"Barulho ensurdecedor, como se uma sirene me atravessasse os tímpanos. Ainda ouço as palavras proferidas horas antes pela tua voz ao telefone. “Traz o teu vestido mais bonito e dá-te a mim“, disseste calmamente.
A aragem leve faz mover lentamente as folhas das poucas árvores presentes nestas ruas, ao mesmo tempo que me descobre as pernas bem delineadas. Não trago roupa interior, arrisco a vergonha, sou tua quando me quiseres e quando souberes quem sou, quando passar por ti e o que sentes nas calças já não der para disfarçar.
Dizes que te sentes estranho com isto, quando os meus lábios vão tocando nos teus. Serão estranhos então os nossos beijos?"
Nuno Almeida, Retratos, 2009
A aragem leve faz mover lentamente as folhas das poucas árvores presentes nestas ruas, ao mesmo tempo que me descobre as pernas bem delineadas. Não trago roupa interior, arrisco a vergonha, sou tua quando me quiseres e quando souberes quem sou, quando passar por ti e o que sentes nas calças já não der para disfarçar.
Dizes que te sentes estranho com isto, quando os meus lábios vão tocando nos teus. Serão estranhos então os nossos beijos?"
Nuno Almeida, Retratos, 2009
5 comentar
Click here for comentarMais um retrato eroticamente sensual..
ReplyMostras, escondes e à medida que nos aproximamos do final podemos escolher de entre um palco, ou um espelho.
No fim, se inspirarmos com força suficiente o que acabámos de ler, quase que se sente um estranho e agradável perfume..
Quase que fiquei saciada.
Muito bom.
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hummm ...
ReplyObrigado. :)
ReplyO 'hmmm' denota aí alguns pensamentos talvez. ;)
os tais momentos em que a ausencia de palavras diz mais , muito mais ...fica a percepção dos sons... uuiiii ... ( malandrice, que bom , pois acho que era para isso , para a despertar ... a malandrice *expressão do Norte*)
ReplySim, acaba por ser muito malandro este texto, quase 'softcore' ou algo assim. ;)
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