Foram dois anos a viver na cidade de Budapeste, na Hungria. O nosso regresso a Portugal aconteceu neste Verão. 2014 viveu muito sob esta sensação do antes e depois de Budapeste, em que passámos de um ritmo de vida e trabalho infernal para ajudar a promover a língua e cultura portuguesa, para depois nos dedicarmos a outros projectos e a um ambiente e realidade totalmente diferente. Mas a início, isto não era para ter sido assim.
Algumas pessoas, nós incluídos, foram apanhadas de surpresa com este nosso retorno. O equilíbrio estava a ser melhor entre o trabalho e os momentos de lazer, conseguíamos ter tempo para ver exposições fantásticas como as de Caravaggio, Toulouse-Lautrec ou a dos Cartazes Húngaros por exemplo, ou para conhecer melhor Budapeste e outros locais da Hungria como Gárdony, Pécs, Székesfehérvár e Pázmánd. Isso era intercalado com eventos importantes como a IV Edição do Dia da Língua Portuguesa, que foi um culminar deste ano e outro caso em que íamos dando em doidos, ou a XXI Feira Internacional do Livro de Budapeste, com a presença da escritora Ana Margarida de Carvalho, recentemente galardoada com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores pelo seu livro Que Importa a Fúria do Mar. Ter tido a possibilidade de registar em fotografia um casamento especial antes de sairmos de Budapeste, ou os momentos passados na cidade com a actriz e nossa amiga Ana Nave, foram outras das memórias que ficaram connosco na primeira metade do ano.
Tudo parecia correr de feição e a vontade era a de permanecermos mais uns anos na cidade de Budapeste, mas mudanças inesperadas de teor profissional e pessoal ditaram que a nossa decisão fosse outra. Depois de dois anos de um percurso e evolução notável, de um trabalho hercúleo que estava a mostrar resultados visíveis, deparámo-nos com a realidade de que tudo iria voltar à estaca zero ou pior ainda, como tal o esforço deixou de fazer sentido. A saúde agradeceu e as saudades da família e dos amigos também.
A Patrícia começou o seu doutoramento em Portugal e eu passei a dedicar-me ainda mais a inúmeras actividades em regime de freelancer, com as vantagens que a internet permite nos dias que correm. Como os laços com a Hungria persistem, continuo a colaborar não só com o Centro de Língua Portuguesa do Camões, I.P., como também com a empresa Lusimag e, ao mesmo tempo, estou a dar os toques finais nos elementos que vão fazer parte de uma exposição de fotografia focada no país e com inauguração prevista para 2015. Continuando a tendência da internacionalização, elaborei o layout do novo álbum da banda inglesa Red Painted Red, a sair no início do próximo ano, assim como a preparação de materiais fotográficos que têm uma forte possibilidade de serem vistos em 2015 na Croácia e na República Checa.
Este foi um ano em que tivemos a possibilidade de visitar algumas cidades e países diferentes entre o Verão e o Outono, nomeadamente Helsínquia, Estocolmo, Copenhaga, Oslo, Islândia, Londres, Viena e Barcelona. Os registos fotográficos são muitos, na casa das centenas, mas mais do que isso foi interessante observar outras culturas e perceber, em certa medida, o porquê de algumas viragens políticas pouco desejáveis em certos casos à medida que nos apercebíamos de que algumas cidades pareciam ter perdido a sua identidade.
Devido à mudança inesperada, 2014 foi um ano de algumas reorganizações, o que levou à transformação drástica que efectuei no meu site de portefólio. Uma necessidade de adaptação aos tempos de hoje, mas também para reflectir melhor como estou a um nível estético. A quantidade de material foi outro dos motivos, com especial destaque para a fotografia, com a vertente do design a sofrer também um crescimento e evolução de nota, em particular no que toca a cartazes.
2014 foi um ano em que a crise económica continuou a fazer-se sentir, em que as pessoas persistem em lutar contra as forças mais ou menos visíveis que lhes sugam a energia. Foi também uma altura em que a dependência das redes sociais e afins chegou a roçar o ridículo, em que se pressente a necessidade constante de atenção, do eu, eu, eu. Ironicamente, sente-se uma solidão desconfortável nas capas de ostentação, nos auto-retratos que querem vender felicidade, nas fotografias diárias do que se come, veste e onde estamos, no comentar tudo o que seja notícia do dia, nos opinadores de ocasião e em quem pensa que não temos mais nada do que fazer. Isto chega ao cúmulo de ameaças como vou ‘desamigar’ (ah linguagem dos novos tempos…) quem não faz posts regulares (uma mão cheia por dia no mínimo) ou quem não está numa de andar a trocar mensagens o dia inteiro nem tem vida para isso, ou observarmos grupos inteiros num café em que ninguém fala e está tudo a olhar para um ecrã. Bizarro. Mas nem só de energia negativa vive esta era, pelo contrário, há é que saber fazer uma filtragem da overdose de informação diária, cada vez mais, por muito que se sinta que a humanidade poderá ter de ponderar em aplicar uns travões ou pausas num futuro próximo nesta sede por tecnologia.
Perante a importância que a internet tem nos dias que correm, não é de estranhar a tentativa de vários governos de aprovarem leis para a controlar ou as estranhas ideias recentes da nossa cara Sociedade Portuguesa de Autores em querer taxar todo o conteúdo cultural presente na internet, até de quem não o faz de forma comercial e sem querer saber se os artistas presentes são representados por eles ou não, como até já o fazem noutras actividades sejam elas concertos, bares e afins diga-se.
No seguimento, a ameaça da revisão da lei do aborto, a polémica sobre a adopção por casais homossexuais e o descrédito da educação também fizeram parte deste ano. A isto juntaram-se outras estratégias de notícias e acções para desencadear populismos baratos e apontar bodes expiatórios para gerar confusão, ou para aproveitar a ignorância reinante para que as pessoas digam mal umas das outras com uma facilidade alarmante e que se esqueçam no processo de quem é realmente responsável pelo estado do país. Tudo isto é familiar e deu azo a alguns dos períodos mais negros da humanidade. Dividir para reinar, com a máquina de propaganda da comunicação social, toda ela com ligações e interesses conhecidos, na linha da frente. Felizmente, nem tudo é mau nesta matéria e em 2014 entrou em vigor a lei que penaliza os maus-tratos contra animais, um primeiro passo no caminho certo. O paradoxo desta não abranger as touradas e a existência das mesmas é que não se percebe, mas lá chegaremos um dia.
Falando agora de assuntos mais positivos, este foi também um ano em que a poesia e o lançamento regular de livros, editoras e fanzines de cariz mais alternativo e underground parece ter voltado a ser uma prática recorrente em Portugal. Apesar dos nomes não mudarem muito nos eventos e de se pressentir que parte disto ainda está demasiado preso a círculos de conhecimentos, é de salutar esta vontade de dar à palavra um destaque maior.
No fundo, 2014 foi um ano de muito trabalho novamente, mas com um foco em reposicionamentos e adaptação a outras realidades. Deixámos a Hungria mas ficaram os laços afectivos, profissionais e a vontade de continuar as histórias fotográficas sobre o país. Regressámos a Portugal e percebemos ainda mais a importância de termos tempo para nós e de como nos faz falta quem nos é próximo. O falecimento súbito de algumas pessoas que conhecíamos, num ano que viu partir demasiada gente tão cedo, só nos fez questionar ainda mais a importância das coisas. Sem parar, os olhos continuam a perscrutar o futuro, num desejo impossível por infinitos.
Como já é norma, segue-se a minha lista de preferências, por ordem alfabética. A doença de ordem técnica neste artigo é muita, com imensos códigos personalizados e imagens a condizer, de modo a facilitar todo o processo ao leitor. O trabalho que isto dá é enorme, mas desta forma, para quem tiver interesse em saber mais, em ouvir alguma música ou ver um trailer sobre uma série, filme ou documentário por exemplo, basta clicar no local respectivo e assim têm muito material onde se entreterem ou inspirarem sem precisarem de procurar. Resta-me agradecer mais uma vez a quem me segue e apoia. Votos que 2015 vos traga felicidade.
Algumas pessoas, nós incluídos, foram apanhadas de surpresa com este nosso retorno. O equilíbrio estava a ser melhor entre o trabalho e os momentos de lazer, conseguíamos ter tempo para ver exposições fantásticas como as de Caravaggio, Toulouse-Lautrec ou a dos Cartazes Húngaros por exemplo, ou para conhecer melhor Budapeste e outros locais da Hungria como Gárdony, Pécs, Székesfehérvár e Pázmánd. Isso era intercalado com eventos importantes como a IV Edição do Dia da Língua Portuguesa, que foi um culminar deste ano e outro caso em que íamos dando em doidos, ou a XXI Feira Internacional do Livro de Budapeste, com a presença da escritora Ana Margarida de Carvalho, recentemente galardoada com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores pelo seu livro Que Importa a Fúria do Mar. Ter tido a possibilidade de registar em fotografia um casamento especial antes de sairmos de Budapeste, ou os momentos passados na cidade com a actriz e nossa amiga Ana Nave, foram outras das memórias que ficaram connosco na primeira metade do ano.
Tudo parecia correr de feição e a vontade era a de permanecermos mais uns anos na cidade de Budapeste, mas mudanças inesperadas de teor profissional e pessoal ditaram que a nossa decisão fosse outra. Depois de dois anos de um percurso e evolução notável, de um trabalho hercúleo que estava a mostrar resultados visíveis, deparámo-nos com a realidade de que tudo iria voltar à estaca zero ou pior ainda, como tal o esforço deixou de fazer sentido. A saúde agradeceu e as saudades da família e dos amigos também.
A Patrícia começou o seu doutoramento em Portugal e eu passei a dedicar-me ainda mais a inúmeras actividades em regime de freelancer, com as vantagens que a internet permite nos dias que correm. Como os laços com a Hungria persistem, continuo a colaborar não só com o Centro de Língua Portuguesa do Camões, I.P., como também com a empresa Lusimag e, ao mesmo tempo, estou a dar os toques finais nos elementos que vão fazer parte de uma exposição de fotografia focada no país e com inauguração prevista para 2015. Continuando a tendência da internacionalização, elaborei o layout do novo álbum da banda inglesa Red Painted Red, a sair no início do próximo ano, assim como a preparação de materiais fotográficos que têm uma forte possibilidade de serem vistos em 2015 na Croácia e na República Checa.
Este foi um ano em que tivemos a possibilidade de visitar algumas cidades e países diferentes entre o Verão e o Outono, nomeadamente Helsínquia, Estocolmo, Copenhaga, Oslo, Islândia, Londres, Viena e Barcelona. Os registos fotográficos são muitos, na casa das centenas, mas mais do que isso foi interessante observar outras culturas e perceber, em certa medida, o porquê de algumas viragens políticas pouco desejáveis em certos casos à medida que nos apercebíamos de que algumas cidades pareciam ter perdido a sua identidade.
Devido à mudança inesperada, 2014 foi um ano de algumas reorganizações, o que levou à transformação drástica que efectuei no meu site de portefólio. Uma necessidade de adaptação aos tempos de hoje, mas também para reflectir melhor como estou a um nível estético. A quantidade de material foi outro dos motivos, com especial destaque para a fotografia, com a vertente do design a sofrer também um crescimento e evolução de nota, em particular no que toca a cartazes.
2014 foi um ano em que a crise económica continuou a fazer-se sentir, em que as pessoas persistem em lutar contra as forças mais ou menos visíveis que lhes sugam a energia. Foi também uma altura em que a dependência das redes sociais e afins chegou a roçar o ridículo, em que se pressente a necessidade constante de atenção, do eu, eu, eu. Ironicamente, sente-se uma solidão desconfortável nas capas de ostentação, nos auto-retratos que querem vender felicidade, nas fotografias diárias do que se come, veste e onde estamos, no comentar tudo o que seja notícia do dia, nos opinadores de ocasião e em quem pensa que não temos mais nada do que fazer. Isto chega ao cúmulo de ameaças como vou ‘desamigar’ (ah linguagem dos novos tempos…) quem não faz posts regulares (uma mão cheia por dia no mínimo) ou quem não está numa de andar a trocar mensagens o dia inteiro nem tem vida para isso, ou observarmos grupos inteiros num café em que ninguém fala e está tudo a olhar para um ecrã. Bizarro. Mas nem só de energia negativa vive esta era, pelo contrário, há é que saber fazer uma filtragem da overdose de informação diária, cada vez mais, por muito que se sinta que a humanidade poderá ter de ponderar em aplicar uns travões ou pausas num futuro próximo nesta sede por tecnologia.
Perante a importância que a internet tem nos dias que correm, não é de estranhar a tentativa de vários governos de aprovarem leis para a controlar ou as estranhas ideias recentes da nossa cara Sociedade Portuguesa de Autores em querer taxar todo o conteúdo cultural presente na internet, até de quem não o faz de forma comercial e sem querer saber se os artistas presentes são representados por eles ou não, como até já o fazem noutras actividades sejam elas concertos, bares e afins diga-se.
No seguimento, a ameaça da revisão da lei do aborto, a polémica sobre a adopção por casais homossexuais e o descrédito da educação também fizeram parte deste ano. A isto juntaram-se outras estratégias de notícias e acções para desencadear populismos baratos e apontar bodes expiatórios para gerar confusão, ou para aproveitar a ignorância reinante para que as pessoas digam mal umas das outras com uma facilidade alarmante e que se esqueçam no processo de quem é realmente responsável pelo estado do país. Tudo isto é familiar e deu azo a alguns dos períodos mais negros da humanidade. Dividir para reinar, com a máquina de propaganda da comunicação social, toda ela com ligações e interesses conhecidos, na linha da frente. Felizmente, nem tudo é mau nesta matéria e em 2014 entrou em vigor a lei que penaliza os maus-tratos contra animais, um primeiro passo no caminho certo. O paradoxo desta não abranger as touradas e a existência das mesmas é que não se percebe, mas lá chegaremos um dia.
Falando agora de assuntos mais positivos, este foi também um ano em que a poesia e o lançamento regular de livros, editoras e fanzines de cariz mais alternativo e underground parece ter voltado a ser uma prática recorrente em Portugal. Apesar dos nomes não mudarem muito nos eventos e de se pressentir que parte disto ainda está demasiado preso a círculos de conhecimentos, é de salutar esta vontade de dar à palavra um destaque maior.
Ao contrário de outras áreas onde me movo, as noites de música em 2014 foram uma actividade irregular e quase inexistente. Os motivos são mais do que conhecidos para quem segue regularmente este blogue e isso não deverá mudar no futuro, como terá dado para perceber pelos acontecimentos recentes em Lisboa ou perante a amálgama de sonoridades e propostas que podem escutar mais abaixo.
No fundo, 2014 foi um ano de muito trabalho novamente, mas com um foco em reposicionamentos e adaptação a outras realidades. Deixámos a Hungria mas ficaram os laços afectivos, profissionais e a vontade de continuar as histórias fotográficas sobre o país. Regressámos a Portugal e percebemos ainda mais a importância de termos tempo para nós e de como nos faz falta quem nos é próximo. O falecimento súbito de algumas pessoas que conhecíamos, num ano que viu partir demasiada gente tão cedo, só nos fez questionar ainda mais a importância das coisas. Sem parar, os olhos continuam a perscrutar o futuro, num desejo impossível por infinitos.
Como já é norma, segue-se a minha lista de preferências, por ordem alfabética. A doença de ordem técnica neste artigo é muita, com imensos códigos personalizados e imagens a condizer, de modo a facilitar todo o processo ao leitor. O trabalho que isto dá é enorme, mas desta forma, para quem tiver interesse em saber mais, em ouvir alguma música ou ver um trailer sobre uma série, filme ou documentário por exemplo, basta clicar no local respectivo e assim têm muito material onde se entreterem ou inspirarem sem precisarem de procurar. Resta-me agradecer mais uma vez a quem me segue e apoia. Votos que 2015 vos traga felicidade.
Música | Álbuns (clicar nos quadradinhos de cada álbum para ouvir)
Astronauts - Hollow Ponds
--> OPINIÃO
«Escutar este 'Hollow Ponds' é como retomar a conversa com um amigo com quem não estamos regularmente, mas com quem falamos horas e horas sempre que nos reencontramos como se o conceito de tempo não existisse.»
Aube L - Time For The Happiness
--> OPINIÃO
«O ambiente do álbum é tão magistral que rapidamente nos apercebemos que a voz, quando surge, é outro instrumento, que as palavras por vezes não necessitam de serem faladas para existirem.»
Black Swan Lane - A Moment Of Happiness
--> OPINIÃO
«‘A Moment of Happiness’ é mais um disco próprio, especial, de guitarras, baixo, bateria e voz, uma alternativa para quem já está há muito farto de inconsequências, familiar porque fala para nós...»
Blueneck - King Nine
Lançado já perto do final do ano, o novo álbum dos ingleses Blueneck tem vários momentos de arrepiar. Uma espiral dramática repleta de intensidade e beleza que forma um dos conjuntos mais coesos de música deste ano.
Chinawoman - Let's Part in Style
--> OPINIÃO
«Embarcar neste mundo requer uma disposição inerente à paixão por estes ambientes carregados de humor negro, sem medo de pianos tristes ou dos melodramas da vida. Grandioso, fantástico, decadente e absolutamente único...»
Electric Litany - Enduring Days You Will Overcome
--> OPINIÃO
«Quantificar a beleza deste disco é impossível, um portento poético que recompensa quem é paciente e que nos liberta de qualquer amarra. Uma das maravilhas do ano que inspira e surpreende.»
Elise Mélinand - Gray Hoodie
O álbum de estreia desta artista francesa contém alguma da música mais bonita que pude escutar este ano. Entre a voz de criança que nos lembra os islandeses Múm e as melodias de contos de fadas, é impossível não se sorrir o tempo todo.
R.roo - Nothing
O ucrâniano r.r.oo tem sido presença assídua neste blogue nos últimos anos e 2014 não é diferente. Este 'nothing' é estimulante do início ao fim, um amadurecimento artístico que nos transporta até ao espaço.
Shield Patterns - Contour Lines
--> OPINIÃO
«O pecado escorre pelos nossos ouvidos debaixo de um tapete electrónico suave. Momentos ambientais, batidas quebradas, resquícios de uma era esquecida, quando o trip-hop era um dos fundamentos para a claustrofobia das sinapses.»
The Twilight Sad – Nobody Wants To Be Here & Nobody Wants To Leave
Banda de culto há já uns bons anos neste blogue, os escoceses The Twilight Sad regressaram em 2014 com um dos seus melhores discos. O ambiente, opressivo e coeso, mistura pós-punk, new wave e shoegaze com uma eficácia rara.
Música | Menções Honrosas (clicar nos quadradinhos de cada álbum para ouvir)
Alcest - Shelter
Dead Horse One - Without Love We Perish
Death From Above 1979 - The Physical World
EZ3kiel - Lux
hospital NEON - Made by hand
I Love You But I’ve Chosen Darkness - Dust
In Letter Form - Explorations of Unknown Destinations
Képzelt Város - IO
Leonard Cohen - Popular Problems
Letting Up Despite Great Faults - Neon
Mark Lanegan Band - Phantom Radio
Medicine - Home Everywhere
Odawas - Reflections of a Pink Laser
Papertiger Sound - Illuminate
Pixies - Indie Cindy
Plastic People - Evergreen
Schonwald - Dream For The Fall
Screen Vinyl Image / Bloody Knives - Split
The Antlers - Familiars
The Church - Further / Deeper
The Foreign Resort - New Frontiers
The Highlights - The Highlights
The History Of Colour TV - When Shapes Of Spilt Blood Spelt Love
The Horrors - Luminous
The Present Moment - Cruel
The Search - Our Need For Solace
The War On Drugs - Lost In The Dream
Tycho - Awake
Unlogic Thing & r.roo - Void
Warpaint - Warpaint
Worm Is Green - To Them We Are Only Shadows
Woven Hand - Refractory Obdurate
You Can't Win, Charlie Brown - Diffraction/Refraction
Zelmershead - Oldies
Música | Temas (destaques dos álbuns)
Astronauts - Skydive --> OUVIR
Aube L - Time For The Happiness --> OUVIR
Black Swan Lane - DNA --> OUVIR
Blueneck - Sirens --> OUVIR
Chinawoman - Nothing To Talk About --> OUVIR
Electric Litany - Feather of Ecstasy --> OUVIR
Elise Mélinand - La pluie (la plus belle) --> OUVIR
R.roo - Night Traveler With Clear Eyes --> OUVIR
Shield Patterns - Dust Hung Heavy --> OUVIR
The Twilight Sad - Last January --> OUVIR
36 - Dream Tempest --> OUVIR
Alcest - Opale --> OUVIR
Dead Horse One - I Love My Man --> OUVIR
Death From Above 1979 - Cheap Talk --> OUVIR
EZ3kiel - Anonymous --> OUVIR
hospital NEON - The King Tonight --> OUVIR
I Love You But I've Chosen Darkness - You Are Dead To Me --> OUVIR
In Letter Form - Lie to Me --> OUVIR
Képzelt Város - Mégis, mindent --> OUVIR
Leonard Cohen - You Got Me Singing --> OUVIR
Letting Up Despite Great Faults - Wrapped --> OUVIR
Mark Lanegan Band - Floor Of The Ocean --> OUVIR
Medicine - Move Along - Down The Road --> OUVIR
Odawas - Black Iron Awakening / The Empire Never Ended --> OUVIR
Papertiger Sound - Getting Lost, Being Found --> OUVIR
Pixies - Magdalena --> OUVIR
Plastic Flowers - Vicious Victims --> OUVIR
Schonwald - Deep Metals --> OUVIR
Screen Vinyl Image - Edge of Forever --> OUVIR
The Antlers - Palace --> OUVIR
The Church - Pride Before A Fall --> OUVIR
The Foreign Resort - Alone --> OUVIR
The Highlights - Dark --> OUVIR
The History Of Colour TV - Split Blood --> OUVIR
The Horrors - So Now You Know --> OUVIR
The Present Moment - General Relief --> OUVIR
The Search - Wake Up From Your Electronic Hallucinations --> OUVIR
The War on Drugs - Red Eyes --> OUVIR
Tycho - See --> OUVIR
Unlogic Thing & r.roo - r.roo - Kolybel --> OUVIR
Warpaint - Disco//Very - Keep It Healthy --> OUVIR
Worm Is Green - Let's Just Live My Love --> OUVIR
Wovenhand - Hiss --> OUVIR
You Can't Win, Charlie Brown - After December --> OUVIR
Zelmershead - Future --> OUVIR
Música | Temas (outros)
A Place To Bury Strangers - Straight --> OUVIR
And Exile - Aleph I --> OUVIR
Archive - Black & Blue --> OUVIR
Automelodi - Métropole sous la pluie --> OUVIR
Azoora - Coming Home --> OUVIR
Be Forest - Airwaves --> OUVIR
Beck - Wave --> OUVIR
Déesse - New Cure --> OUVIR
Emmon - Smalltown Boy --> OUVIR
Esben & The Witch - No Dog --> OUVIR
EyeScream - Despa1r --> OUVIR
Girls In Hawaii - Where Do Your Tears Come From --> OUVIR
I Break Horses - You Burn --> OUVIR
illl & irma - Walk Softly Stranger --> OUVIR
James - Moving On --> OUVIR
Kent - Skogarna --> OUVIR
Matteus - Welcome --> OUVIR
Mechanimal - We Come Alive --> OUVIR
Motorama - Dispersed Energy --> OUVIR
My TV is Dead - The Party's in the Sky --> OUVIR
Port-Royal - Sovereign Raiders --> OUVIR
Sounds of Sputnik - New Born Feat. Ummagma --> OUVIR
The Away Days - Your Colour --> OUVIR
The Black Angels - An Occurrence at 4507 South Third Street --> OUVIR
The Harrow - Mouth To Mouth --> OUVIR
The Faint - Help in the Head --> OUVIR
The Soft Moon - Feel --> OUVIR
Tracing Arcs - Closer To You --> OUVIR
Trentemøller - Come Undone (Trentemøller Remix) --> OUVIR
Trust - Capitol --> OUVIR
Twiggy Frostbite - Seashore --> OUVIR
Wendy Rae Fowler - Hollow --> OUVIR
You Walk Through Walls - Wrap Myself in Dreams --> OUVIR
-- // --
Espectáculos ao vivo
Gallon Drunk - Barco A38 (Budapeste)
Lydia Lunch Retrovirus - Barco A38 (Budapeste)
Pathos in metamorphoses (Kabuki dance) - Müpa: Palace of Arts (Budapeste)
Philip Glass: Beauty and the Beast (La Belle et la Bête) - Müpa: Palace of Arts (Budapeste)
Wattican Punk Ballet - Barco A38 (Budapeste)
Documentários
20,000 Days on Earth --> TRAILER
Art and Craft --> TRAILER
Inside the Animal Mind --> TRAILER
Mala Mala --> TRAILER
National Gallery --> TRAILER
The Internet’s Own Boy: The Story Of Aaron Swartz --> TRAILER
The Kate Bush Story: Running Up That Hill --> TRAILER
The Possibilities Are Endless --> TRAILER
The Story of Women and Art --> TRAILER
Virunga --> TRAILER
Televisão
Hannibal - 2ª Temporada --> TRAILER
House of Cards - 2ª Temporada --> TRAILER
The Honourable Woman --> TRAILER
The Knick - 1ª Temporada --> TRAILER
True Detective - 1ª Temporada --> TRAILER
Cinema
Birdman --> TRAILER
Boyhood --> TRAILER
Foxcatcher --> TRAILER
Nightcrawler --> TRAILER
Whiplash --> TRAILER
Anime
Giovanni's Island (Giovanni no Shima) --> TRAILER
JoJo's Bizarre Adventure: Stardust Crusaders --> TRAILER
Mushishi Zoku Shou --> TRAILER
Ping Pong The Animation --> TRAILER
Shingeki no Bahamut: Genesis --> TRAILER
----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----/----
Balanço 2013
Balanço 2012
Balanço 2011
Balanço 2010
Balanço 2009
Balanço 2008
Balanço 2007
Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.
ConversionConversion EmoticonEmoticon