"Sempre que desapareces uma parte de mim morre, mas ao mesmo tempo outra começa a viver.
Roupas rasgadas, corações destroçados, discussões pela manhã, silêncios de tarde e sexo enganador e reparador durante a noite. De cada vez dizemos para nós que está tudo bem, que é assim que as coisas funcionam, mas estamos apenas a querer evitar o problema.
Já não te suporto, nem tu a mim, falta-nos o fôlego de cada vez que estamos juntos, custa-nos a respirar, sensação de desmaio iminente, mas ao mesmo tempo não conseguimos viver um sem o outro, ou com o outro. A cada dia olho para nós e pergunto-me como é possível não nos conhecer de momento, como é que a nulidade do ser tomou conta destas vivências tão pautadas por individualidades e sonhos constantes.
Sermos felizes não é suficiente, não assim pelo menos, e faz-me confusão como é que não percebemos que quanto mais nos anulamos mais isso nos afasta. Adaptação não é resposta.
Sinceramente? Quem me dera nunca te ter conhecido."
Nuno Almeida, Lugares Comuns, 2008
boomp3.com
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Roupas rasgadas, corações destroçados, discussões pela manhã, silêncios de tarde e sexo enganador e reparador durante a noite. De cada vez dizemos para nós que está tudo bem, que é assim que as coisas funcionam, mas estamos apenas a querer evitar o problema.
Já não te suporto, nem tu a mim, falta-nos o fôlego de cada vez que estamos juntos, custa-nos a respirar, sensação de desmaio iminente, mas ao mesmo tempo não conseguimos viver um sem o outro, ou com o outro. A cada dia olho para nós e pergunto-me como é possível não nos conhecer de momento, como é que a nulidade do ser tomou conta destas vivências tão pautadas por individualidades e sonhos constantes.
Sermos felizes não é suficiente, não assim pelo menos, e faz-me confusão como é que não percebemos que quanto mais nos anulamos mais isso nos afasta. Adaptação não é resposta.
Sinceramente? Quem me dera nunca te ter conhecido."
Nuno Almeida, Lugares Comuns, 2008
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Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.
8 comentar
Click here for comentarBolas... é tipo doença..
Reply**
Como canta o vocalista de Afterhours:
Reply"Love's a disease
i just want to get out of it"
:p
Estava a ler isto e só estava com vontade de chorar...
Reply:(
ReplySorry, apesar ser bom provocarmos alguma reacção, mesmo não sendo as "melhores".
É um pouco triste e meio irónico não é? Quando muitas vezes as pessoas numa relação não percebem que começaram a andar juntas pelo que elas eram, não por quererem agradar ou adaptar a sua maneira de ser à outra. Depois no final ficamos a perguntar-nos o que correu a mal, e a minha resposta a isso acaba por ser simples:
*deixaste de ser tu mesmo(a)*
Mas ao mesmo tempo como já construiste algo, tudo se torna mais doloroso claro, acabando uma pessoa por passar-se ao perceber que mudou tanto pra "nada", assim como perceber que gosta da outra pessoa na mesma, mas não da situação em que ambos se encontram e foram parar com o tempo, o que acaba sempre por acontecer porque é quase impossível as pessoas e relação entre elas ficar na mesma com o tempo e quanto mais convivem.
Enfim...relações relações...
IndustrialSonic
ReplyFDX!!!!!! Assustador, derreti-me a ler isto, credo o que se passa contigo… Como sabes eu até podia acrescentar umas linhas, mas seria como um serrote ehehehheheheh. coitadinhas
lol, não se passa nada. :p
ReplyMas força, acrescenta umas linhas heheh. ;)
Acho que foram as palavras mais simples e directas que já me disseram. É isso mesmo.
ReplyThx... acho (tendo em conta o tema e teor meio negro).
Reply:)
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