILER
Call Me Kuchu --> TRAILER
Channel 4: When Bjork Met Attenborough --> TRAILER
Cutie and The Boxer --> TRAILER
ITV: Secret Life of Dogs --> TRAILER
Jodorowsky's Dune --> TRAILER
Salinger --> TRAILER
The Man Who Shot Beautiful Women --> TRAILER
Tim's Vermeer --> TRAILER
Anime |
Attack on Titan (Shingeki no Kyojin) --> TRAILER
Berserk: The Golden Age Arc --> TRAILER
Jojo's Bizarre Adventure --> TRAILER
Space Battleship Yamato 2199 --> TRAILER
The Tale of Princess Kaguya --> TRAILER
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