Disc one
01. Gelassenheit
02. Regine Olsen
03. Divertissment
04. Geworfenheit
05. Roliga Timmen [2003 version]
06. Stasi
07. The Beat Of The Tiger
08. Song Of Megaptera [port-royal vs selaxon lutberg]
09. Eva Green
10. Ernst Bloch
10. Ernst Bloch
11. Agent 008 Codename Littlehorses (aka the lazybones)
12. Severnaya
13. Electric Tears (Nothing's Gonna Change)
14. Günther Anders [extended version]
15. Hans Kelsen
Disc two
01. Ak kids - Shree Bang Special [port-royal remix]
02. Felix da Housecat – We All Wanna Be Prince [port-royal remix]
03. Cruiser - You+Me+Ever [port-royal remix]
04. Dag För Dag - Hands and Knees [port-royal remix]
05. Blown Paper Bags - E-ink p-ride [port-royal remix]
06. Ladytron - Tomorrow [port-royal remix]
07. Tre Allegri Ragazzi Morti - La Faccia Della Luna [port-royal remix]
08. D_rradio - Long Way Home [port-royal remix]
09. Millimetrik - Les Protagonistes du Rien [port-royal remix]
10. Illuminated Faces - Damage [port-royal remix]
11. Felix - Back in Style [port-royal remix]
12. Jatun - Blanket of Ash [port-royal remix]
13. Absent Without Leave - Blind [port-royal remix]
14. Il cielo di Bagdad - L’ultimo gesto [port-royal remix]
15. Televise - If I Told You [port-royal remix]
16. Dag För Dag - I Am the Assassin [port-royal remix]
17. Bitcrush - Of Embers [port-royal remix]
18. Inlandsis - Fréquentations [port-royal remix]
Começar o ano a ouvir uma compilação como esta tem tudo para fazer mal ao nosso coração delicado, entorpecido momentos depois pela quantidade de emoções que nos atravessam o ser ao mesmo tempo. Credo. Isto para não falar também na fasquia demasiado elevada que se impõe desde já para o resto do ano e concorrência.
Os italianos port-royal são peritos na construção de atmosferas que nos levam a viajar com a música, assim como são um dos projectos que faço maior culto por essa razão e outras, entre elas a simpatia e acessibilidade dos seus membros, ou a maneira como me inspiram de variadas formas, entre elas na escrita e na vontade de oferecer sonhos em formato sonoro.
Samples e vozes que desaparecem tão depressa como aparecem, sons e instrumentos vários dilacerados, fundos ambientais misturados com texturas e ritmos electrónicos, definir a música deste colectivo não é uma tarefa fácil, aliás, aos primeiros minutos, isolados de qualquer contacto exterior, já estamos perdidos e damos por nós num local indefinido.
Os dois discos que integram esta compilação mostram duas facetas distintas do grupo. O primeiro é constituído pelos vários EPs lançados pela banda até ao momento, todos eles difíceis de adquirir em formato físico separadamente, juntando-se a isto colaborações, raridades e algumas faixas inéditas para completar o conjunto. No total, temos logo aqui perto de 1h20 de música, de uma qualidade assombrosa, formando uma jornada coesa e coerente. É impressionante, mas não deixa de ser verdade que desde início a música dos port-royal presta-se a isso, esta compilação sendo uma prova clara dessa característica e de todo um percurso que encontra nos álbuns outra forma de transparecer a mesma. O segundo disco foca-se nos remixes que a banda fez para outros projectos, o que é uma vertente diferente, mas não deixa de ser curioso como a organização de todo o conjunto vai ao encontro do que ouvimos no primeiro disco, podendo ser encarado e ouvido como uma continuação, como também funciona separado do mesmo e como uma outra entidade. Apesar da base sonora originar de artistas diferentes, o resultado final é tipicamente port-royal em muitos aspectos, seja na ambiência, nos ritmos ou na transformação da música em si.
No total, temos aqui mais de duas horas e meia de uma viagem sensorial de arrepiar, de uma compilação que parte de uma base de fragmentos para nos oferecer um disco mágico, saudando-se a organização do mesmo. O lançamento oficial está previsto para o dia 15 de Fevereiro, mas até lá, podem escutar esta proposta em streaming seguindo este link.
Site oficial: http://www.port-royal.it/
Myspace: http://www.myspace.com/uptheroyals
Youtube: http://www.youtube.com/user/uptheroyals
port-royal - Dying In Time
Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.
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