Balanço 2017: Da partilha incessante, uma década depois


Para os menos pacientes, cliquem aqui para ir directamente para as minhas listas de preferências deste ano.
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É desconcertante constatar, olhando para o que escrevi nos parágrafos iniciais do balanço anterior, que tudo o que lá está se mantém ou piorou. Não querendo repetir-me, prefiro deixar ao critério de quem lê o desejo de revisitar tais palavras clicando na ligação respectiva. Algo que também perdura é a quantidade considerável de conteúdos a explorar de ano para ano. No campo das listas de preferências pessoais, a categoria dedicada à animação japonesa desapareceu nesta edição por uma razão simples: ter deixado gradualmente de acompanhar trabalhos inseridos nesse âmbito. Já a recente dedicada a livros manteve-se, reflectindo a evolução do blogue e o meu regresso a movimentações literárias. Uma coisa vos posso dizer: o discurso anual, persistente, de que não existiu nada ou quase nada de bom para consumir/desfrutar, seja em que área for, não tem lugar aqui. Quem pensa dessa forma pode considerar-se morto e enterrado em vida. Isso é ainda mais triste quando proferido por profissionais, revelando uma lacuna enorme de investigação, de procurar a sublimação ou a surpresa que deveria fazer parte do seu trabalho. É seguir a via mais fácil, o discurso que enaltece um vazio sendo ele, em si mesmo, o próprio vazio de ser.


2017 foi o ano em que este blogue celebrou 10 anos, como já tive a oportunidade de referir aqui. As mudanças foram muitas desde os seus primórdios, com algumas das mais drásticas a ocorrerem quando eu e a Patrícia nos juntámos há sete anos. Devido à química existente e ao seu percurso académico, mas não só, claro, sinto-me impelido/inspirado a tentar fazer melhor, sempre. Isso acaba por se reflectir, entre outras coisas, na escrita. Se é verdade que a prática, assim como a leitura, ajudam a melhorar, não se pode descurar o factor essencial, vulgo privilégio, de a minha companheira ser uma boa editora. Conversas, troca de opiniões, leitura mútua de textos, existem várias dinâmicas aqui por casa, cada um de nós desempenhando o seu papel, levando o outro a tentar melhorar ou a inspirar-se. Por muito que batalhemos sozinhos é quase impossível evoluir se não existir uma voz que nos ajude a guiar, ou até a meter um travão quando necessário, ou um ponto de vista discordante que faça sentido. Palmadinhas nas costas constantes não nos levam a lado nenhum e, por oposição, nem energia negativa a toda a hora. Conseguir um meio-termo não é, contrariamente ao que se poderia supor, sinónimo de insipidez mas sim uma manifestação radical de abertura de pensamento.


Devido ao novo livro em curso (já lá iremos), mas também a trabalhos constantes, as actualizações no blogue continuaram erráticas e, provavelmente, assim continuará pelos mesmos motivos, mas também porque cada publicação nova tende a levar o seu tempo, com o extenso resultado final a colidir com a ansiedade desta era em que vivemos. Com relação directa, a iniciativa das Edições Cellophane, um ano depois, pauta pela continuidade e por uma postura que tem tanto de anti-comercial como do seu oposto, num sentido algo restrito do termo. As encomendas e artigos continuam disponíveis apenas através de mim, não aparecendo em lugar algum dos considerados habituais, tal como não sou apologista de lançamentos ou leituras públicas por razões que já aqui explicitei. Ao mesmo tempo, não me inibo de fazer publicidade regular de artigos da minha autoria, movendo-me por vários campos e plataformas digitais diferentes. Apesar do potencial da iniciativa, as únicas aparições raras ao vivo aconteceram em feiras, em contextos específicos. Neste campo, a maior novidade foi a presença de alguns exemplares dos livros Histórias em Cellophane e Moléculas na “XXI Feira Pan-Amazônica do Livro”, no Brasil, oportunidade que surgiu por amizade e gentileza dos escritores Daniel da Rocha Leite e Luciana Brandão Carreira, a quem agradeço novamente pela oportunidade única. Aproveito também para agradecer, uma vez mais, o perspicaz artigo que surgiu em 2017 pela pena do leitor/escritor Pedro Teias sobre os referidos livros, que descortina muitas das camadas associadas aos mesmos.


Num campo totalmente distinto, um dos projectos mais recompensadores de 2017 foi a feitura da página oficial que desenvolvi para o Centro de Língua Portuguesa do Camões, I.P. em Santiago do Chile. Foram meses entre a preparação e construção de todo o website, um processo sobre o qual podem ler em maior profundidade nesta ligação.


No seguimento, a minha colaboração com o Centro de Língua Portuguesa do Camões, I.P. em Budapeste continuou durante este ano, seja na elaboração de cartazes e de outros conteúdos, como na manutenção e actualização da página oficial. É curioso constatar aqui a passagem do tempo ao verificar que o meu trabalho para o Centro (e ligação com a Hungria, já agora) ultrapassou em 2017 a fasquia dos cinco anos, o que ajudou a cimentar uma estética particular. Em 2018, o Centro celebrará duas décadas de existência, prometendo-se algumas novidades para essa altura.




Chega a ser algo caricato perceber que ao longo dos anos me mantenho tão afastado como inserido em certos meios, em particular o literário e o académico. Não pertenço a nenhum e a minha postura pauta, em geral, pela discrição (várias pessoas não fazem sequer ideia de que já ajudei a promover trabalhos delas, por exemplo), mas verifico que colaboro regularmente com qualquer um deles. Este ano viu surgir colaborações com outras entidades e, até, editoras. Neste último campo, uma em particular prometia ser frutuosa mas infelizmente tal não viria a suceder. Como este blogue, assim como eu, se abstém de perder tempo com certas coisas, abdico de referir nomes por não ser necessário, assim como pela sua insignificância. Em contraste, perto do final do ano tive a oportunidade de colaborar activamente com o Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CEC-FLUL), o que se revelou uma odisseia positiva assente na edição de múltiplos vídeos em tempo recorde.


A colaboração com o CEC-FLUL acabou por ser uma evolução lógica, que partiu de alguns eventos em que estive envolvido, entre eles o EJICOMP, organizado pela Patrícia, com quem acabaria por elaborar a página oficial do evento, o rollup, executar o cartaz, o programa e, até, fazer a reportagem fotográfica do evento.


Continuando na ligação ao meio académico e, neste caso, igualmente ao meio literário, outro ponto alto de 2017 foi, sem dúvida, a nossa deslocação à Ilha do Sal, em Cabo Verde, para a primeira edição do Festival de Literatura-Mundo do Sal. O contexto foi uma mesa de debate em que a Patrícia ia participar e o resultado final, como pude descrever anteriormente, foi muito positivo. Para mim foi uma oportunidade de convívio, de aprendizagem e de registo fotográfico de alguns momentos de uma realidade que desconhecia até então. Um agradecimento especial e renovado ao Filinto Elísio, à Márcia Souto, à Patrícia Santos Pinto e ao José Luís Peixoto.


Nesta senda, também nos deslocámos a Santarém este ano para uma comunicação que a Patrícia ia proferir, que serviu para desfrutarmos de alguns momentos bucólicos entretanto, com imagens a condizer. Pelo caminho, 2017 serviu até para um curto regresso ao djing três anos depois de me ter afastado dessas lides, desta feita no contexto de um casamento em que fiquei encarregado de tratar de toda a parte sonora. É algo que fiz regularmente durante anos, com este tipo de eventos a precisarem, em média, de vinte horas de trabalho intenso (se contarmos apenas com a preparação no próprio dia/festa em si e não com as semanas/meses até lá). Deste ano, guardo também na memória alguns momentos fotográficos ocasionais como os que registei no lançamento do livro Carpe Diem, Nuvem, de Françoise M., de Adriana Crespo, assim como colaborações esporádicas relacionadas com projectos familiares.


Este ano acabaria por ficar marcado, também, por uma sensação de futuro premente, de alicerces que são construídos para que possam vir a sustentar algo que se anuncia gradualmente. E aqui, um dos mais importantes é o do novo livro em curso. Tal como aconteceu com os anteriores, um dos sinais premonitórios do que pode vir a surgir vislumbrou-se perto do final do ano quando decidi fazer algumas surpresas em forma de prendas. É um momento de sorrisos e de testes, de se perceber potenciais. Algumas delas estavam claramente ligadas a uma ideia de campanha semelhante aquela por que decidi optar em 2016, com recompensas várias, mas numa perspectiva mais ambiciosa, ou não fosse uma das motivações o tentar oferecer algo diferente e melhor. Isto diz-nos que a probabilidade de seguir uma via de campanha focada no contacto directo com leitores/público, como sucedeu com os livros anteriores, é elevada, apesar de nada estar ainda decidido. E pormenores mais em concreto além dos que revelei recentemente?
Não sendo apreciador da definição de um livro através de um género literário, compreendo a sua necessidade para funções de marketing. Sendo assim, a surpresa de anunciar que este novo livro é um romance (em vez da prosa poética que escrevi nos últimos anos) não deverá ser muita para quem me segue. As dicas até agora de que seria uma obra claramente diferente das anteriores foram algumas. O número previsto de páginas é entre 120 a 200, no mínimo; os testes de paginação seguem de perto a evolução do conteúdo e a banda sonora que tem acompanhado o processo de escrita compõe-se já neste momento por dois discos/podcasts, sendo muito provável que até ao final mais possam surgir. Os tais sinais premonitórios abundam. E prazo de término? A meta é o processo de escrita e revisão final serem concluídos até ao final de 2018, mas sem garantias por enquanto.


Outros dois livros, entretanto, estão também em andamento. O primeiro situa-se igualmente no campo literário digamos, mas ainda é muito cedo para falar sobre ele; o segundo é o que está relacionado com a minha vertente de fotografia. Ambos não têm previsão de datas para a sua conclusão, apesar de a meta para o primeiro se encontrar em 2018. Pelo meio, temos o projecto fotográfico relacionado com cemitérios, que se vai mantendo de forma constante. Algo mais concreto que posso revelar agora sobre ele é o facto de atravessar várias frentes, entre elas a principal, fotográfica, mas também a da escrita, do vídeo (na divulgação) e do webdesign, visto que terá uma página web dedicada.


Por fim, uma pergunta: já estão inscritos na newsletter do blogue? Caso a resposta seja negativa, têm um bom incentivo em fazê-lo porque assim podem receber todas as actualizações no conforto do e-mail, mas também devido a conteúdos exclusivos que partilho ocasionalmente dessa forma. ;)


2017 foi um ano produtivo, de continuidade, de partilhas, de tentar manter a vontade de sonhar e de oferecer alternativas. Estas características podem trazer com elas alguns dissabores e rupturas, em parte por não se coadunarem com o estado do mundo ou porque implicam não dar crédito, conversa ou tempo a energias nocivas e a mentalidades pequenas. É a mesmo lógica que me faz escrever no blogue sobre assuntos, discos (ou inserir o que se quiser) que me digam algo e ignorar muito do resto. Não temos de falar de tudo, muito menos contribuir para o ruído latente. A ausência é suficiente, explícita e muito mais eficaz.

Resta-me agradecer mais uma vez a tod@s. Votos de que 2018 vos traga felicidade, muitas surpresas boas e energia positiva.

Como já é norma, segue-se a minha lista de preferências deste ano, por ordem alfabética. As minudências de ordem técnica neste artigo são muitas, com imensos códigos personalizados e imagens a condizer, de modo a facilitar todo o processo ao leitor. O trabalho que isto dá é enorme mas, desta forma, para quem tiver interesse em saber mais, em ouvir alguma música ou ver um trailer sobre uma série, filme ou documentário por exemplo, basta clicar no local respectivo e assim têm muito material com que se entreterem ou por onde se inspirarem, sem precisarem de procurar.

Música | Álbuns (clicar nas imagens para ouvir)


Angèle David-Guillou - En Mouvement

O nome de Angèle poderá ser familiar para quem aprecia a música dos Piano Magic já que colaborou em alguns discos. No seu segundo álbum em nome próprio (descontando os dois sob a designação Klima), as influências de Philip Glass e Michael Nyman surgem de forma clara neste registo de composições neoclássicas.


Arca - Arca

A sensação inicial é de estranheza. Pouco depois, vem-nos à memória a cena do filme Mulholland Drive, de David Lynch, em que assistimos à performance de "Llorando". Produtor e engenheiro de som, Arca é um dos colaboradores mais recentes de Björk, tendo inclusive produzido o novo álbum da cantora islandesa.


Astrïd & Rachel Grimes - Through the Sparkle
--> OPINIÃO

«Música clássica contemporânea, melodias para filmes imaginários, banda sonora para escrever todos os livros, as definições podem ser várias, mas isso pouco importa.»


Black Swan Lane - Under My Fallen Sky
--> OPINIÃO

«...uma banda que não cessa de surpreender pela qualidade e consistência, que teima manter-se em segredo para o público em geral e que, mesmo assim, não desiste. Under My Fallen Sky é um álbum luminoso e inspirador.»


Clustersun - Surfacing To Breathe
--> OPINIÃO

«Três anos após o disco de estreia, Surfacing To Breathe anuncia-se como uma descarga sonora implacável que bebe de alguns géneros musicais familiares como pós-punk, shoegaze, indie e rock psicadélico.»


Minor Victories - Minor Victories (Orchestral Variations)

Versão orquestral, instrumental, maravilhosa, do disco de estreia homónimo editado o ano passado pelo projecto que junta Rachel Goswell dos Slowdive, Stuart Braithwaite dos Mogwai e Justin Lockey dos Editors.



Ofeliadorme - Secret Fires
--> OPINIÃO

«Ambiente sedutor, misterioso, cinemático, que nos envolve com melodias lânguidas. Trip-hop, shoegaze, laivos indie pop de contornos alternativos.»



Out Lines - Conflats

James Graham, mais conhecido como vocalista dos The Twilight Sad, Kathryn Joseph e o produtor Marcus Mackay, formaram recentemente este projecto que deu origem a este disco mágico. Piano, acordeão, percussão forte, o contraste das vozes de James e Kathryn, a não linearidade das composições, o resultado final é inspirador.


Porcelain Raft – Microclimate

Texturas sonoras ricas, com uma sensibilidade que mistura electrónica, shoegaze e ritmos contagiantes. O mais recente álbum do italiano Mauro Remiddi, mentor do projecto Porcelain Raft, convida-nos a entrar numa viagem sensorial estimulante.



Slowdive - Slowdive

O regresso grandioso dos Slowdive, vinte anos depois, não desiludiu, pelo contrário. A sonoridade shoegaze dos primórdios, com guitarras e melodias que nos transportam consigo, mantém-se intacta, como se o tempo não tivesse passado.



Música | Álbuns e EPs Menções Honrosas (clicar nas imagens para ouvir)

A Victim Of Society - Freaktown --> OPINIÃO
Björk - Utopia
Black Mare - Death Magick Mother --> OPINIÃO
Blonde Redhead - 3 O’Clock EP
Burzinski - Autumn Fears --> OPINIÃO
Carta - The Sand Collector's Dream
Cigarettes After Sex - Cigarettes After Sex
Crisopa - Transhumante
Death of Lovers - The Acrobat
Drab Majesty - The Demonstration
Electric Floor - Fader EP
Girls in Hawaii - Nocturne
Huron - Inside Information
It’s For Us - Come With Me
Kedr Livanskiy - Ariadna
Lea Porcelain - Hymns to the Night
Lotte Kestner - Off White
Lucky​+​Love - Lucky​+​Love
Nyctalgia - A Hint of Eternity
On The Wane - Schism
R.roo - Shilly​-​shally
Raumklang Music - Snowflakes VIII
Ride - Weather Diaries
Sisters of Your Sunshine Vapor - Lavender Blood
SPC ECO - Calm
Tatiana Alamartine - Searching
Tempers - Fundamental Fantasy EP
The Afghan Whigs - In Spades
The Away Days - Dreamed at Dawn
The Black Angels - Death Song
The Dayoffs - The Dayoffs
The History of Colour TV - Something Like Eternity
The Radiation Flowers - Summer Loop
The War On Drugs - A Deeper Understanding
When The Sun Hits - Immersed Within Your Eyes
Wy - Okay


Música | Temas (destaques dos discos)

Angele David-Guillou - V. for Visconti --> OUVIR
Arca - Anoche --> OUVIR
Astrïd & Rachel Grimes - M5 --> OUVIR
Black Swan Lane - On Your Command --> OUVIR
Clustersun - Raw Nerve --> OUVIR
Minor Victories - Cogs (Orchestral Version) --> OUVIR
Ofeliadorme - Visions --> OUVIR
Out Lines - Our Beloved Dead --> OUVIR
Porcelain Raft - Rolling Over --> OUVIR
Slowdive - Don't Know Why --> OUVIR

A Victim Of Society - Potential Mental Patient --> OUVIR
Björk - Arisen My Senses --> OUVIR
Black Mare - Death By Desire --> OUVIR
Blonde Redhead - Golden Light --> OUVIR
Burzinski - Baroque Panic --> OUVIR
Carta - Madeira --> OUVIR
Cigarettes After Sex - Apocalypse --> OUVIR
Crisopa - Fast Dive --> OUVIR
Death Of Lovers - Orphans Of The Smog --> OUVIR
Drab Majesty - Too Soon To Tell --> OUVIR
Electric Floor - Charming Dress --> OUVIR
Girls in Hawaii - Walk --> OUVIR
Huron - Blank Cities --> OUVIR
It's For Us - Ghost Officer --> OUVIR
Kedr Livanskiy - Ariadna --> OUVIR
Lea Porcelain - Out Is In --> OUVIR
Lotte Kestner - Ghosts --> OUVIR
Lucky​+​Love - Digging in the Earth --> OUVIR
Nyctalgia - A Hint of Eternity --> OUVIR
On The Wane - Sultry Song --> OUVIR
R.roo - Die in your eyes --> OUVIR
Raumklang Music - [basementgrrr] - Empire --> OUVIR
Ride - All I Want --> OUVIR
Sisters of Your Sunshine Vapor - See You In the Mourning --> OUVIR
SPC ECO - Rising Up --> OUVIR
Tatiana Alamartine - All at Night --> OUVIR
Tempers - Further --> OUVIR
The Afghan Whigs - Arabian Heights --> OUVIR
The Away Days - Less Is More --> OUVIR
The Black Angels - I'd Kill For Her --> OUVIR
The Dayoffs - Two Actors in a Cage --> OUVIR
The History Of Colour TV - Wreck --> OUVIR
The Radiation Flowers - Colours --> OUVIR
The War On Drugs - Holding On --> OUVIR
When The Sun Hits - Lie To Me --> OUVIR
Wy - You + I --> OUVIR


Música | Temas (outros)

A Shoreline Dream - Room for the Others --> OUVIR
Alvvays - In Undertow --> OUVIR
Analogue Wave - Hope --> OUVIR
Bartosz Dziadosz & Tomasz Mreńca - Borderline --> OUVIR
Black Rebel Motorcycle Club - Little Thing Gone Wild --> OUVIR
Bootblacks - The Longest Night --> OUVIR
Broads - Climbs --> OUVIR
Chelsea Wolfe - Spun --> OUVIR
Crash City Saints - The Hour of the Wolf --> OUVIR
Discolor Blind - The Life of Lily --> OUVIR
Elbow - Magnificent (She Says) --> OUVIR
Kini - I Too Overflow --> OUVIR
Lali Puna - The Bucket --> OUVIR
Miniatures - Honey --> OUVIR
My Favourite Things - A Little Closer --> OUVIR
Oranj Son - Still --> OUVIR
Rlyeh1 - Precious Stone --> OUVIR
Ryuichi Sakamoto - Life, Life --> OUVIR
Sextile - One of These --> OUVIR
Sister Socrates - Less Myself --> OUVIR
Sleep Thieves - Is this ready? --> OUVIR
Someday - Clean Couch --> OUVIR
Stav G - Manar's Song --> OUVIR
Sweeney - 45 --> OUVIR
Sykoya - Lost Again --> OUVIR
The Black Watch - Way Strange World --> OUVIR
The Breeders - Wait in the Car --> OUVIR
The Foreign Resort - She is Lost --> OUVIR
The Golden Filter - Dust --> OUVIR
The Golden Filter - End of Times --> OUVIR
The Hurt - Sleeping --> OUVIR
The National - The System Only Dreams in Total Darkness --> OUVIR
The Slow Readers Club - Lunatic --> OUVIR
The Stevenson Ranch Davidians - Wack Magick --> OUVIR
Tombstones In Their Eyes - Another Day --> OUVIR
Torres - Helen In The Woods --> OUVIR
Tulipomania - On The Outside --> OUVIR
Venus's Delight - E For Empathy --> OUVIR
Wendy Rae Fowler - Svengali --> OUVIR

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Espectáculos ao vivo/Exposições
Lamb - Concerto (Coliseu de Lisboa, Lisboa)
Linda Martini - Concerto (Quinta das Conchas, Lisboa)
'Paula Rego, O Mundo Fantástico de' - Exposição (Centro comercial Colombo, Lisboa)

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Documentários
Abstract: The Art of Design

Blue Planet II

Kedi

One of Us

The Vietnam War

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Televisão
Big Little Lies

Billions - 2ª Temporada

Black Mirror - 4ª Temporada

Blood Drive

Catastrophe - 3ª Temporada

Dark

Feud

Glow

Halt & Catch Fire - 4ª Temporada

Incorporated

Manhunt: Unabomber

Mindhunter

Mr. Mercedes

Narcos - 3ª Temporada

Peaky Blinders - 4ª Temporada

Silicon Valley - 4ª Temporada

Stranger Things - 2ª Temporada

Taboo

The Deuce

The Expanse - 2ª Temporada

The Handmaid's Tale

The Marvelous Mrs. Maisel

The Path - 2ª Temporada

The Punisher

The Sinner

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Cinema
Blade Runner 2049

Get Out

Logan

Mother!

On Body and Soul

Una Mujer Fantástica

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Livros (clicar na imagem para mais informações)
Épico de Gilgameš
O Épico de Gilgameš é considerado, geralmente, o primeiro grande texto literário escrito pelo Homem, assim como o mais antigo poema longo. Qual a razão então para que esta obra, com origem na Mesopotâmia e uma história de cerca de 4.000 anos, apareça aqui nas minhas escolhas pessoais de 2017? Em primeiro lugar, pelo facto de esta edição beneficiar de uma nova tradução, erudita, mais fidedigna (não completa/partes do texto original continuam perdidas), de Francisco Luís Parreira. Até agora existia apenas uma de Pedro Tamen a partir de uma tradução inglesa de poucos excertos do poema original. Esta nova edição conta também com uma introdução, imensas notas e comentários, indispensáveis para uma melhor compreensão da obra e, até, do próprio processo de tradução. Em segundo lugar, esta obra surge aqui porque tem uma relação discreta e, ao mesmo tempo, directa, com o novo livro da minha autoria em curso. Sobre isto falarei melhor numa altura mais apropriada.


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