"Chão escorregadio, vidros embaciados pelo vapor, saio da banheira a pingar. Pego numa das toalhas e decido não me enxugar, deixando antes que a água escorra de mim até à tua boca, sequiosa pelo gosto atormentado da paixão, selvagem como o vento que se faz ouvir pelas portas e janelas.
Ao sentires a vitalidade subir-te pelas pernas, fazendo-te tremer muito devagarinho, só te peço que não me bebas todo de uma vez, enquanto caminhamos até o aconchego dos lençóis, onde iremos adormecer ao ritmo da nossa história, fazendo parar os relógios."
Nuno Almeida, Retratos, 2009
Ao sentires a vitalidade subir-te pelas pernas, fazendo-te tremer muito devagarinho, só te peço que não me bebas todo de uma vez, enquanto caminhamos até o aconchego dos lençóis, onde iremos adormecer ao ritmo da nossa história, fazendo parar os relógios."
Nuno Almeida, Retratos, 2009
4 comentar
Click here for comentar...( outro momento, continuação da cena ) a manhã tinha iniciado transparente , ficamos quietos a contemplar a jovem luz que entrava pela janela, tínhamos perdido as palavras para fazer perdurar o momento ....
Reply:)
Replyonde os corpos escorreguem líquidos,fazemos juras de verdade.
Replye escrevemos nos vidros embaciados
um azul sem fim. apaixonados, a fazer contraditórios,não nos queremos devolver ao mundo.
é aqui que ela me diz…
e é aqui que lhe digo ‘não digas’.
shhiuuu…
...:)
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