A Hungria continua a ser um mistério para a maioria dos Portugueses (e não só). Os órgãos de comunicação social, quando até falam do país, fazem-no quase sempre com intenções políticas e com agendas muito específicas. Não surpreende, por isso, que até nos perguntem se faz parte da Europa quando vamos a Portugal, ou que desconheçam que integra a União Europeia, ou que julguem que vivemos numa qualquer realidade alternativa e estranha.
Para combater as noções acima, mas também porque acredito que precisamos de sonhar, tenho decidido partilhar aos poucos curiosidades ou acontecimentos relacionados com o país através de textos e fotografias. Uma espécie de diário pessoal com registos perdidos no tempo, fruto de uma estética que cada vez mais nos remete para os sonhos. A cidade de Budapeste, onde residimos actualmente, tem merecido um destaque natural, mas com a ideia posterior de se organizar isto em formato livro e com a oportunidade de visitar outros locais, a meta alargou-se.
Gárdony, berço do escritor Géza Gárdonyi, é uma pequena cidade situada no centro da Hungria. Para quem viaja de comboio a partir de Budapeste, a distância é de 40 minutos a uma hora. Localizada a sul do lago Velence, por sinal o segundo maior do país, é uma cidade que ganha uma outra vida quando o Sol (um dos elementos gráficos do brasão da cidade) resolve ser generoso, em particular no Verão. Nessa altura as actividades são várias e mesmo agora já era possível observar inúmeras pessoas a praticar windsurf no lago, por exemplo.
A diferença em relação ao centro de Budapeste é enorme, como aliás acontece noutros casos. Basta sair da capital da Hungria para percebermos que grande parte do país é dominada pelo campo. As zonas verdes e de agricultura predominam, as casas são pequenas, ladeadas de flores e os pitorescos telhados triangulares de cores fortes chamam-nos a atenção. Somos absorvidos por uma estranha sensação de paz.
Dividida em três zonas, Gárdony, Agárd e Dinnyés, é uma cidade que apenas conseguiu esse estatuto no final de Março de 1989. Até então Gárdony era uma vila e isso ainda transparece de muitas formas, em particular no ambiente. Também por isso ficámos com a sensação de que se trata de um local propício para crianças. Vimos inúmeras famílias a passear de forma tranquila, a pé ou de bicicleta, assim como crianças a brincar na zona do lago Velence.
Um dos momentos mais curiosos que presenciámos e que ilustra bem aquilo de que falo, foi quando vimos um grupo de crianças a brincar com animais de forma inocente e respeitosa. Capturavam serpentes marinhas ou rãs com uma pequena rede, observavam depois os animais tranquilos na mão e soltavam-nos de seguida na água.
Na zona do lago o contacto com a natureza é uma constante. Ficamos deliciados com as libélulas, com os casais de patos e com os diálogos intensos das rãs. Para quem gosta de desportos aquáticos ou de actividades relacionadas, além de windsurf é natural encontrarmos pessoas a pescar, nadar ou a passear de barco. Na mesma área existe um Centro Termal e locais para praticar futebol, ténis, voleibol ou basquetebol, entre outros.
Nos jardins e flores que rodeiam as casas também é possível encontrar outros animais, sejam eles gatos, abelhas, grilos ou joaninhas. A título de curiosidade, a espécie que podem observar na fotografia acima parecia ser uma imigrante já que as joaninhas húngaras têm sete pintinhas pretas e esta tinha mais.
Visitar uma cidade como Gárdony é um convite à calma, a momentos de reflexão, a esquecermos o caos típico das grandes metrópoles. A nossa premissa foi o convívio com uma amiga que cresceu aqui. Falámos durante horas, comemos bolinhos e manjares cuidados, feitos com todo o amor do mundo. Prometeu-se um regresso.
Para combater as noções acima, mas também porque acredito que precisamos de sonhar, tenho decidido partilhar aos poucos curiosidades ou acontecimentos relacionados com o país através de textos e fotografias. Uma espécie de diário pessoal com registos perdidos no tempo, fruto de uma estética que cada vez mais nos remete para os sonhos. A cidade de Budapeste, onde residimos actualmente, tem merecido um destaque natural, mas com a ideia posterior de se organizar isto em formato livro e com a oportunidade de visitar outros locais, a meta alargou-se.
Gárdony, berço do escritor Géza Gárdonyi, é uma pequena cidade situada no centro da Hungria. Para quem viaja de comboio a partir de Budapeste, a distância é de 40 minutos a uma hora. Localizada a sul do lago Velence, por sinal o segundo maior do país, é uma cidade que ganha uma outra vida quando o Sol (um dos elementos gráficos do brasão da cidade) resolve ser generoso, em particular no Verão. Nessa altura as actividades são várias e mesmo agora já era possível observar inúmeras pessoas a praticar windsurf no lago, por exemplo.
A diferença em relação ao centro de Budapeste é enorme, como aliás acontece noutros casos. Basta sair da capital da Hungria para percebermos que grande parte do país é dominada pelo campo. As zonas verdes e de agricultura predominam, as casas são pequenas, ladeadas de flores e os pitorescos telhados triangulares de cores fortes chamam-nos a atenção. Somos absorvidos por uma estranha sensação de paz.
Dividida em três zonas, Gárdony, Agárd e Dinnyés, é uma cidade que apenas conseguiu esse estatuto no final de Março de 1989. Até então Gárdony era uma vila e isso ainda transparece de muitas formas, em particular no ambiente. Também por isso ficámos com a sensação de que se trata de um local propício para crianças. Vimos inúmeras famílias a passear de forma tranquila, a pé ou de bicicleta, assim como crianças a brincar na zona do lago Velence.
Um dos momentos mais curiosos que presenciámos e que ilustra bem aquilo de que falo, foi quando vimos um grupo de crianças a brincar com animais de forma inocente e respeitosa. Capturavam serpentes marinhas ou rãs com uma pequena rede, observavam depois os animais tranquilos na mão e soltavam-nos de seguida na água.
Na zona do lago o contacto com a natureza é uma constante. Ficamos deliciados com as libélulas, com os casais de patos e com os diálogos intensos das rãs. Para quem gosta de desportos aquáticos ou de actividades relacionadas, além de windsurf é natural encontrarmos pessoas a pescar, nadar ou a passear de barco. Na mesma área existe um Centro Termal e locais para praticar futebol, ténis, voleibol ou basquetebol, entre outros.
Nos jardins e flores que rodeiam as casas também é possível encontrar outros animais, sejam eles gatos, abelhas, grilos ou joaninhas. A título de curiosidade, a espécie que podem observar na fotografia acima parecia ser uma imigrante já que as joaninhas húngaras têm sete pintinhas pretas e esta tinha mais.
Visitar uma cidade como Gárdony é um convite à calma, a momentos de reflexão, a esquecermos o caos típico das grandes metrópoles. A nossa premissa foi o convívio com uma amiga que cresceu aqui. Falámos durante horas, comemos bolinhos e manjares cuidados, feitos com todo o amor do mundo. Prometeu-se um regresso.
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