«Torna-se impossível, os passos, demasiados, circundam a reclusão, longe dos olhares menos atentos, ganham em avidez, fome de queda, manhãs desfloradas, dias submersos em candura e mundanidade.
Melancolia, retinas focadas no vazio, sei que me pedes silêncio, tu, mundo, em roda-viva, impávido, deitado sobre a barriga, com as mãos em concordância, és um toque suave de mistérios em forma de caracóis. Não deixa de ser triste.
Estamos cientes que os nossos planetas estão a afastar-se dos outros, tão certo como estes dentes cheirarem a ti, ânsias, queria que as raízes dessem de si, inundar-te com o meu sangue até que o teu útero me desse o sinal para parar, criaturas lindas.»
Melancolia, retinas focadas no vazio, sei que me pedes silêncio, tu, mundo, em roda-viva, impávido, deitado sobre a barriga, com as mãos em concordância, és um toque suave de mistérios em forma de caracóis. Não deixa de ser triste.
Estamos cientes que os nossos planetas estão a afastar-se dos outros, tão certo como estes dentes cheirarem a ti, ânsias, queria que as raízes dessem de si, inundar-te com o meu sangue até que o teu útero me desse o sinal para parar, criaturas lindas.»
Nuno Almeida, Os Diários de A. & P., 2011
la beauté de la maladie des chatons (la petite version noir III)
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