É assim mesmo que as coisas são...

"Existe um tempo limite para tudo, uma altura em que tudo se apaga e onde encontramos paz, como um canal de TV que chega ao fim da sua emissão, deixando o ecrã preto e em silêncio, em que conseguimos pensar em tudo e ouvir a nossa voz, reflectir no que já foi e no que será.

Saber quando parar é uma boa definição de carácter, uma resolução que se procura e que raramente se alcança, sendo apenas mais um dos dilemas com que nos confrontamos diariamente.

Não existem respostas por aqui, nem nada de novo, porque é assim mesmo que as coisas são, familiares."

Nuno Almeida, Lugares Comuns, 2008

boomp3.com

8 comentar

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23 junho, 2008 15:40 ×

Eu nunca sei quando parar.. mas concordo contigo quando dizes que há um tempo limite para tudo.

Mas quando não se sabe quando parar, esse tempo limite parece nunca chegar.. ou se chega não se sente e quando se sente, fingimos ser outra coisa.

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23 junho, 2008 20:17 ×

Queres dizer que estamos sempre a arranjar desculpas para nunca parar portanto? ;)

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Lucia
admin
24 junho, 2008 10:46 ×

Liliana, disseste tudo com "fingirmos ser outra coisa".


Creio que saber parar, sabemos todos, o problema está em parar mesmo. O tempo passa e o que agora queres fazer deixou de fazer sentido, porque esse momento, esse tempo já passou e tens que te redifinir novamente.

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24 junho, 2008 11:08 ×

É um processo de mudança e adaptação constante. Mesmo uma pessoa sabendo o que quer na vida, a maneira de o alcançar e de fazer as coisas muda bastante consoante o tempo.

lembro-me da minha atitude nos últimos tempos quando participava em recitais por exemplo, e da minha postura actual, que é bastante diferente. Agora a maneira de lidar com as coisas não faria sentido se seguisse esses passos de alguns anos atrás. Como também daqui a uns tempos o mais certo é isso já ter mudado de novo.

Mas sinceramente, por vezes, acho que gostava de parar, ou de abrandar digamos, só que não consigo, mesmo recebendo sinais e mensagens constantes que me dão um alerta e conta que deveria estabilizar. Afinal de contas não estou a ficar mais novo, apesar disso ser um pouco relativo.

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Lucia
admin
24 junho, 2008 14:36 ×

Eu sinto a mesma coisa.

Mas não te faz confusão os outros não te acompanharem?

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24 junho, 2008 15:03 ×

Hmm, já fez, mas deixou de me fazer porque seria injusto pedir às pessoas que me acompanhassem nestas mudanças que acabam por ser muito minhas, apesar de poderem afectar outras pessoas claro.

É tipo, cada pessoa tem o seu caminho e acaba-se por respeitar, sendo que com isso muitas pessoas também se encontraram e acabaram por se desencontrar, muito por culpa das escolhas de cada um.

Por vezes olho para trás e penso como seria se certas coisas tivessem sido diferentes, mas depressa sigo em frente, encarando isto como um processo de aprendizagem contínuo, que acaba por ser o que te leva a viver.

Acabei por aceitar que existem sempre preços a pagar para continuarmos a ser como somos.

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Lucia
admin
24 junho, 2008 16:54 ×

Estou a ter um deja vu de uma conversa que tive. hehe Mas pode tornar-se um problema as pessoas que não nos acompanham não aceitarem esse preço que aceitamos para nós prórpios... não sei se isto faz algum sentido :S

Mas sim, compreendo perfeitamente.

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24 junho, 2008 17:53 ×

ya, faz sentido, e é nessa altura que os caminhos das pessoas se separam normalmente.

O não acompanhar implica sempre alguns preços, especialmente se forem pessoas que te estejam próximas. É um pouco, eu sou assim, e se não me acompanhares e me aceitares desta maneira, eu vou fugir de ti. Estás disposto(a) a pagar esse preço?

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