FOTO: CCIF/UMAR
As autoras, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, foram perseguidas pela PIDE antes do 25 de Abril e enfrentaram um processo no tribunal devido a este livro. Censura, uma luta pela causa da igualdade de género, um caso único de solidariedade internacional. As ‘Novas Cartas Portuguesas’ é um dos livros portugueses mais traduzidos no mundo inteiro, mas estranhamente, continua a ser uma obra desconhecida por cá, até silenciada, desde a sua primeira publicação em 1972.
Na passada Terça-Feira, dia 25 de Outubro, decorreu uma leitura colectiva de excertos do livro no Centro de Cultura e Intervenção Feminista, em Lisboa. Se o ambiente informal, acolhedor e muito bem-disposto, só por si é motivo de destaque, a presença de Maria Teresa Horta, uma das autoras do livro, acabou por dar uma outra luz ao evento.
Mais do que falar de uma obra que continua a fazer todo o sentido 40 anos depois, o que me surpreendeu pela positiva foi mesmo a aura de tertúlia que se instalou com naturalidade durante o evento. Qualquer pessoa podia ler uma das cartas, as pessoas escutavam atentamente, não se dava importância a vícios e maneirismos de leitura, lia-se apenas, e ainda bem. Numa altura em que a palavra está na moda em eventos e iniciativas cuja importância reside na superficialidade da performance em detrimento do conteúdo e da própria força da palavra, é bom que existam alternativas em que ainda seja possível remexerem-nos as entranhas.
Um dos melhores momentos aconteceu quando Maria Teresa Horta foi convidada a ler umas das cartas, assim como as histórias que partilhou pouco depois com a audiência. Com um sorriso nos olhos, acabámos por ficar entre o deliciados e estupefactos com os acontecimentos em redor do lançamento do livro e o que era viver no tempo do antigo regime. Censura, perseguição, ditadura, violência física e psicológica, uma realidade que agora nos parece distante, mas que ainda está bem viva na memória de quem sofreu na pele os seus efeitos.
Esta foi uma iniciativa protagonizada pela ‘Faces de Eva’, unidade de investigação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com a ‘UMAR’ (União de Mulheres Alternativa e Resposta).
Fica já a nota que irá ocorrer no mesmo local, nos dias 16 e 17 de Dezembro, uma outra iniciativa a não perder relacionada com este livro. De nome ‘LEITURAS IMPARÁVEIS – Um dia com as Novas Cartas Portuguesas’, irá contar com a presença de Maria Teresa Horta e Ana Luísa Amaral, esta última poeta e coordenadora do Projecto Internacional Novas Cartas Portuguesas – 40 anos depois. Estão previstas várias actividades como performances, exposições, música, leitura contínua, tertúlias e escrita colectiva.
Na passada Terça-Feira, dia 25 de Outubro, decorreu uma leitura colectiva de excertos do livro no Centro de Cultura e Intervenção Feminista, em Lisboa. Se o ambiente informal, acolhedor e muito bem-disposto, só por si é motivo de destaque, a presença de Maria Teresa Horta, uma das autoras do livro, acabou por dar uma outra luz ao evento.
Mais do que falar de uma obra que continua a fazer todo o sentido 40 anos depois, o que me surpreendeu pela positiva foi mesmo a aura de tertúlia que se instalou com naturalidade durante o evento. Qualquer pessoa podia ler uma das cartas, as pessoas escutavam atentamente, não se dava importância a vícios e maneirismos de leitura, lia-se apenas, e ainda bem. Numa altura em que a palavra está na moda em eventos e iniciativas cuja importância reside na superficialidade da performance em detrimento do conteúdo e da própria força da palavra, é bom que existam alternativas em que ainda seja possível remexerem-nos as entranhas.
Um dos melhores momentos aconteceu quando Maria Teresa Horta foi convidada a ler umas das cartas, assim como as histórias que partilhou pouco depois com a audiência. Com um sorriso nos olhos, acabámos por ficar entre o deliciados e estupefactos com os acontecimentos em redor do lançamento do livro e o que era viver no tempo do antigo regime. Censura, perseguição, ditadura, violência física e psicológica, uma realidade que agora nos parece distante, mas que ainda está bem viva na memória de quem sofreu na pele os seus efeitos.
Esta foi uma iniciativa protagonizada pela ‘Faces de Eva’, unidade de investigação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com a ‘UMAR’ (União de Mulheres Alternativa e Resposta).
Fica já a nota que irá ocorrer no mesmo local, nos dias 16 e 17 de Dezembro, uma outra iniciativa a não perder relacionada com este livro. De nome ‘LEITURAS IMPARÁVEIS – Um dia com as Novas Cartas Portuguesas’, irá contar com a presença de Maria Teresa Horta e Ana Luísa Amaral, esta última poeta e coordenadora do Projecto Internacional Novas Cartas Portuguesas – 40 anos depois. Estão previstas várias actividades como performances, exposições, música, leitura contínua, tertúlias e escrita colectiva.
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