Todos nós temos a nossa maneira de lidar com as memórias, com a saudade ou com a solidão. O que poderão assistir neste pequeno documentário da autoria de Fritz Schumann é difícil de descrever de tão insólito.
Ayano Tsukimi, de 64 anos, vive actualmente com o seu pai de 83 anos numa vila remota de nome Nagoro, situada numa das quatro ilhas principais do Japão. Quando ela regressou ao local, apercebeu-se que das centenas de habitantes restavam apenas 37 pessoas. Por esse motivo e, também, porque não havia muito para fazer na vila, começou a criar bonecas em tamanho real que representam as pessoas que morreram ou que foram saindo da ilha à procura de trabalho nas grandes cidades. As bonecas são depois colocadas em locais que eram importantes para as respectivas pessoas. Dizer que o resultado é, no mínimo, bizarro, é pouco.
Em 10 anos ela criou mais de 350 bonecas. A início, como das sementes que plantava não brotava nada, ponderou que precisava de um espantalho e então criou um boneco semelhante ao seu pai. Seguiu-se a mãe e os seus filhos, até chegar a este momento em que concebeu a sua própria vila composta por bonecas. O efeito é tão encantador como perturbador. Estamos a falar de recriações autênticas, desde o tamanho, posição, locais, ao ponto de até existir uma escola por exemplo. Toda uma vida de silêncios, só quebrados pelos murmúrios ocasionais da natureza. E no final, não se consegue evitar o desejo de visitar esta vila tão peculiar, de conhecer todas as histórias por detrás de cada boneca, das motivações, da narrativa invisível do tempo e do progresso, de espreitar pelas janelas maravilhosas de mais um pequeno segredo do mundo posto agora a descoberto.
Ayano Tsukimi, de 64 anos, vive actualmente com o seu pai de 83 anos numa vila remota de nome Nagoro, situada numa das quatro ilhas principais do Japão. Quando ela regressou ao local, apercebeu-se que das centenas de habitantes restavam apenas 37 pessoas. Por esse motivo e, também, porque não havia muito para fazer na vila, começou a criar bonecas em tamanho real que representam as pessoas que morreram ou que foram saindo da ilha à procura de trabalho nas grandes cidades. As bonecas são depois colocadas em locais que eram importantes para as respectivas pessoas. Dizer que o resultado é, no mínimo, bizarro, é pouco.
Em 10 anos ela criou mais de 350 bonecas. A início, como das sementes que plantava não brotava nada, ponderou que precisava de um espantalho e então criou um boneco semelhante ao seu pai. Seguiu-se a mãe e os seus filhos, até chegar a este momento em que concebeu a sua própria vila composta por bonecas. O efeito é tão encantador como perturbador. Estamos a falar de recriações autênticas, desde o tamanho, posição, locais, ao ponto de até existir uma escola por exemplo. Toda uma vida de silêncios, só quebrados pelos murmúrios ocasionais da natureza. E no final, não se consegue evitar o desejo de visitar esta vila tão peculiar, de conhecer todas as histórias por detrás de cada boneca, das motivações, da narrativa invisível do tempo e do progresso, de espreitar pelas janelas maravilhosas de mais um pequeno segredo do mundo posto agora a descoberto.
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