"Corpos frágeis na clandestinidade dos cafés, olhares de cumplicidade, rasgamos o céu de cada vez que somos nós, na humidade que nos corrói as entranhas quando o tempo não nos dá permissão para andarmos de mãos dadas. Em silêncio, e para o silêncio, caminhamos, em busca do cru, da sensualidade do realismo, da brutalidade sacana, do contacto.
De pé, puxas-me para ti, acordando os corvos que te içam para cima. Presa à minha cintura, deslizas para a perdição, lágrimas a escorrer-te pela cara, cravando as tuas unhas por cima da minha camisola, tingindo-a de vermelho.
Estamos a dar cabo do mundo."
Nuno Almeida, Retratos, 2009
De pé, puxas-me para ti, acordando os corvos que te içam para cima. Presa à minha cintura, deslizas para a perdição, lágrimas a escorrer-te pela cara, cravando as tuas unhas por cima da minha camisola, tingindo-a de vermelho.
Estamos a dar cabo do mundo."
Nuno Almeida, Retratos, 2009
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Click here for comentarforte ... "estamos a dar cabo do mundo" , ou o mundo de nós ... porque a subtileza da vida nos altera as cores da tela
ReplySem dúvida. :)
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