"Abraçados pela distância que sufoca, temos connosco os becos escuros com luzes intermitentes que projectam danças nos candeeiros, onde nos despimos para sentir o frio de cortar à faca, nas peles desnudadas dos corpos que mutilamos para apagar as saudades das mortes verdadeiras.
Sem contacto, beijos, ou amor, as paredes onde nos encostamos não têm identidade, folhas de papel em branco, na carne molhada, vulgo receptor de memórias.
Volta depressa, com a expressividade dos teus olhos ansiosos por viver, pois preciso de alguém que me ajude a limpar os restos que me escorrem pelas pernas, na fervura do calor da falta de luz, a tua."
Nuno Almeida, Labirintos (Port-Royal book), 2009
Sem contacto, beijos, ou amor, as paredes onde nos encostamos não têm identidade, folhas de papel em branco, na carne molhada, vulgo receptor de memórias.
Volta depressa, com a expressividade dos teus olhos ansiosos por viver, pois preciso de alguém que me ajude a limpar os restos que me escorrem pelas pernas, na fervura do calor da falta de luz, a tua."
Nuno Almeida, Labirintos (Port-Royal book), 2009
2 comentar
Click here for comentarsuspendo a respiração e envolvo as memórias , algo me ocorre , aquelas sombras de um candeeiro comum ... hum , ele também me vê, e o vê ... sim, vê-me
Reply:)
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