Azelpds e as noites de música

Seguindo algumas dicas espalhadas pelo Twitter, Facebook, Myspace, comentários e redes sociais afins, podemos dizer que é ‘oficial’ o meu retorno às noites de música, se bem que com uma particularidade ou outra, com isto tudo a poder deixar algumas pessoas contentes, outras irritadas, e outras simplesmente indiferentes, consoante os casos.

A decisão, após ponderar no assunto um pouco à medida que mantenho a experiência actual na Rádio Zero, passou bastante pelo tal desejo de tentar oferecer algo às pessoas, assim como promover a música e vários dos projectos com quem vou mantendo contacto, porque lhes devo isso e porque, na minha opinião, essa deveria ser sempre uma das preocupações de um DJ a par de divertir o público, tão simples quanto isto. Como tal, há uns dias fiz outro set novo para testar ideias, pedindo a opinião e feedback a 10 pessoas sobre este assunto. Além disto, ontem recebi uma nova dica da editora de um dos meus projectos de culto, e hoje fui brindado também com um dos álbuns mais mágicos que pude ouvir recentemente a par do novo dos Jeniferever, o que impulsionou de vez esta decisão, porque há que promover isto, mas também porque é bom podermos estar num sítio e dançar ou conversar ao sabor desses e outros exemplos.

Pelo que descrevo em cima passam alguns dos factores das noites que se faziam, e que são para manter. Um ambiente particular, muito bem disposto, em que cada uma é diferente da outra porque é raro passar a mesma faixa duas noites seguidas quer elas aconteçam num espaço de dias ou meses, assim como serem nelas que se podem ouvir certas coisas porque, a não ser que se use mp3 ou cópias, e mesmo assim pode ser complicado em certos casos, mais ‘ninguém’ (note-se as aspas) passa aqueles projectos ou álbuns.

Existe uma ligação clara com o que se passa e fala neste blog, juntando-se depois a isto a tentativa de um equilíbrio entre coisas novas e outras mais antigas, assim como o aceitar pedidos das pessoas desde que tenham a ver com as noites e tenha lá os discos, mesmo ficando a decisão final a meu cargo se os passo ou não. Nada como sabermos que banda x ou faixa y pode ser ouvida numa noite específica por sabermos quem está ali ou conhecermos a pessoa já que ela a pode passar simplesmente por ‘tu’ te lembrares de lhe pedir ‘aquela música’. Infelizmente, nem toda a gente tem percebido isso e sempre que saio à noite é costume ter pessoal a queixar-se a mim que isto anda mau, é uma seca bla bla, mas quando existe oportunidade de se mudar algo tá lá quieto, mas isso é outra conversa.

Em termos de algumas particularidades, uma delas é que a nível de noites, o nome Cellophane em princípio morreu, com os samples presentes na primeira emissão da Rádio Zero a serem já na altura uma dica simbólica disso mesmo. De resto, vai continuar a separação que já existia antes entre noites mais electrónicas e outras que abrangem mais sonoridades, consoante os sítios e oportunidades. Neste último campo, não, não se tem nada de concreto planeado, mas é provável que o ‘chatear’ sítios comece em ‘breve’.

Hora de reorganizar as malas dos discos e, entretanto, peço já desculpa por mais este testamento. Vamos lá ver no que isto dá. :)

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Sobre Nuno 'Azelpds' Almeida

Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.

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