01. Tap,Tap,Tap,Tap
02. Days To Die From Paracetamol
03. Misunderstood
04. Safe In Sleep
05. God Song (Fools and Fire)
06. I Can't See
07. Blow
08. White Space
09. Wondering How They Fly
Site oficial: http://www.redpaintedred.com/
Facebook: https://www.facebook.com/RedPaintedRed
Bandcamp: http://redpaintedred.bandcamp.com/
Red Painted Red - Colours Boxset
02. Days To Die From Paracetamol
03. Misunderstood
04. Safe In Sleep
05. God Song (Fools and Fire)
06. I Can't See
07. Blow
08. White Space
09. Wondering How They Fly
“My eyes move outside, take a while
before they turn.
And I’m cut out again
Now to be blown over in this storm.”
É um caminho pelas sombras, pelas estrelas, pelo interior de nós. O lançamento do novo álbum deste projecto de culto, por sinal um dos mais aguardados deste lado, convida-nos a entrar num universo muito próprio. As descrições relacionadas com a música, além de inúteis, perdem-se na miríade de sons, o silêncio impera nos recantos do sentir. A espaços, memórias do experimentalismo da banda Miranda Sex Garden vêm-me à cabeça.
Tal como aconteceu com ‘Colours’, a caixa que juntava os primeiros três EPs da banda, em ‘I Am Nothing’ impera uma embalagem e design artesanal, que cativa e maravilha. Os desenhos, as letras das músicas escritas à mão, a colagem do todo que forma a capa, contra-capa e embalagem em si, ficamos encantados e intrigados muito antes de chegarmos ao conteúdo.
Ao escutarmos as várias faixas, mas principalmente o álbum em si como um conjunto que explora uma narrativa que tem tanto de misterioso como de mórbido e sedutor, sentimo-nos perdidos, engolidos numa espécie de buraco negro, a cair num abismo do qual não desejamos conhecer o fundo. As primeiras frases, a voz feminina que parece cortar o ar, o ritmo a explodir pouco depois, a abrandar, a subir, a voz, sempre ela, com as melodias e uso de instrumentos nada linear. ‘Misunderstood’, terceiro tema do disco, ameaça demolir-nos as entranhas com um desconforto bom, não conseguimos parar, ‘Safe In Sleep’, logo a seguir, permite-nos respirar num embalar lânguido.
Explorar as sonoridades contidas em ‘I Am Nothing’, é descobrir coisas novas a cada audição, é aceder a um desejo de incómodo, a um saciar de natureza negra que nem sempre se esconde à superfície. Todo o cuidado que podemos observar no design do disco, a atenção aos pormenores, os detalhes das flores, da figura masculina e feminina, a imagética quase infantil à mistura com uma urgência pungente de lutar contra um mundo que teima em não ser o nosso, revela-se também na música. Delírios meus talvez.
Escute-se ‘White Space’, com o seu ambiente de fábula que nos remete para tempos imemoriais, é bonito, temos percepção de toda uma luz que se esconde nas sombras, que nos abraça com calma, convite terno para o final que se aproxima. As teclas, que assumem um papel fundamental, paralisam-nos e só acordamos do transe depois das últimas notas, faltam-nos as palavras, tentamos discernir o que se passou aqui e não conseguimos.
Um pequeno segredo, a música dos Red Painted Red.
before they turn.
And I’m cut out again
Now to be blown over in this storm.”
É um caminho pelas sombras, pelas estrelas, pelo interior de nós. O lançamento do novo álbum deste projecto de culto, por sinal um dos mais aguardados deste lado, convida-nos a entrar num universo muito próprio. As descrições relacionadas com a música, além de inúteis, perdem-se na miríade de sons, o silêncio impera nos recantos do sentir. A espaços, memórias do experimentalismo da banda Miranda Sex Garden vêm-me à cabeça.
Tal como aconteceu com ‘Colours’, a caixa que juntava os primeiros três EPs da banda, em ‘I Am Nothing’ impera uma embalagem e design artesanal, que cativa e maravilha. Os desenhos, as letras das músicas escritas à mão, a colagem do todo que forma a capa, contra-capa e embalagem em si, ficamos encantados e intrigados muito antes de chegarmos ao conteúdo.
Ao escutarmos as várias faixas, mas principalmente o álbum em si como um conjunto que explora uma narrativa que tem tanto de misterioso como de mórbido e sedutor, sentimo-nos perdidos, engolidos numa espécie de buraco negro, a cair num abismo do qual não desejamos conhecer o fundo. As primeiras frases, a voz feminina que parece cortar o ar, o ritmo a explodir pouco depois, a abrandar, a subir, a voz, sempre ela, com as melodias e uso de instrumentos nada linear. ‘Misunderstood’, terceiro tema do disco, ameaça demolir-nos as entranhas com um desconforto bom, não conseguimos parar, ‘Safe In Sleep’, logo a seguir, permite-nos respirar num embalar lânguido.
Explorar as sonoridades contidas em ‘I Am Nothing’, é descobrir coisas novas a cada audição, é aceder a um desejo de incómodo, a um saciar de natureza negra que nem sempre se esconde à superfície. Todo o cuidado que podemos observar no design do disco, a atenção aos pormenores, os detalhes das flores, da figura masculina e feminina, a imagética quase infantil à mistura com uma urgência pungente de lutar contra um mundo que teima em não ser o nosso, revela-se também na música. Delírios meus talvez.
Escute-se ‘White Space’, com o seu ambiente de fábula que nos remete para tempos imemoriais, é bonito, temos percepção de toda uma luz que se esconde nas sombras, que nos abraça com calma, convite terno para o final que se aproxima. As teclas, que assumem um papel fundamental, paralisam-nos e só acordamos do transe depois das últimas notas, faltam-nos as palavras, tentamos discernir o que se passou aqui e não conseguimos.
Um pequeno segredo, a música dos Red Painted Red.
Site oficial: http://www.redpaintedred.com/
Facebook: https://www.facebook.com/RedPaintedRed
Bandcamp: http://redpaintedred.bandcamp.com/
Red Painted Red - Colours Boxset
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