Encontros e desencontros. Budapeste convida a largos momentos de introspecção aliados à conquista de territórios até então desconhecidos. Com imenso para ver e para desbravar, é um aglomerado de fascínio, de pequenos poemas que escrevemos sem dedos.
Há uma facilidade de nos perdermos em nós diante dos mistérios de uma cidade que pauta por contradições e dicotomias constantes. O Antigo namora com o Novo, a amálgama de arquitectura imponente que se permite conviver com outras de pendor decadente, as tradições de costumes a colidirem com a criatividade inovadora, caótica e cuidada que transborda na decoração de muitos locais, sejam eles lojas, cafés, bares ou outros exemplos, a seriedade que é atribuída aos Húngaros e que se esbate quando olhamos para os cães que muitos deles passeiam de tão ridículos (no bom sentido) e queridos que são. Por vezes tudo isto e muito mais é estranho e não parece fazer sentido na nossa cabeça. Mas também é por isso que é uma cidade que necessita de tempo, de pausas na sua vida apressada para bebermos do néctar dos pormenores.
O segundo metro mais antigo da Europa (Londres tem o primeiro) encontra-se aqui, mas também existe internet gratuita através de Wi-Fi em todo o lado, até na tasca da esquina. O ritmo elevado da cidade e a eficiência no trabalho estão ligados de forma intrínseca a esta maneira de viver a tecnologia. Podem enviar um e-mail ou mensagem a qualquer hora que em pouco tempo (ou até imediatamente inúmeras vezes) terão resposta.
Em contraste com o referido acima, temos constatado que existem parques, pracinhas e jardins em todos os distritos. Espaços de calma, de paz, mas também da loucura traquina das crianças. Quase todos contêm elementos diversos para entreter os mais pequenos desde escorregas, baloiços ou até a simples relva para descansar, ler um livro, correr livremente ou praticar desporto. Até a maior universidade da Hungria, a ELTE, tem pequenos espaços assim onde as pessoas, sentadas ao lado de gatos num banco de jardim, adoram banhar as faces de sol por exemplo.
Uma das nossas últimas deambulações foi até ao Parque Bajor Gizi, no distrito IX. Nesta zona podem encontrar o Palácio das Artes e muito perto dele o maravilhoso edifício contemporâneo do Teatro Nacional que encerra na sua área um Memorial dedicado ao antigo Teatro Nacional e um jardim com algumas estátuas fantásticas de actores de teatro como podem observar. Os actores são Hilda Gobbi, Manyi Kiss, Éva Ruttkai, Kálmán Latabár, József Timár, Tamás Major, Imre Sinkovics, Margit Lukács, Lajos Básti, e Imre Soós. Cada uma delas representa uma das suas performances mais famosas e são da autoria dos escultores István Bencsik, László Marton, Sándor Kligl e Péter Raab Párkányi. A dada altura veio-nos à memória o Parque dos Poetas, em Oeiras, apesar da temática diferente.
Este teatro não se encerra nas paredes de um edifício ou nas performances pontuais. Não, longe disso. O drama transcende a matéria e noções fáceis, é estado permanente de contínuo delírio e êxtase enquanto nós, actores da vida, permanecermos atentos e vivos.
Há uma facilidade de nos perdermos em nós diante dos mistérios de uma cidade que pauta por contradições e dicotomias constantes. O Antigo namora com o Novo, a amálgama de arquitectura imponente que se permite conviver com outras de pendor decadente, as tradições de costumes a colidirem com a criatividade inovadora, caótica e cuidada que transborda na decoração de muitos locais, sejam eles lojas, cafés, bares ou outros exemplos, a seriedade que é atribuída aos Húngaros e que se esbate quando olhamos para os cães que muitos deles passeiam de tão ridículos (no bom sentido) e queridos que são. Por vezes tudo isto e muito mais é estranho e não parece fazer sentido na nossa cabeça. Mas também é por isso que é uma cidade que necessita de tempo, de pausas na sua vida apressada para bebermos do néctar dos pormenores.
O segundo metro mais antigo da Europa (Londres tem o primeiro) encontra-se aqui, mas também existe internet gratuita através de Wi-Fi em todo o lado, até na tasca da esquina. O ritmo elevado da cidade e a eficiência no trabalho estão ligados de forma intrínseca a esta maneira de viver a tecnologia. Podem enviar um e-mail ou mensagem a qualquer hora que em pouco tempo (ou até imediatamente inúmeras vezes) terão resposta.
Em contraste com o referido acima, temos constatado que existem parques, pracinhas e jardins em todos os distritos. Espaços de calma, de paz, mas também da loucura traquina das crianças. Quase todos contêm elementos diversos para entreter os mais pequenos desde escorregas, baloiços ou até a simples relva para descansar, ler um livro, correr livremente ou praticar desporto. Até a maior universidade da Hungria, a ELTE, tem pequenos espaços assim onde as pessoas, sentadas ao lado de gatos num banco de jardim, adoram banhar as faces de sol por exemplo.
Uma das nossas últimas deambulações foi até ao Parque Bajor Gizi, no distrito IX. Nesta zona podem encontrar o Palácio das Artes e muito perto dele o maravilhoso edifício contemporâneo do Teatro Nacional que encerra na sua área um Memorial dedicado ao antigo Teatro Nacional e um jardim com algumas estátuas fantásticas de actores de teatro como podem observar. Os actores são Hilda Gobbi, Manyi Kiss, Éva Ruttkai, Kálmán Latabár, József Timár, Tamás Major, Imre Sinkovics, Margit Lukács, Lajos Básti, e Imre Soós. Cada uma delas representa uma das suas performances mais famosas e são da autoria dos escultores István Bencsik, László Marton, Sándor Kligl e Péter Raab Párkányi. A dada altura veio-nos à memória o Parque dos Poetas, em Oeiras, apesar da temática diferente.
Este teatro não se encerra nas paredes de um edifício ou nas performances pontuais. Não, longe disso. O drama transcende a matéria e noções fáceis, é estado permanente de contínuo delírio e êxtase enquanto nós, actores da vida, permanecermos atentos e vivos.
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