"...I can tell we're alive because your blood just blended with mine
And the angels of heaven never sacrificed a sensation as pure as the cut of this knife
And the wisdom contained in the telepathy of fear
Solidified our suffering into the droning sound I still hear
But you're beautiful.
And you're real..."
my body begins where your memory ends
Guardar [MP3, ZIP] Duração [65:00] Data: 28-01-2011
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And the angels of heaven never sacrificed a sensation as pure as the cut of this knife
And the wisdom contained in the telepathy of fear
Solidified our suffering into the droning sound I still hear
But you're beautiful.
And you're real..."
«Escorreito, o sabor desce pela garganta, o palato, deliciado com os torpores, brinca com os sentidos e diz-lhes para terem calma, para não se deixarem ir na falácia palpável das palavras. És tão ardiloso penso, num minuto o berço de sonhos e tolices, noutro, o frio, a maré onde nadam todas as maleitas.
Pequeninos, os membros escalam montanhas, dão-se a conhecer por intermédio de sinais, rijos, em ruído, ensurdecedores, as folhas a tilintar no jardim em forma de células cutâneas arrepiadas. A cabeça nos teus ombros, em queda, escorrega até ao colo, sinto-te os músculos, o peito, bate depressa, sinto-te na cara, nos lábios, a cadeira, essa, tomba no chão, exercício de estilo, gosto de ver-te frágil, a perguntar-te se é nas sobrancelhas, naquele movimento pausado, que reside a resposta. És bonita, sei que não devia dizê-lo, nem tratar-te no masculino quando me dá na gana, mas uns dias aparentas ser maior do que és, noutros, és um homem, noutros, uma rapariga graciosa, firme nos seus passos em direcção ao futuro.
Deixas?
Tenho gosto por aforismos, por dizer-te que te cales e que prendas os teus lábios aos meus, uma falta de respeito latente pelo saudável, a doença, essa, é nossa, só nossa, interferências dão lugar a demónios e outras criaturas, não te percas, não ainda, há tempo para mais um copo, do teu sangue de preferência, do nosso, as veias salientes, nos pescoços, apertados, queimados por cigarros, temos auto-estradas vermelhas no corpo.»
Nuno Almeida
Histórias de raparigas com casacos de cabedal e braços cobertos com pulseiras
2011
Pequeninos, os membros escalam montanhas, dão-se a conhecer por intermédio de sinais, rijos, em ruído, ensurdecedores, as folhas a tilintar no jardim em forma de células cutâneas arrepiadas. A cabeça nos teus ombros, em queda, escorrega até ao colo, sinto-te os músculos, o peito, bate depressa, sinto-te na cara, nos lábios, a cadeira, essa, tomba no chão, exercício de estilo, gosto de ver-te frágil, a perguntar-te se é nas sobrancelhas, naquele movimento pausado, que reside a resposta. És bonita, sei que não devia dizê-lo, nem tratar-te no masculino quando me dá na gana, mas uns dias aparentas ser maior do que és, noutros, és um homem, noutros, uma rapariga graciosa, firme nos seus passos em direcção ao futuro.
Deixas?
Tenho gosto por aforismos, por dizer-te que te cales e que prendas os teus lábios aos meus, uma falta de respeito latente pelo saudável, a doença, essa, é nossa, só nossa, interferências dão lugar a demónios e outras criaturas, não te percas, não ainda, há tempo para mais um copo, do teu sangue de preferência, do nosso, as veias salientes, nos pescoços, apertados, queimados por cigarros, temos auto-estradas vermelhas no corpo.»
Nuno Almeida
Histórias de raparigas com casacos de cabedal e braços cobertos com pulseiras
2011
my body begins where your memory ends
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2 comentar
Click here for comentarachei muito interessante o titulo do set .. "o meu corpo começa quando a tua memória termina" ...
Replyseria a nossa memória , dos dois! ... pois passaria a estar incorporada em algo interior , que cresceu e como tal não sai mais.
porque a memória terminou? ... certamente porque passou a ser um só ... nesse sentido , ela termina, pois passou a ser algo para o futuro
vejo assim os momentos de vivência forte ... uma transformação
É uma visão e leitura curiosa sem dúvida. :)
ReplyMuito coisa veio da música, muita coisa nem eu sei muito bem o que poderá representar ainda, tal foi o transe com que saiu em conjunto com a música, mas é um sentimento positivo, acredito que sim. :)
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