"Os primeiros olhares cruzados, o primeiro convite para irmos ver um filme ao cinema no fim-de-semana, a primeira vez que tivemos relações sem protecção, os primeiros mal entendidos. Lembro-me de tudo, de todos, de todas, dos processos de aprendizagem, da habituação, de aprender a conhecer outra pessoa, dos começos, dos fins, dos recomeçares, dos preços que se pagam por não termos medo de viver.
Já me atribuíram inúmeras histórias, já vivi inúmeras, já perdi inúmeras, já me ri com inúmeras, já encolhi os ombros com inúmeras, as verdades encontram-se algures na percepção que vamos criando das mesmas. Tanto posso estar a falar de ti como posso estar a falar de mim ou de ninguém em particular, não interessa, todos temos direito a sentir e a imaginar o que nos vai na cabeça. As marcas no pescoço, os chupões, os arranhões, tanto podem ser do animal de estimação que nos ama incondicionalmente e não sabe bem como o demonstrar da mesma maneira que algumas pessoas, como mais um caso que me oferecem num palco do teatro que resolveram erguer.
Não existe realmente nada neste mundo, nestes mundos, nada de coerente pelo menos, fechados à ignorância, são miragens de uma mensagem que nos pede para a deixarmos ir. A rapariga, o rapaz, a indefinição, fazem amor sem preocupação, nos buracos das telhas de uma vivenda marcada pela idade, de telhados laranjas e brancos, nas varandas com cadeiras de baloiço, nos rendilhados das roupas espalhadas pelas coxas de tons negros. Não tires, os dedos, ainda, estou quase lá."
Já me atribuíram inúmeras histórias, já vivi inúmeras, já perdi inúmeras, já me ri com inúmeras, já encolhi os ombros com inúmeras, as verdades encontram-se algures na percepção que vamos criando das mesmas. Tanto posso estar a falar de ti como posso estar a falar de mim ou de ninguém em particular, não interessa, todos temos direito a sentir e a imaginar o que nos vai na cabeça. As marcas no pescoço, os chupões, os arranhões, tanto podem ser do animal de estimação que nos ama incondicionalmente e não sabe bem como o demonstrar da mesma maneira que algumas pessoas, como mais um caso que me oferecem num palco do teatro que resolveram erguer.
Não existe realmente nada neste mundo, nestes mundos, nada de coerente pelo menos, fechados à ignorância, são miragens de uma mensagem que nos pede para a deixarmos ir. A rapariga, o rapaz, a indefinição, fazem amor sem preocupação, nos buracos das telhas de uma vivenda marcada pela idade, de telhados laranjas e brancos, nas varandas com cadeiras de baloiço, nos rendilhados das roupas espalhadas pelas coxas de tons negros. Não tires, os dedos, ainda, estou quase lá."
#60 I'm almost there
Playlist:
01. Insect Guide - 6FT In Love
02. Chinawoman - It's No Compliment
03. Twiggy Frostbite - Along Your Way
04. Husky Rescue - We Shall Burn Bright
05. Black Swan Lane - Let Me Go
06. The Black Heart Procession - Rats
07. UNKLE - Caged Bird
08. God Is An Astronaut - Forever Lost
09. Aarktica - Hollow Earth Theory
10. I Love You But I've Chosen Darkness - We Choose Faces
11. Echo & The Bunnymen - Over The Wall
12. The Twilight Sad - That Birthday Present
13. Kim Novak - Female Friends
14. Piano Magic - The Index
6 comentar
Click here for comentaro texto convida á contemplação ... a musica será inspiradora
Reply:)
quem sabe quem sabe...;)
ReplyA música penso que será o seguimento lógico da semana passada e do mini podcast do post anterior, pelo menos do que senti no momento, mas vamos ver, ou melhor, ouvir. :D
Recomendaram-me recentemente este blogue e entendi logo o porquê...
ReplyDesta playlist fiquei particularmente curiosa com os "Black Swan Lane" e "Chinawoman" pois desconhecia até agora. Tenho que investigar.
Quanto aos Echo são um clássico e a playlist não poderia fechar de melhor forma do que com eles, os Piano Magic.
Parabéns pela playlist e pelo blogue.
Olá e obrigado desde já pelo comentário e palavras. :)
ReplyOs BSL e Chinawoman lançaram há pouco os discos onde estão estas faixas e recomendo vivamente. Dela a ver se arranjo cabeça para falar do novo disco que continua nos ambientes peculiares muito típicos, com melodias e letras a condizer, algumas bem corrosivas mas cantadas de maneira doce, o que torna o impacto ainda mais curioso. :)
A faixa dos Echo não me saia da cabeça essa semana, adoro o ritmo dela, sendo um dos meus fetiches juntamente com os Piano Magic, que tive muita pena de não os poder ver quando vieram cá recentemente +_+
Vai-se seguindo o momento. :)
Infelizmente não consegui vê-los nos concertos (Lisboa e Porto) mas dei um salto à Fnac do Chiado e tive o privilégio de assistir a um concerto quase privado e de borla. Foi o melhor concerto que assisti em 2009 (mas eu também sou suspeita pois gosto imenso deles). Aguardo então pela nova playlist, que pelas minhas contas está agora a começar...
ReplyXii, nem esse pude ver com o caos que andava na altura :(
ReplyDeve ter sido fantástico, já nas noites custa-me a decidir que disco levar deles porque têm sempre faixas excelentes que se adequam aos mais diversos momentos.
PS: acabada de meter online a nova playlist e podcast. Hoje com algumas partes mais eletrónicas, mas seguindo certos ambientes, consoante o que me vai dando na hora ;)
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