«Inércia, das gôndolas penduradas nas falésias, existem segredos perscrutados ao abandono que são roubados em pedaços de papel pequeninos. A caneta escreve nos bolsos da saia, livre, inquieta, com traços firmes e comuns, passa pelo tecido em direcção ao fecho, humedece as letras, a prosa dos aromas e entra nos desígnios da perpetuidade.
Os ramos, feitos braços, em euforia, em abraços, não dão descanso à desordem, danças de beatitude, as unhas cravadas no cortinado da casa-de-banho, cabeça contra o armário, a tesoura não escolhe destinos perante olhos afundados em faces de horror.»
Os ramos, feitos braços, em euforia, em abraços, não dão descanso à desordem, danças de beatitude, as unhas cravadas no cortinado da casa-de-banho, cabeça contra o armário, a tesoura não escolhe destinos perante olhos afundados em faces de horror.»
Nuno Almeida
Labirintos (port-royal book)
2011
os gatos e as estátuas
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2 comentar
Click here for comentarescrevendo entre um tempo que promete se fixar na memória , porque a musica lhe transmitiu um ser, um colorido e uma expressão
ReplyBonita interpretação, gosto. :)
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