Balanço 2016: Das batalhas para que os sonhos não desapareçam


Para os menos pacientes, CLIQUEM AQUI para irem directamente para as minhas listas de preferências.
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Oano de 2016 passou a ser sinónimo de uma energia negra, em muito derivado da quantidade de pessoas que faleceram este ano, mas também por questões políticas. Não me vou aqui alongar muito nisto porque este não é o local nem a hora. No entanto, os comportamentos sociais que têm surgido gradualmente por estas e outras razões são motivo de preocupação. Estamos a tornar-nos cada vez menos racionais, populistas, adeptos de uma lógica binária de a favor/contra, em que até a morte é motivo de discussão para se fazer valer um ponto de vista egocêntrico. Uns acusam outros de não falarem de x e y, de que os seus mortos que partilham através de ligações distantes no conforto do sofá são mais importantes, com o intuito de se transformarem em arautos na sua noção de superioridade moral. Outros transformam-se em comentadores de bancada que teimam em querer escrever por obrigação sobre tudo o que seja o assunto do dia, mesmo que percebam zero do que falam e sem alcançarem sequer a ironia de que ninguém quer verdadeiramente saber da sua opinião. Perdeu-se a capacidade do silêncio.

Outro fenómeno associado é a incapacidade gradual de comunicarmos com o Outro. Estamos cada vez mais confusos, embrenhados no nosso umbigo e grupos de afinidades, não existindo sequer a clarividência de adaptar a linguagem quando queremos, supostamente, atingir outro público-alvo com a nossa mensagem. Isto abrange vários assuntos e classes. Assume-se que todos sabem do que estamos a falar (erro crasso) e opta-se várias vezes por um discurso opaco, estéril, hermético, que pende ora para a ostentação, ora para a tal falta de noção sobre quem temos à nossa frente. Uma coisa é poesia, ou literatura digamos, outra é comunicar ideias de forma clara em contextos diferentes desses, ou até em alguns relacionados com eles mas que se prestam a outra abordagem como, por exemplo, na comunicação de um evento para promover uma apresentação. Se não existir a referida adaptação, não nos podemos espantar que o público não nos ouça ou que perca o interesse no que temos a dizer. A minha escrita nos artigos deste blogue é claramente diferente do que escrevo em contextos de teor mais literário por exemplo, tal como já o fazia quando escrevia artigos como jornalista em áreas especializadas.


Quem sabe devido a muito do que falo acima, mas também pelas vicissitudes normais da vida, o ritmo de publicações neste blogue, ou em geral no que me toca, continuou errático em 2016 e com vários períodos de aparente inactividade. É preciso tempo para digerir, para respirar, algo que tem vindo a desaparecer. E, para piorar, deste lado temos a tendência de obrigar a que se pare um pouco para que se possa desfrutar o que se partilha ou cria, o que não joga a nosso favor neste mundo apressado.

2016 trouxe uma mudança significativa nas actividades associadas a este blogue, em particular a ideia das Edições Cellophane. Não é fácil a transição de tentar oferecer algo que o público tem de pagar para ter acesso quando antes parte do que eu fazia estava acessível de forma gratuita. Apostar na qualidade foi um passo óbvio, mas a subversão associada à campanha de angariação de fundos para apoiar a edição dos livros Histórias em Cellophane e Moléculas partiu da vontade de existir um contacto mais directo com o público. E refiro subversão devido ao habitual funcionamento do mercado editorial (e não só), que prima pelos intermediários, pelo distanciamento que cria, por livros e livros que se transformam em números anónimos esquecidos em armazéns e um sistema que tende a ser pouco recompensador para os autores (basta estar atento às queixas nesse sentido, de vários, até consagrados). Se é certo que o resultado final não chega para pagar a renda ou fez de mim milionário, o sucesso em si pagou não só todas as despesas envolvidas como validou a iniciativa e a possibilidade de sonharmos com outra via, com uma outra forma de fazermos as coisas e que reside numa sensação de comunidade. E isto, após o trabalho imenso que começou nos últimos meses de 2015 até à apresentação dos produtos finais em Maio/Junho deste ano, é a melhor recompensa que se poderia ter. Muito obrigado a tod@s, mais uma vez, pelo enorme apoio.

Para contrariar outra tendência que existe no mercado editorial de livros — a das leituras e apresentações ao vivo que se tornaram rotineiras —, até ao momento não fizemos nenhuma apesar do potencial desta iniciativa, o que não impediu que cerca de 105 livros já tenham encontrado uma casa. Pouco depois da campanha, no Outono, estivemos presentes em duas feiras, com destaque para a X edição da Feira Morta que decorreu na Cinemateca, em Lisboa. Foi um passo lógico que comprovou a aposta na qualidade e o impacto que estes materiais e produtos podem ter ao vivo. E agora, qual o futuro disto?

Está nos planos a hipótese de uma apresentação ao vivo com contornos específicos e que tente fugir um pouco da norma. A presença em outras feiras é também uma possibilidade. E livros novos? Esta talvez seja a questão mais premente e a resposta é que tenho dois específicos em curso. Um directamente ligado ao meu trabalho na área da fotografia, e outro na área da escrita que será a etapa seguinte do que se vislumbrou na campanha. Sobre este último, já tem título, banda sonora e os primeiros três capítulos puderam ser lidos e testados, pela primeira vez, neste Natal. Apesar das arestas normais que ainda há por limar, a Patrícia ficou muito intrigada com a história e curiosa por saber o que vem a seguir, o que é o melhor que se pode desejar. Se a escrita será tipicamente minha, o formato do livro, como já deverá ter dado para perceber, será outro. É uma vontade mútua de tentarmos evoluir e de oferecer algo diferente do que se fez antes. A data de término ainda é incerta (assim como o tipo de edição), mas espero conseguir terminá-los a ambos em 2017.

Em assuntos mais ou menos relacionados, em 2016 um poema da minha autoria foi seleccionado para o número 3 da revista de poesia Andarilhos / SESLA, publicação com periodicidade anual e sob a coordenação da Secção de Escrita e Leitura da Associação Académica de Coimbra. Juntamente com os dois livros que editei, isto acabou por reiniciar um ciclo que sofreu uma pausa de 20 anos como tive a oportunidade de escrever aqui anteriormente.


No que toca a exposições, há duas a destacar em 2016. Uma relacionada com o meu projecto fotográfico 'Hungria: Uma visão poética' e a mostra de 26 cartazes em grande formato da minha autoria executados para diversas iniciativas do Centro de Língua Portuguesa do Camões, I.P. em Budapeste. Ambas estiveram integradas no Festival de Primavera ELEVEN (Eleven Tavasz 2016), que decorreu em Maio na cidade de Budapeste, na Hungria.

Perto do final do ano, duas fotografias minhas apareceram no catálogo e exposição “Transversalidades: Fotografia sem Fronteiras 2016”.


As colaborações com o Centro de Língua Portuguesa do Camões em Budapeste e com a empresa Lusimag continuaram este ano, com direito aos mais diferentes tipos de materiais publicitários. No primeiro caso, além da manutenção do site, a elaboração de cartazes vários mereceu novamente destaque.




De referir também a colaboração com o Centro de Língua Portuguesa do Camões em Zagreb, neste caso com o trabalho que efectuei no código do site para este ficar bilingue e poder incluir a língua croata, assim como a colecção de postais "Zadar em português/Zadar na portugalskom". Esta última iniciativa conta com fotografias da minha autoria na frente e nos versos podem encontrar traduções para Croata de excertos de poemas de autores portugueses realizadas pelos alunos de tradução PT-HR.


No campo do webdesign, em 2016 tive a oportunidade de realizar alguns trabalhos consideráveis. O único que neste momento já está visível é o que efectuei para a Tax-Band, entidade especializada em serviços de contabilidade. A mim coube-me criar o novo design e ajudar a implementar parte da programação, nomeadamente de CSS, um pouco de HTML e jQuery, assim como na personalização de bootstrap. A salientar, também, que o site se adapta a diferentes resoluções, como é norma nos dias de hoje.

Outros dois trabalhos de uma envergadura tremenda a nível de webdesign deverão ver a luz do dia em 2017, apesar de grande parte do código e componente técnica terem sido terminados em 2016. Conto dar mais novidades sobre isto assim que possível.


Na área do design, em Fevereiro acabaria por criar o cartaz e folheto para a exposição colectiva 'Body and Desire: Crossing Over', iniciativa integrada no Seminário de Pós-Graduação ‘Corpo e Desejo na Arte Contemporânea Feminina’ da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que decorreu no ano lectivo de 2014-2015. A exposição contou com trabalhos de fotografia, música, stencil, colagem e vídeo, de 7 dos alunos que frequentaram e terminaram o respectivo seminário e eu próprio acabaria por fazer uma mini reportagem fotográfica da inauguração da exposição.


E por falar em reportagens fotográficas, em Abril fui convidado pela escritora Ana Margarida de Carvalho para registar a apresentação oficial do seu novo romance, Não se pode morar nos olhos de um gato. A conversa partiu das fotografias que registei em 2014 na cidade de Budapeste, na Hungria, aquando da presença da escritora no Festival do Primeiro Romance/XXI Feira Internacional do Livro de Budapeste. A atmosfera vivida na apresentação foi especial e, apesar das dificuldades técnicas inerentes à luz do espaço, acabaria por capturar aqui algumas das imagens de que mais gostei em 2016.


Por motivos semelhantes, as fotografias que registei em 2013 no Festival do Primeiro Romance/XX Feira Internacional do Livro de Budapeste acabariam por trazer outro convite em 2016, desta feita para que uma das imagens figurasse na badana do novo romance do escritor João Ricardo Pedro, Um Postal de Detroit.


2016 foi também o ano em que iniciei, de forma mais concreta, um projecto fotográfico relacionado com cemitérios. Digo isto porque as fotografias relacionadas com este tema têm estado presentes por aqui há alguns anos mas só agora começaram a tomar outro sentido. Algumas delas têm sofrido, inclusive, algumas alterações por as ver agora com outros olhos. Além das imagens, este projecto irá conter narrativas sobre alguns locais e momentos específicos. Os vídeos promocionais que tenho partilhado dão também algumas pistas sobre esta ideia e do que podem esperar.



Fora do âmbito de trabalho, falemos agora de um momento mais ligado à nossa vida pessoal, nomeadamente de mim e da Patrícia. No âmbito do doutoramento que está a fazer e depois de muito batalhar, durante o Verão a Patrícia teria a oportunidade de passar um mês a estudar na Universidade de Harvard, na cidade de Cambridge, nos Estados Unidos. E foi nesse sentido que decidimos tentar que eu me juntasse a ela em Nova Iorque após esse período. Assim mataríamos as saudades um do outro e poderíamos descobrir em conjunto a cidade que até então era ainda desconhecida para ambos. Assim foi. Uma semana intensa, com muito para ver e sentir. É uma cidade imensa, com muito para explorar e que nos deixou confortáveis. Pressentimos que poderíamos morar ali.


Outro momento bucólico do ano foi o meu aniversário, em Setembro, que decidimos passar em Évora, com direito a uma visita obrigatória à Capela dos Ossos, local que já não via desde miúdo, altura em que passei por lá no contexto de uma visita de estudo da escola.


2016 foi um ano complicado, com vários aspectos negativos relacionados com o estado do mundo, com a morte a espreitar de perto, mas também com muito de positivo e de batalhas que se travam constantemente para que os sonhos não desapareçam.

A imagem acima é uma das possíveis pistas para o futuro no que concerne este blogue e as coisas em que me movo. Recompensas exclusivas para quem me segue e apoia, edições feitas com amor, em paralelo com o percurso normal de partilhas por aqui. Resta-me agradecer mais uma vez a tod@s. Votos de que 2017 vos traga felicidade, muitas surpresas boas e energia positiva.

Como já é norma, segue-se a minha lista de preferências, por ordem alfabética. As minudências de ordem técnica neste artigo são muitas, com imensos códigos personalizados e imagens a condizer, de modo a facilitar todo o processo ao leitor. O trabalho que isto dá é enorme mas, desta forma, para quem tiver interesse em saber mais, em ouvir alguma música ou ver um trailer sobre uma série, filme ou documentário por exemplo, basta clicar no local respectivo e assim têm muito material com que se entreterem ou por onde se inspirarem, sem precisarem de procurar.

Música | Álbuns (clicar nos quadradinhos de cada álbum para ouvir)


And Also the Trees - Born into the Waves

Com um percurso que ultrapassa já os 35 anos de carreira, os And Also the Trees continuam a brindar-nos com discos mágicos. Born into the Waves é o mais sólido desde o fantástico (Listen For) The Rag And Bone Man.



Astronauts - End Codes
--> OPINIÃO

«Ao segundo álbum, o projecto Astronauts do músico Dan Carney afirma-se como um nome a reter para quem gosta de melodias folk/pop delicadas.»



Christine Ott - Only Silence Remains
--> OPINIÃO

«Isto são bandas sonoras de mistério, de romance com os sonhos, de uma artista ecléctica com uma capacidade rara de nos fazer abraçar as sombras dos nossos pensamentos e da vida.»


David Bowie - Blackstar

Não há muito mais que se possa acrescentar sobre este este disco tão magistral e que carrega em si uma aura negra devido ao timing do seu lançamento na altura da morte deste artista único. Tão experimental como familiar, entranha-se na pele.



Dreamtime - Strange Pleasures

Uma viagem alucinante ao sabor de um rock psicadélico sem tréguas. São quase 80 minutos que deixam pouco espaço à respiração, em que somos absorvidos por uma narrativa futurista e mística.



Ital Tek - Hollowed
--> OPINIÃO

«Ambientes apocalípticos, uma janela para um mundo distópico, há todo um esforço meticuloso nestas melodias particulares que convidam a uma jornada espiritual.»


Minor Victories - Minor Victories

O disco de estreia homónimo do projecto que junta Rachel Goswell dos Slowdive, Stuart Braithwaite dos Mogwai e Justin Lockey dos Editors, é uma maravilha. Sonoridades shoegaze dançáveis com uma forte carga cinemática.



Sundayman - Scene Missing

Álbum de sensibilidades cósmicas pop oriundo da Grécia, Scene Missing transporta-nos para um planeta distante. As camadas electrónicas vintage reminiscentes dos anos 70 só acentuam ainda mais essa premissa.



The Battles of Winter - At Once With Tattered Sails
--> OPINIÃO

«Forte, coeso, maravilhosamente opressivo a espaços, At Once With Tattered Sails é bom, muito bom. É um disco que nos enche os pulmões de energia...»



The Seven Mile Journey - Templates for Mimesis
--> OPINIÃO

«Camadas e camadas de sensibilidade entregues a uma sonoridade pós-rock instrumental sublime que foge ao cliché de temas que param e arrancam para desembocarem em descargas finais de ruído intenso com guitarras em fúria.»


Música | Compilações (clicar nos quadradinhos de cada álbum para ouvir)


Snowflakes VII

A editora Raumklang Music tem vindo a efectuar a tradição de partilhar, perto do final do ano, uma colectânea de música onde figuram vários artistas ligados a ela. Esta sétima edição percorre os trilhos da electrónica mais experimental, IDM e industrial. Uma viagem para os sentidos.



Música | Álbuns Menções Honrosas (clicar nos quadradinhos de cada álbum para ouvir)

BirdPen - O' Mighty Vision
Bloodhounds On My Trail - Haunted Isles EP
Blueneck - The Outpost
Bootblacks - Vein
Daniel Land - In Love With A Ghost
Daughter - Not To Disappear
Esben and The Witch - Older Terrors
Film School - June EP
Jet Plane - Pipe Dream
Képzelt Város - Köd
Massive Attack - Ritual Spirit EP
Mechanimal - Delta Pi Delta --> OPINIÃO
Memoryhouse - Soft Hate
Michelle Gurevich - New Decadence
Oskar's Drum - A Cathedral of Hands
pg.lost - Versus
Piano Magic - Closure
Preoccupations - Preoccupations
Quiet Lights - In The Future
R.roo - Erroor
Shield Patterns - Mirror Breathing
Soft Kill - Choke
Stella Diana - Nitrocris
S T F U - What We Want
Swans - The Glowing Man
Sykoya - Strange Night EP
The Callas - Half Kiss Half Pain --> OPINIÃO
The Ocular Audio Experiment - Laughing Dreams --> OPINIÃO
The Wedding Present - Going, Going
Vibrissae - Somewhere Away


Música | Temas (destaques dos álbuns)

And Also the Trees - Your Guess --> OUVIR
Astronauts - Civil Engineer --> OUVIR
Christine Ott - Szczecin --> OUVIR
David Bowie - Dollar Days --> OUVIR
Dreamtime - Golden Altar --> OUVIR
Ital Tek - Reflection Through Destruction --> OUVIR
Minor Victories - Scattered Ashes (Song For Richard) --> OUVIR
Sundayman - Alive --> OUVIR
The Battles of Winter - Love's White Thread --> OUVIR
The Seven Mile Journey - Substitutes for Oblivion --> OUVIR

BirdPen - O' Mighty Vision --> OUVIR
Bloodhounds On My Trail - Over The Wall --> OUVIR
Blueneck - Ghosts --> OUVIR
Bootblacks - Southpole --> OUVIR
Daniel Land - New York Boogie-Woogie --> OUVIR
Daughter - Doing The Right Thing --> OUVIR
Esben and The Witch - The Reverist --> OUVIR
Film School - City Lights --> OUVIR
Jet Plane - I Hate You Too --> OUVIR
Képzelt Város - Védtelen --> OUVIR
Massive Attack - Ritual Spirit --> OUVIR
Mechanimal - Thistlemilk --> OUVIR
Memoryhouse - Arizona --> OUVIR
Michelle Gurevich - Russian Romance --> OUVIR
Oskar's Drum - Arms of the Dark --> OUVIR
pg.lost - Ikaros --> OUVIR
Piano Magic - Exile --> OUVIR
Preoccupations - Anxiety --> OUVIR
Quiet Lights - In The Future --> OUVIR
r.roo - Art of Forgetting --> OUVIR
Shield Patterns - Glow --> OUVIR
Soft Kill - Whirl --> OUVIR
Stella Diana - M. 9 --> OUVIR
S T F U - What We Want --> OUVIR
Swans - The Glowing Man --> OUVIR
Sykoya - The Wolf --> OUVIR
The Callas - Sad Erection --> OUVIR
The Ocular Audio Experiment - Alive --> OUVIR
The Wedding Present - Rachel --> OUVIR
Vibrissae - Never Again --> OUVIR


Música | Temas (outros)

A Shoreline Dream - Revolvist --> OUVIR
Ask For Joy - Lovers Interred --> OUVIR
Austra - Utopia --> OUVIR
Diamat - Volga --> OUVIR
Dignitary - Let Her Burn --> OUVIR
Eagulls - Lemontrees --> OUVIR
EF - 11 Shots and a Sudden Death --> OUVIR
Feral Love - Like the Wind --> OUVIR
Fountaineer - Still Life --> OUVIR
Genuflex - Alive and Seen --> OUVIR
Ghosts Of Social Networks - Love Potion --> OUVIR
Ginevra - Automat 79 --> OUVIR
IAMX - The Void --> OUVIR
Keroscene - Just Like Zero --> OUVIR
Lust For Youth - Sudden Ambitions --> OUVIR
Moderat - Reminder --> OUVIR
Naked Lights - Hedges --> OUVIR
Novanta - Goðafoss --> OUVIR
Ofeliadorme - Jupiter --> OUVIR
Paul Draper - Feeling My Heart Run Slow --> OUVIR
Pleq - The Lost --> OUVIR
Radiohead - Ful Stop --> OUVIR
Seprona - Trap Door --> OUVIR
Sister Socrates - Knife's Edge --> OUVIR
Sky Between Leaves - Klein Blues --> OUVIR
Suede - No Tomorrow --> OUVIR
The Agnes Circle - Porcelain --> OUVIR
The April Seven - Commandant, Commissar --> OUVIR
The Away Days - Places to Go --> OUVIR
The Electric West - Death Birds --> OUVIR
The Kills - Impossible Tracks --> OUVIR
The Radio Dept. - Swedish Guns --> OUVIR
The Veldt - In A Quiet Room --> OUVIR
Underworld - I Exhale --> OUVIR
Winkie - Chaperone --> OUVIR
Zelmershead - Right Now --> OUVIR

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Espectáculos ao vivo/Exposições
'Diane Arbus: In the Beginning' - Exposição (The MET, Nova Iorque - Estados Unidos)
'Nan Goldin: The Ballad of Sexual Dependency' - Exposição (MOMA, Nova Iorque - Estados Unidos)
Schonwald - Concerto (Sabotage, Lisboa)
The Kills - Concerto (Coliseu de Lisboa, Lisboa)
The Twilight Sad/The Cure - Concerto (MEO Arena, Lisboa)

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Documentários
Audrie & Daisy


HyperNormalisation


Kate Plays Christine


Planet Earth II


The Eagle Huntress


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Televisão
Animal Kingdom


Ash vs Evil Dead - 2ª Temporada

Billions


Black Mirror - 3ª Temporada


Halt & Catch Fire - 3ª Temporada


House of Cards - 4ª Temporada


Humans - 2ª Temporada


Incorporated


Narcos - 2ª Temporada


National Treasure


Orphan Black - 4ª Temporada


Quarry


Peaky Blinders - 3ª Temporada


Shut Eye


Silicon Valley - 3ª Temporada


StartUp


Stranger Things


The Americans - 4ª Temporada


The Crown


The Exorcist


The Expanse


The Night Of


The Path


Vikings - 4ª Temporada


Westworld


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Cinema
Arrival

Elle


Hacksaw Ridge

Moonlight

Nocturnal Animals


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Anime
Ajin: Demi-Human


Haikyu!! Karasuno High School vs Shiratorizawa Academy


JoJo's Bizarre Adventure: Diamond Is Unbreakable


Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu


Your Name


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Livro/Performance
Poderia a poesia --> OPINIÃO


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