1. Glamour
2. Underestimate
3. Why Are You So Angry?
4. Aftertaste
5. Friendly Fires
6. Game Over
7. Spirit Lake
8. Quiet Please
9. Irresistible
Site oficial: http://www.words-on-music.com/foragainst.html
Facebook: https://www.facebook.com/For-Against-271880109596/
Myspace: https://www.myspace.com/foragainst
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2. Underestimate
3. Why Are You So Angry?
4. Aftertaste
5. Friendly Fires
6. Game Over
7. Spirit Lake
8. Quiet Please
9. Irresistible
A Internet tem destas coisas, em que por mero acaso descobrimos (ou redescobrimos) uma banda com quem nunca tivemos grande contacto por factores diversos e que afinal até já existe há perto de 25 anos. Os For Against são precisamente um desses casos. Nascidos nos primórdios da década de 80, numa altura em que várias outras bandas associadas ao género que se determinou como pós-punk também davam os seus passos como os Chameleons, Echo & The Bunnymen e The Sound, por exemplo.
Shade Side Sunny Side é já o oitavo álbum da banda e é com enorme surpresa que vejo um projecto que continua a não descurar as suas raízes nos tempos que correm, bem pelo contrário. Até a produção, algo "abafada" e muito característica de certas bandas e álbuns dos anos 80 marca presença. O resultado final acaba por transmitir uma emoção genuína que por vezes falta em outros projectos mais recentes que tentam seguir estas sonoridades, mas onde a produção ultra cristalina e límpida, entre outros factores, faz com que o todo chegue a roçar o estéril e o vazio emocional.
Seguindo esta temática, basta ouvirmos a entrada da primeira faixa com certo som de bateria e guitarra para, juntamente com o resto, percebermos imediatamente que este disco irá ser uma viagem para outros tempos. No processo sente-se uma certa ironia no título tendo em conta a ambiência algo cinzenta que paira por aqui, não dando para descortinar muito bem quais serão os lados solarengos e sombrios, com o disco a ficar cada vez mais negro à medida que avança. Isso não impede que sinta uma mensagem de esperança nele, mesmo depois do final da melodia altamente agridoce da última faixa. “I thought i had a friend in you”, canta o vocalista e baixista Jeffrey Runnings.
Existe uma certa mágoa ao longo do álbum, de relações entre pessoas que deram para o torto, desilusões e acordares à força para a vida. A guitarra de Harry Dingman III tem um papel preponderante em todo o disco, transmitindo-nos emoções e emoções, seja nos momentos mais calmos como quando explode freneticamente, havendo por aqui camadas e camadas de coisas a descobrir ao longo de todo o registo. O trabalho de bateria de Nick Buller também não fica nada atrás, sendo claro que temos aqui três pessoas no topo da sua forma, que sabem bem o que querem a nível musical.
Destacar partes do disco é complicado. Se a início faixas como "Glamour" ou "Underestimate" entram logo no ouvido e são escolhas óbvias para potenciais singles e playlists, não demora muito a que todas elas se entranhem na nossa pele consoante o dia e disposição. Temas como "Why Are You So Angry?" trazem-nos histórias familiares e ficam na cabeça, com a parte final desta a ser um dos pontos altos do disco, com a melodia calma e triste a acompanhar a voz que se dirige a nós, à sua cara-metade, ou a quem acharmos que se adeqúe, com a frase brutal, eficaz e certeira “you used to be such fun”, que vai desaparecendo aos poucos mas que deixa indelevelmente a sua marca.
Uma nota também para a faixa "Friendly Fires'" que é uma cover dos saudosos Section 25 (uma das bandas da editora Factory, casa dos Joy Division, Durutti Collumn, A Certain Ratio e New Order, entre outras), que divide o disco e que me transportou para tempos de uns Bauhaus em topo de forma, por exemplo. É a partir daqui, após sete minutos hipnóticos, que o álbum nos leva ainda para mais longe nesta nossa viagem, onde é impossível voltarmos atrás sem querermos conhecer o destino final. A entrada de piano de "Game Over" convida-nos assim a continuar, a ouvir estas histórias, enquanto desaparece entre a explosão de uma guitarra distorcida e a calma dos restantes instrumentos, dando lugar a um dos temas mais bonitos do disco, "Spirit Lake".
Esta parte final do disco e segunda metade é realmente brutal a todos os níveis. Se é notório que gosto de muitos dos temas que vêm antes, "Quiet Please" é bem capaz de ser uma das minhas favoritas, juntamente com "Irresistible" que, diga-se mais uma vez, tem um final de arrepiar e acaba em beleza o álbum.
E com isto acabei por mencionar quase todos os temas de Shade Side Sunny Side, o que não é de estranhar, pois este é desde já um dos meus discos pessoais do ano, a descobrir para quem gosta deste tipo de sonoridades e das várias bandas citadas ao longo deste texto.
Shade Side Sunny Side é já o oitavo álbum da banda e é com enorme surpresa que vejo um projecto que continua a não descurar as suas raízes nos tempos que correm, bem pelo contrário. Até a produção, algo "abafada" e muito característica de certas bandas e álbuns dos anos 80 marca presença. O resultado final acaba por transmitir uma emoção genuína que por vezes falta em outros projectos mais recentes que tentam seguir estas sonoridades, mas onde a produção ultra cristalina e límpida, entre outros factores, faz com que o todo chegue a roçar o estéril e o vazio emocional.
Seguindo esta temática, basta ouvirmos a entrada da primeira faixa com certo som de bateria e guitarra para, juntamente com o resto, percebermos imediatamente que este disco irá ser uma viagem para outros tempos. No processo sente-se uma certa ironia no título tendo em conta a ambiência algo cinzenta que paira por aqui, não dando para descortinar muito bem quais serão os lados solarengos e sombrios, com o disco a ficar cada vez mais negro à medida que avança. Isso não impede que sinta uma mensagem de esperança nele, mesmo depois do final da melodia altamente agridoce da última faixa. “I thought i had a friend in you”, canta o vocalista e baixista Jeffrey Runnings.
Existe uma certa mágoa ao longo do álbum, de relações entre pessoas que deram para o torto, desilusões e acordares à força para a vida. A guitarra de Harry Dingman III tem um papel preponderante em todo o disco, transmitindo-nos emoções e emoções, seja nos momentos mais calmos como quando explode freneticamente, havendo por aqui camadas e camadas de coisas a descobrir ao longo de todo o registo. O trabalho de bateria de Nick Buller também não fica nada atrás, sendo claro que temos aqui três pessoas no topo da sua forma, que sabem bem o que querem a nível musical.
Destacar partes do disco é complicado. Se a início faixas como "Glamour" ou "Underestimate" entram logo no ouvido e são escolhas óbvias para potenciais singles e playlists, não demora muito a que todas elas se entranhem na nossa pele consoante o dia e disposição. Temas como "Why Are You So Angry?" trazem-nos histórias familiares e ficam na cabeça, com a parte final desta a ser um dos pontos altos do disco, com a melodia calma e triste a acompanhar a voz que se dirige a nós, à sua cara-metade, ou a quem acharmos que se adeqúe, com a frase brutal, eficaz e certeira “you used to be such fun”, que vai desaparecendo aos poucos mas que deixa indelevelmente a sua marca.
Uma nota também para a faixa "Friendly Fires'" que é uma cover dos saudosos Section 25 (uma das bandas da editora Factory, casa dos Joy Division, Durutti Collumn, A Certain Ratio e New Order, entre outras), que divide o disco e que me transportou para tempos de uns Bauhaus em topo de forma, por exemplo. É a partir daqui, após sete minutos hipnóticos, que o álbum nos leva ainda para mais longe nesta nossa viagem, onde é impossível voltarmos atrás sem querermos conhecer o destino final. A entrada de piano de "Game Over" convida-nos assim a continuar, a ouvir estas histórias, enquanto desaparece entre a explosão de uma guitarra distorcida e a calma dos restantes instrumentos, dando lugar a um dos temas mais bonitos do disco, "Spirit Lake".
Esta parte final do disco e segunda metade é realmente brutal a todos os níveis. Se é notório que gosto de muitos dos temas que vêm antes, "Quiet Please" é bem capaz de ser uma das minhas favoritas, juntamente com "Irresistible" que, diga-se mais uma vez, tem um final de arrepiar e acaba em beleza o álbum.
E com isto acabei por mencionar quase todos os temas de Shade Side Sunny Side, o que não é de estranhar, pois este é desde já um dos meus discos pessoais do ano, a descobrir para quem gosta deste tipo de sonoridades e das várias bandas citadas ao longo deste texto.
Site oficial: http://www.words-on-music.com/foragainst.html
Facebook: https://www.facebook.com/For-Against-271880109596/
Myspace: https://www.myspace.com/foragainst
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4 comentar
Click here for comentarMuito bom este projecto. enho para cá umas coisinhas deles... :)
Replyagora estou com curiosidade de ouvir This Drowning Man...
Eles têm coisas muito nices espalhadas pelos outros álbuns e eps, mas ya, nunca investiguei muito na altura, ao ponto de ter-me esquecido um pouco, já que os projectos eram imensos. Mas gosto mesmo deste álbum novo deles, e eles são bue porreiros, temos mantido contacto pelo myspace e tudo.
ReplyExistem planos para eles virem cá tocar e em Espanha porque têm um contrato com uma distribuidora espanhola para a europa parece-me. :)
Hmm, This Drowning Man? Não estou a ver pelo nome.
se vierem cá, vou ver, pois claro...
ReplyInvestiga This Drowning Man na RedSun Records... :)
Já estive a escutar pelo myspace deles. :p Ouve-se bem. :)
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