2. Late November
3. Rhythm of Life
4. 20 Floors
5. “I’m No Johnny Cash”
6. Two
7. Her Hair
8. Don’t Give Up The Sun
9. Another Day
"Accept your faults,
let a river flow through them
and with inner calm and serenity
you can live your life in successive moments of now."
Em crescendo suave, um tapete sonoro electrónico opressivo dá lugar a candura, ao bonito e às primeiras palavras. A voz de Yvonne Neve (Yew) fala-nos do Universo, do céu, das estrelas, do mar, o ritmo fica quebrado e, nos últimos segundos, escuta-se um sample que remete para nós e para o regresso da claustrofobia inicial.
Nascidos das cinzas dos muito recomendáveis Mantra, cujo segundo e último álbum foi lançado no já longínquo ano de 1999, os ingleses Red Painted Red arrebataram-me desde o primeiro instante que os descobri. Corria o ano de 2009, 10 anos depois portanto, com o contacto inicial a partir da banda, num convite para ouvir a música. Fiquei tão impressionado e inspirado pelo que ouvi que, desde então, a presença da música deste projecto passou a ser uma constante neste blogue e nas mais diversas áreas em que me movo. Este contexto é importante porque tal relação de proximidade acabaria por culminar no resultado que poderão observar na versão física deste álbum, que partiu da premissa de tentar ajudar com ideias, ou com algumas fotografias para servirem de teste, para acabar na elaboração de um layout de seis páginas em formato digipack, do qual falarei mais tarde noutro artigo. Por agora, fica apenas a dica que a fotografia de capa é da autoria da Patrícia.
Hey Dum Dum, como acontece nos registos anteriores da banda, é uma experiência diversificada e pouco linear. A voz é única, sensual, expressiva e arrebatadora, moldando-se consoante as melodias, pequeno camaleão de surpresas. A instrumentação por parte de Simon Carroll não fica atrás e tanto caminha pelas sombras como nos oferece luz e calma. Catalogação é um exercício impossível e inútil nestas tonalidades de vermelho. Há sons para descobrir a cada audição, teclas de piano delicadas, atmosferas de cidades pejadas de industrialização e perguntas sem resposta.
Os Red Painted Red continuam aqui a percorrer um caminho muito próprio, maduro, sem definição. O álbum funciona como um todo, mas será perfeitamente normal encontrarmos um tema favorito todos os dias, sejam eles momentos mais calmos como o convite sublime de ‘Another Day’, a introspecção de ‘Rhythm of Life’, a intensidade ondulante de ‘Late November’, ou o caos maravilhoso de ’20 Floors’.
Hipnótico, intemporal, repleto de pormenores, ora lânguido, ora desconfortável e carismático, Hey Dum Dum cola-se-nos aos ouvidos e às entranhas, às pernas e aos neurónios. É um disco que fala para nós, que nos acompanha quando pensamos que estamos isolados e dentro de um limbo onde ninguém nos entende. É nosso.
O lançamento oficial está previsto para Março, pela editora polaca Wrotycz Records.
let a river flow through them
and with inner calm and serenity
you can live your life in successive moments of now."
Em crescendo suave, um tapete sonoro electrónico opressivo dá lugar a candura, ao bonito e às primeiras palavras. A voz de Yvonne Neve (Yew) fala-nos do Universo, do céu, das estrelas, do mar, o ritmo fica quebrado e, nos últimos segundos, escuta-se um sample que remete para nós e para o regresso da claustrofobia inicial.
Nascidos das cinzas dos muito recomendáveis Mantra, cujo segundo e último álbum foi lançado no já longínquo ano de 1999, os ingleses Red Painted Red arrebataram-me desde o primeiro instante que os descobri. Corria o ano de 2009, 10 anos depois portanto, com o contacto inicial a partir da banda, num convite para ouvir a música. Fiquei tão impressionado e inspirado pelo que ouvi que, desde então, a presença da música deste projecto passou a ser uma constante neste blogue e nas mais diversas áreas em que me movo. Este contexto é importante porque tal relação de proximidade acabaria por culminar no resultado que poderão observar na versão física deste álbum, que partiu da premissa de tentar ajudar com ideias, ou com algumas fotografias para servirem de teste, para acabar na elaboração de um layout de seis páginas em formato digipack, do qual falarei mais tarde noutro artigo. Por agora, fica apenas a dica que a fotografia de capa é da autoria da Patrícia.
Hey Dum Dum, como acontece nos registos anteriores da banda, é uma experiência diversificada e pouco linear. A voz é única, sensual, expressiva e arrebatadora, moldando-se consoante as melodias, pequeno camaleão de surpresas. A instrumentação por parte de Simon Carroll não fica atrás e tanto caminha pelas sombras como nos oferece luz e calma. Catalogação é um exercício impossível e inútil nestas tonalidades de vermelho. Há sons para descobrir a cada audição, teclas de piano delicadas, atmosferas de cidades pejadas de industrialização e perguntas sem resposta.
Os Red Painted Red continuam aqui a percorrer um caminho muito próprio, maduro, sem definição. O álbum funciona como um todo, mas será perfeitamente normal encontrarmos um tema favorito todos os dias, sejam eles momentos mais calmos como o convite sublime de ‘Another Day’, a introspecção de ‘Rhythm of Life’, a intensidade ondulante de ‘Late November’, ou o caos maravilhoso de ’20 Floors’.
Hipnótico, intemporal, repleto de pormenores, ora lânguido, ora desconfortável e carismático, Hey Dum Dum cola-se-nos aos ouvidos e às entranhas, às pernas e aos neurónios. É um disco que fala para nós, que nos acompanha quando pensamos que estamos isolados e dentro de um limbo onde ninguém nos entende. É nosso.
O lançamento oficial está previsto para Março, pela editora polaca Wrotycz Records.
Site oficial: http://www.redpaintedred.com/
Facebook: https://www.facebook.com/RedPaintedRed
Bandcamp: http://redpaintedred.bandcamp.com/
Opinião: Red Painted Red - I Am Nothing
Opinião: Red Painted Red - Colours Boxset
Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.
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