"Cabeça baixa, meto um balão à boca e sopro, enchendo-o com o que me vai na alma até me faltar o ar. Saber quando parar, o limite antes do rebentamento, é algo que me intriga de tempos a tempos porque não me sei conter, não sei quando devo parar de me soltar, de dançar nestes escrutínios que decidem o que é correcto ou errado, o que é aceite ou posto de lado. Andar na corda bamba não é assim tão bom como a pintam nos manifestos de rebeldia e das vidas que se dizem e querem alternativas.
Em circunstâncias normais diria que seguirmos em frente, que sermos nós, seria o passo a dar, mas neste momento até já hibernava algures, deixando-me ir pelos sonhos, feitios e ombros onde já me encostei, acordando anos mais tarde quando algo dentro de mim me fizesse despertar e mostrasse que o mundo voltou a fazer sentido."
Nuno Almeida, Retratos Incomuns, 2008
Boomp3.com
Em circunstâncias normais diria que seguirmos em frente, que sermos nós, seria o passo a dar, mas neste momento até já hibernava algures, deixando-me ir pelos sonhos, feitios e ombros onde já me encostei, acordando anos mais tarde quando algo dentro de mim me fizesse despertar e mostrasse que o mundo voltou a fazer sentido."
Nuno Almeida, Retratos Incomuns, 2008
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8 comentar
Click here for comentarNem sempre as coisas fazem sentido, mas mesmo assim, temos que passar por elas de olhos bem abertos e bem acordados.
ReplyFaz parte acho eu.
Se calhar é para depois sabermos dar mais valor a certas coisas que de outro modo, nos passariam ao lado.
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Sim, quem sabe faça parte, quem sabe...:)
ReplyGostei.
ReplyCuriosidade estranha: tenho andado com um balão amarelo no bolso das calças, é uma daquelas coisas que me ajudam nas aulas: bonecos, música, balões... enfim é uma festa! Sempre que o encho penso nisso, só mais um bocadinho para mostrar mesmo como se diz BIG, BIG, BIG ... o feeling é esse: uma destas aulas vou estourá-lo.
Tempos de hibernar já lá vão, nada como um bom estouro para acordar as ideias de tempos em tempos ;)
§
Muito engraçado isso do balão. :)
ReplyPor aqui está na hora de hibernação em alguns aspectos, e estouros só na hora de soltar mais umas palavras.
Olha vou-te contar uma história:
ReplyEra uma vez uma menina. Ela gostava de comer areia. E comia muita.
Então um dia ela foi à praia e comeu tanta areia tanta areia e depois ela queria ir embora para casa mas estava tão pesada que não conseguía andar e depois a maré subiu e engoliu-a.
Quando ela morreu afogada, veio um golfinho, levou-a para a sua casa, deu-lhe um beijo na boca mas sem língua porque os golfinhos não têm língua acho eu.. ou têm? Bem, não interessa, foi um beijo muito soft por isso não meteu língua no meio.
A seguir ao beijo a menina transformou-se numa linda sereia gorducha. Mas ela não se importava de ter excesso de peso e o golfinho também não. E como eram de raças diferentes também não podiam fazer amor, mas eles eram felizes assim.
Moral da história:
Não fazia sentido a menina comer areia mas a menina comeu até morrer e como resultado encontrou o seu amor eterno. :) :)
[Esta história é verídica.]
**
o_0
Replywtf?
Bem, agora só falta mesmo a ilustração para essa história fantástica (no bom sentido). ;)
:) **
Reply:)
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