Depois de um primeiro capítulo cativante, se bem que dramático, focado na perda dos filhos e no fim dos Chameleons como banda, após a reunião dos elementos originais em 2000 se ter revelado infrutífera, este livro mete um travão inesperado nesse crescendo emocional nas páginas seguintes. São estratégias, pensadas, ou nem por isso, que podem abalar o impacto do que vinha antes, principalmente se a escrita e matéria enveredarem por caminhos diferentes, como é o caso. Enquanto lia sobre a infância de Mark Burgess, sorrindo com pormenores engraçados e familiares como as bicicletas que os miúdos desejavam na altura, ou o gosto pela música desde novos, também é verdade que muitas das páginas deram-me vontade de passá-las à frente por estar ainda com o pensamento no capítulo anterior. Estranhamente, vi-me a pensar, ao mesmo tempo, nas tábuas de skate, nas roupas que usava, no iogurtes yop, nos pins de bandas obscuras, presos em coletes de ganga rançosos, e outros pormenores afins, que não sei até que ponto foi bom recordar.
Por muito que o álbum ‘Why Call It Anything?’ não seja considerado um clássico da banda, tem algumas músicas que adoro, duas delas, mencionadas por Mark neste livro, nomeadamente ‘Dangerous Land’ e ‘Lufthansa.’ Foi curioso ler um pouco sobre essas faixas diga-se, já que as considero especiais de um ponto de vista pessoal e não só, o que me puxou naturalmente para as palavras. Se a mudança de tom e escrita aparenta ser um pouco brusca de um capítulo para outro, também não sei até que ponto é que aguentaria o ambiente mais pesado do início, caso este se prolongasse por muito mais tempo. Raio do rapaz, nunca está contente com nada.
É nesta altura que nos apercebemos, mais uma vez, do carácter autobiográfico do livro que, por acaso, até foi escrito por alguém que tocou numa banda que gostamos, mas brincadeiras aparte, vai além disso e tem sido, também, uma boa companhia nestas manhãs cinzentas, enquanto vou fazendo tempo para entrar no local de trabalho.
Por muito que o álbum ‘Why Call It Anything?’ não seja considerado um clássico da banda, tem algumas músicas que adoro, duas delas, mencionadas por Mark neste livro, nomeadamente ‘Dangerous Land’ e ‘Lufthansa.’ Foi curioso ler um pouco sobre essas faixas diga-se, já que as considero especiais de um ponto de vista pessoal e não só, o que me puxou naturalmente para as palavras. Se a mudança de tom e escrita aparenta ser um pouco brusca de um capítulo para outro, também não sei até que ponto é que aguentaria o ambiente mais pesado do início, caso este se prolongasse por muito mais tempo. Raio do rapaz, nunca está contente com nada.
É nesta altura que nos apercebemos, mais uma vez, do carácter autobiográfico do livro que, por acaso, até foi escrito por alguém que tocou numa banda que gostamos, mas brincadeiras aparte, vai além disso e tem sido, também, uma boa companhia nestas manhãs cinzentas, enquanto vou fazendo tempo para entrar no local de trabalho.
Site oficial: http://www.chameleonsbook.com
Amazon: http://www.amazon.co.uk/View-Hill-Chameleons-Mark-Burgess/dp/0978765117
9 comentar
Click here for comentarBom dia
Replygostei da dinâmica do novo "figurino" do blog ... está com uma organização amigável , com um movimento subtil e equilíbrio das cores ( claro , teria que ter uma base cinzenta de fundo , um pouco o teu jeitinho !)
comunicação clara ... gostei
Bom dia. :)
ReplyTem dado trabalho, mas também gosto por agora do resultado. :) O cinzento acabei por manter realmente, acho que é isso, tem a ver comigo. :p
Veremos se consigo ir alterando agora posts mais antigos, além de problemas eventuais que vão surgindo, o que deverá ser normal, especialmente no início. :)
Obrigado mais uma vez pelo feedback e apoio. :)
Curioso que o Dangerous land é a minha faixa favorita desse album. Dai que aquando da leitura do livro tivesse logo feito um daqueles sorrisos... :)
ReplySantiago Alquimista, 3 de Julho de 2010, o concerto de uma vida.
ReplyAndré, também é a minha desse álbum aquele crescendo final então, é assim uma coisa. :) O primeiro capítulo do livro passou num instante. :)
ReplyRui, acredito. :)
Parabens pelo novo "Figurino", gosto muito, quanto ao capitulo II, aguardo pelo III.
ReplyAbraço.
Obrigado. :)
ReplyEstava difícil heheh, ainda com coisas para corrigir, mas vai-se com calma. :)
A ver se consigo manter estes apontamentos com regularidade, outro abraço. :)
Allô :)
ReplyGosto da nova casa, sim senhor, congrats!
Sobre o livro estou a ficar curiosa. Emprestas quando acabares? Se já tiveres pedidos põe-me em lista de espera, fazemos um 'ring' de bookcrossing ;)
Sobre a neve deixa ficar mais uns dias, pleeeease '.'
ando encantada desde ontem a fazê-la cair de um lado para o outro... é viciante! lol
§
Obrigado. :)
ReplyContinuo a mudar posts e alguns erros que vou encontrando, ou mudanças estéticas como os comentários, que foram mudados há minutos para seguirem o resto do site. Enfim, deu-me para isto. :D
Se o site não ficar muito pesado, acho que vou deixar a neve ficar mais uns dias sim, que é giro ela mexer com os nosso movimentos. :p
O livro acaba por ser curioso, em parte por ser uma autobiografia, em parte por ser de quem é. Tenho lido aos poucos, mas posso emprestar quando acabar. :)
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