No passado fim-de-semana, graças à iniciativa da promotora At the Rollercoaster, assistiu-se ao regresso dos Soft Moon ao nosso país para dois concertos. Foi nesse contexto que rumei ao RCA Club no dia 12 de Outubro, em Lisboa, para captar algumas imagens dos belgas Whispering Sons, responsáveis pela abertura de hostilidades, e relatar um pouco da experiência ao vivo desta promissora banda.
30 minutos é um período parco para apresentações mas tal não impediu os Whispering Sons de percorrerem a sua discografia até ao momento, constituída pelo EP Endless Party (2015), os singles Performance/Strange Identities (2016) e White Noise (2017), e pelo álbum de estreia Image (2018), a merecer destaque óbvio no alinhamento. Máquina de fumo a trabalhar, acordes inaugurais, ritmo pulsante, a carismática vocalista Fenne Kuppens a encetar os primeiros passos de dança no palco. Sem tempo a perder, o concerto começou de forma semelhante ao referido registo deste ano e não abrandou até ao fim. Os temas, encadeados, soltavam gradualmente as amarras dos corpos. Os pés do público, embevecido no abalo das melodias pós-punk, desprendiam-se do chão. A qualidade sonora esteve impecável – de louvar neste campo a eficiência dos técnicos –, com os instrumentos a diferenciarem-se de forma clara, a voz nunca falhando contrariamente a outros concertos. Para o final, uma prestação arrebatadora, intensa, de “Waste” – peça central do álbum Image e, poderíamos nós dizer em tom de brincadeira, provável “hit cellophanico” –, não deixou margem para dúvidas sobre os atributos da banda ao vivo e a qualidade das suas músicas. O potencial sente-se nestes detalhes, em características nem sempre claras. Em 2010 descobri os Soft Moon com o seu álbum de estreia impressionante, tendo-se seguido a oportunidade, pouco depois, de estar presente em dois concertos fora de Portugal para acentuar o bom pressentimento inicial. Passados oitos anos, são os Whispering Sons a palpitar agora nas veias da intuição.
30 minutos é um período parco para apresentações mas tal não impediu os Whispering Sons de percorrerem a sua discografia até ao momento, constituída pelo EP Endless Party (2015), os singles Performance/Strange Identities (2016) e White Noise (2017), e pelo álbum de estreia Image (2018), a merecer destaque óbvio no alinhamento. Máquina de fumo a trabalhar, acordes inaugurais, ritmo pulsante, a carismática vocalista Fenne Kuppens a encetar os primeiros passos de dança no palco. Sem tempo a perder, o concerto começou de forma semelhante ao referido registo deste ano e não abrandou até ao fim. Os temas, encadeados, soltavam gradualmente as amarras dos corpos. Os pés do público, embevecido no abalo das melodias pós-punk, desprendiam-se do chão. A qualidade sonora esteve impecável – de louvar neste campo a eficiência dos técnicos –, com os instrumentos a diferenciarem-se de forma clara, a voz nunca falhando contrariamente a outros concertos. Para o final, uma prestação arrebatadora, intensa, de “Waste” – peça central do álbum Image e, poderíamos nós dizer em tom de brincadeira, provável “hit cellophanico” –, não deixou margem para dúvidas sobre os atributos da banda ao vivo e a qualidade das suas músicas. O potencial sente-se nestes detalhes, em características nem sempre claras. Em 2010 descobri os Soft Moon com o seu álbum de estreia impressionante, tendo-se seguido a oportunidade, pouco depois, de estar presente em dois concertos fora de Portugal para acentuar o bom pressentimento inicial. Passados oitos anos, são os Whispering Sons a palpitar agora nas veias da intuição.
Alinhamento:
Stalemate
Got A Light
Alone
White Noise
Performance
Dense
Hollow
Wall
Waste
Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.
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