Revisitar livros é propício a vislumbrar emoções com outros olhos, como a potenciais momentos insólitos. Será que as obras desta fotografia estão relacionadas com o dia que se celebra hoje, da poesia, ou com a rubrica "mesa-de-cabeceira" deste blogue ou com o novo livro da minha autoria em curso? Todas estas perguntas são válidas.
E o que dizer da releitura que dei por mim a fazer hoje de Passarinhos de Anaïs Nin (trad. Luiza Neto Jorge) em plena hora de ponta, dentro de uma carruagem de metro lotada? Será que todo o erotismo do livro, que não raras vezes pende para o violento, fez mais sentido em tal contexto? Nem por isso. Os transportes públicos aborrecem os livros, o próprio tempo adormece e reclama para si o enfado que estas circunstâncias lhe provocam. E nem a alusão a pénis envoltos em picos de borracha lhe conseguiram esboçar emoção alguma.
E o que dizer da releitura que dei por mim a fazer hoje de Passarinhos de Anaïs Nin (trad. Luiza Neto Jorge) em plena hora de ponta, dentro de uma carruagem de metro lotada? Será que todo o erotismo do livro, que não raras vezes pende para o violento, fez mais sentido em tal contexto? Nem por isso. Os transportes públicos aborrecem os livros, o próprio tempo adormece e reclama para si o enfado que estas circunstâncias lhe provocam. E nem a alusão a pénis envoltos em picos de borracha lhe conseguiram esboçar emoção alguma.
Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.
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