Conversa de circunstância. A capacidade de estabelecer diálogos para não serem levados a sério. De falar para interromper silêncios. Admito esta lacuna social. Não consigo nem tenho interesse, confesso. Tal pode levar a situações delicadas ou só idiotas quando nos apercebemos do nosso papel nesses enredos vazios. É a velha história de alguém deixar no ar um falso convite para um copo ou para jantar, decidirmos aceitar e fazerem-se diligências nesse sentido quando não era suposto. Isto acontece em diversos contextos como propostas de trabalho, pedidos de ajuda, etc. O problema deverá estar em mim, pondero, ao não me adaptar a certas convenções sociais. Este gajo deve ser um chato. Não. Dispenso conversa fiada.
Se no passado exibia esta tendência, ela agravou-se após a nossa vivência de dois anos na Hungria. A mudança para um país muito diferente, o salto no desconhecido, a língua impossível de perceber, total impotência inicial. A intensidade do trabalho, o volume, a dimensão. O regresso a certas realidades foi quase um choque. A nossa própria mortalidade, finita, imprevisível, dita o mote de não existir tempo a perder e seguimos em frente, sempre. Isso reflecte-se neste blogue e em tudo. Os podcasts são concebidos como um álbum, tenta-se criar arte com arte, os textos bebem inspiração de música, fotografia e outras áreas artísticas, livros não abrem com dedicatórias ou epígrafes externas à minha pessoa e ao próprio conteúdo, joga-se desde início com a atenção do receptor. Nada é um acaso. Partilham-se mundos.
E nestes processos, o respeito e cumplicidade mútuos entre mim e a Patrícia são fulcrais. Eu sou o primeiro a ler os novos capítulos da sua tese de doutoramento em curso, ela é a primeira a ler algum excerto do novo livro. Conversamos. Debatem-se ideias, escutam-se opiniões. O aniversário da Patrícia e o período de Natal são propícios a surpresas, ao surgir de novas luzes. Este ano não foi diferente e revelei-lhe mais facetas do livro e materiais promocionais relacionados. Tem sido assim desde o final de 2016. E, ao contrário da tendência actual de revelar tudo na hora na internet, de mostrar, mantém-se o segredo, criam-se expectativas, até o considerar pronto e apto para publicação. A música segue dentro de momentos.
Se no passado exibia esta tendência, ela agravou-se após a nossa vivência de dois anos na Hungria. A mudança para um país muito diferente, o salto no desconhecido, a língua impossível de perceber, total impotência inicial. A intensidade do trabalho, o volume, a dimensão. O regresso a certas realidades foi quase um choque. A nossa própria mortalidade, finita, imprevisível, dita o mote de não existir tempo a perder e seguimos em frente, sempre. Isso reflecte-se neste blogue e em tudo. Os podcasts são concebidos como um álbum, tenta-se criar arte com arte, os textos bebem inspiração de música, fotografia e outras áreas artísticas, livros não abrem com dedicatórias ou epígrafes externas à minha pessoa e ao próprio conteúdo, joga-se desde início com a atenção do receptor. Nada é um acaso. Partilham-se mundos.
E nestes processos, o respeito e cumplicidade mútuos entre mim e a Patrícia são fulcrais. Eu sou o primeiro a ler os novos capítulos da sua tese de doutoramento em curso, ela é a primeira a ler algum excerto do novo livro. Conversamos. Debatem-se ideias, escutam-se opiniões. O aniversário da Patrícia e o período de Natal são propícios a surpresas, ao surgir de novas luzes. Este ano não foi diferente e revelei-lhe mais facetas do livro e materiais promocionais relacionados. Tem sido assim desde o final de 2016. E, ao contrário da tendência actual de revelar tudo na hora na internet, de mostrar, mantém-se o segredo, criam-se expectativas, até o considerar pronto e apto para publicação. A música segue dentro de momentos.
O limite das circunstâncias
Guardar [MP3, ZIP] Duração [1h04m50s] Data: 12-11-2018
Playlist:
01. Styrofoam - It Isn't Real So It Doesn't Count
02. Long Arm - Sleepy Bird
03. Phantoms vs Fire - Cinematik
04. Starframes - 1961
05. Palm Ghosts - Love In Winter
06. The Fog Ensemble - Lighthouse
07. Haiku Garden - Days, Dripping Away
08. Holygram - A Faction
09. Whispering Sons - Stalemate
10. Evi Vine - Sabbath
11. Esben and the Witch - Done Because We Are Too Menny
12. Diamat - Zralocik
13. Dead Can Dance - Xavier
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