Placas tectónicas. Os movimentos necessários ao tremor dos sentidos são minúsculos. A imagem certa, as cores, as formas, a sensação de êxtase que não se consegue descrever. Uma rede de comunicação silenciosa estabelece-se diante das nossas retinas sem se perceber a origem, mas é como se fosse uma parte de nós que estava adormecida ou à espera do contacto certo.
Com uma forte ligação ao meio da música, a arte de Iker Spozio foi um caso sério de amor à primeira vista quando vislumbrei algumas das suas capas para discos e, mais ainda, quando vi alguns dos seus cartazes. Ao investigar mais trabalhos da sua autoria fiquei num misto de deslumbrado, inspirado e, em parte, frustrado por ver, novamente, alguém tão bom, criativo e que me obriga a estabelecer fasquias pessoais que não páram de crescer e que duvido que algumas vez as alcance ou me aproxime um bocadinho que seja delas. Mas é isto que se pretende, procurar o sublime, o impossível, o que nos transcende, nunca o contentamento com o razoável e muito menos com o medíocre.
Iker Spozio é um ilustrador e pintor que nasceu em 1972, na Itália, que usa técnicas tradicionais, sem recurso a computador, para a realização dos seus trabalhos. Os resultados chegam a ser hipnóticos, com uma execução exímia que alia abstracção, geometria, sensibilidade e um cuidado prodigioso no uso de cores, texturas, fontes e no desenho de figuras várias, sejam elas humanas ou mais abstractas, para criar uma composição elaborada. Até os trabalhos que, à-partida, parecem mais simples, têm sempre um toque próprio que nos informa que os resultados finais são deliberados e mais complexos do que aparentam a início.
Alguns dos seus trabalhos podem ser encontrados em publicações várias como The Ptolemaic Terrascope, Le Monde, Biba, Dada, Senso, Arthur Magazine, El País, Vanidad e Paga Extra, em colaborações com editoras como a Deutsche Grammophon, Fat Cat, The Leaf Label, Second Language, Ba-Da-Bing, Track & Field, Own Records e Pehr, ou em cartazes para espaços diversos e festivais por exemplo.
Um dos seus projectos mais cativantes está relacionado com a vontade de ilustrar aquele que é o seu livro favorito, Master and Margarita, da autoria do escritor russo Mikhail Bulgakov. Até ao momento existem 15 gravuras maravilhosas, que correspondem aos primeiros quinze capítulos do livro, ficando a esperança de que um dia Iker Spozio tenha tempo de voltar a esta ideia para a completar e que alguém pegue nela, posteriormente, para uma edição física em formato livro. O potencial é enorme perante a excelência do que já podemos visualizar.
Fugir ao óbvio e cativar o olhar ao mesmo tempo. Por vezes o caos é imenso e tentamos descortinar todos os elementos de uma composição, sejam eles os fundos que rodeiam as figuras humanas ou o que representam as formas geométricas desta estranha poesia visual que nos deixa sem palavras. É um estado quase catatónico de admiração e de observação.
Possuidor de uma identidade muito particular, podemos dizer que Iker Spozio evoluiu da mistura de influências como a escola de design gráfico, artes plásticas e arquitectura de vanguarda, Bauhaus, do Cubismo e do Futurismo, do psicadelismo estético dos anos 60/70, da geometria representativa da Arte Deco e do perfeccionismo simbólico da Arte Nova, entre outras, para encontrar o seu próprio caminho. E é aqui, neste aglomerado estético que se une num só, que se nos acelera o coração.
Para mais informações, assim como a oportunidade de vislumbrarem imensos outros trabalhos deste artista, uma visita ao site oficial, cuja ligação deixo aqui no final deste artigo, é o melhor local para se deixarem envolver pelo festim sensorial e sensível da arte encantadora de Iker Spozio.
Com uma forte ligação ao meio da música, a arte de Iker Spozio foi um caso sério de amor à primeira vista quando vislumbrei algumas das suas capas para discos e, mais ainda, quando vi alguns dos seus cartazes. Ao investigar mais trabalhos da sua autoria fiquei num misto de deslumbrado, inspirado e, em parte, frustrado por ver, novamente, alguém tão bom, criativo e que me obriga a estabelecer fasquias pessoais que não páram de crescer e que duvido que algumas vez as alcance ou me aproxime um bocadinho que seja delas. Mas é isto que se pretende, procurar o sublime, o impossível, o que nos transcende, nunca o contentamento com o razoável e muito menos com o medíocre.
Iker Spozio é um ilustrador e pintor que nasceu em 1972, na Itália, que usa técnicas tradicionais, sem recurso a computador, para a realização dos seus trabalhos. Os resultados chegam a ser hipnóticos, com uma execução exímia que alia abstracção, geometria, sensibilidade e um cuidado prodigioso no uso de cores, texturas, fontes e no desenho de figuras várias, sejam elas humanas ou mais abstractas, para criar uma composição elaborada. Até os trabalhos que, à-partida, parecem mais simples, têm sempre um toque próprio que nos informa que os resultados finais são deliberados e mais complexos do que aparentam a início.
Alguns dos seus trabalhos podem ser encontrados em publicações várias como The Ptolemaic Terrascope, Le Monde, Biba, Dada, Senso, Arthur Magazine, El País, Vanidad e Paga Extra, em colaborações com editoras como a Deutsche Grammophon, Fat Cat, The Leaf Label, Second Language, Ba-Da-Bing, Track & Field, Own Records e Pehr, ou em cartazes para espaços diversos e festivais por exemplo.
Por vezes o caos é imenso e tentamos descortinar todos os elementos de uma composição, sejam eles os fundos que rodeiam as figuras humanas ou o que representam as formas geométricas desta estranha poesia visual que nos deixa sem palavras.Apesar da sua relação com o universo da música, o talento de Iker Spozio, assim como de algumas das suas obras mais interessantes, não se esgota aí. A série The Family of Sleep, baseada nas mitologias grega e romana, é apenas um desses casos, em que temos um conjunto de nove gravuras, com cada placa a representar uma figura ou elemento mitológico relacionado com o sono. As 36 ilustrações entre o conciso e o abstracto, feitas com recurso a várias técnicas, da Odisseia de Homero, merecem também menção.
Um dos seus projectos mais cativantes está relacionado com a vontade de ilustrar aquele que é o seu livro favorito, Master and Margarita, da autoria do escritor russo Mikhail Bulgakov. Até ao momento existem 15 gravuras maravilhosas, que correspondem aos primeiros quinze capítulos do livro, ficando a esperança de que um dia Iker Spozio tenha tempo de voltar a esta ideia para a completar e que alguém pegue nela, posteriormente, para uma edição física em formato livro. O potencial é enorme perante a excelência do que já podemos visualizar.
Fugir ao óbvio e cativar o olhar ao mesmo tempo. Por vezes o caos é imenso e tentamos descortinar todos os elementos de uma composição, sejam eles os fundos que rodeiam as figuras humanas ou o que representam as formas geométricas desta estranha poesia visual que nos deixa sem palavras. É um estado quase catatónico de admiração e de observação.
Possuidor de uma identidade muito particular, podemos dizer que Iker Spozio evoluiu da mistura de influências como a escola de design gráfico, artes plásticas e arquitectura de vanguarda, Bauhaus, do Cubismo e do Futurismo, do psicadelismo estético dos anos 60/70, da geometria representativa da Arte Deco e do perfeccionismo simbólico da Arte Nova, entre outras, para encontrar o seu próprio caminho. E é aqui, neste aglomerado estético que se une num só, que se nos acelera o coração.
Para mais informações, assim como a oportunidade de vislumbrarem imensos outros trabalhos deste artista, uma visita ao site oficial, cuja ligação deixo aqui no final deste artigo, é o melhor local para se deixarem envolver pelo festim sensorial e sensível da arte encantadora de Iker Spozio.
Site oficial: http://www.ikerspozio.net/
Facebook: https://www.facebook.com/iker.spozio
Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.
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