“É uma mania estranha, essa de me chamares demónio ao mínimo vislumbrar de uma peça de roupa interior minha. Tenho algo a dizer-te hoje, ou melhor, deixo-te descobrires por ti próprio.
Sim, o que sentes por debaixo da saia é a minha pele, directamente, não trago nada por baixo, não deixemos que o tempo nos escorrace mais um minuto que seja dos duelos dos ossos, se achas que sou um demónio arranca-me as asas então, puxa-me pelos chifres até os arrancares com a fúria da solidificação dos tremores, faz amor com o inferno."
Sim, o que sentes por debaixo da saia é a minha pele, directamente, não trago nada por baixo, não deixemos que o tempo nos escorrace mais um minuto que seja dos duelos dos ossos, se achas que sou um demónio arranca-me as asas então, puxa-me pelos chifres até os arrancares com a fúria da solidificação dos tremores, faz amor com o inferno."
Nuno Almeida
Histórias de raparigas com casacos de cabedal e braços cobertos com pulseiras
2010
Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.
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