"Chapéu-de-chuva quebrado, vento a toldar-me a visão, não devia ter saído de casa nesta noite penso cá para os meus botões e olhando para as formas do casaco cinzento comprido e encharcado que envergo com um orgulho rasgado. É uma das lembranças que tenho do meu pai e, neste momento, cada gota que percorre o caminho das mangas até aos meus sapatos é como se fosse uma fotografia para o infinito.
Parado na berma do passeio, olho para cima, absorvendo cada pedaço de sensação e delineando a quem me permito existir. Tu não és uma delas."
Nuno Almeida, Retratos Incomuns, 2009
Parado na berma do passeio, olho para cima, absorvendo cada pedaço de sensação e delineando a quem me permito existir. Tu não és uma delas."
Nuno Almeida, Retratos Incomuns, 2009
2 comentar
Click here for comentarO homem invisível deve ter desaparecido na altura em que colocaste este post e por isso não o descobri aqui. :)
ReplyIsto porque quando o li da primeira vez, não o senti da mesma forma que agora o sinto.
Está 'gira' a forma como as descrições que dás se transformam em algo mais do que isso.
Very nice. :)
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Lol ya, se calhar na altura tornou-se o texto invisivel. :p
ReplyTambém gosto mais dele agora do que quando o meti aqui sinceramente. Thx. :)
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