Haujobb @ Club Rock's (Porto)

Com um tempo não muito convidativo e comigo meio adoentado, no passado Sábado dia 8 de Dezembro rumei ao Porto para mais uma aventura, desta vez para ver o concerto de Haujobb inserido na programação do festival Hallowfest 07, que incluia também os portugueses Mikroben Krieg e Psychotektrauma, os alemães Fabrik C e os suecos Spetsnaz.

Adianto desde já que eu fui para ver Haujobb e que os outros projectos não me despertavam interesse por filiarem-se em sonoridades electrónicas que não me dizem grande coisa actualmente, apesar de ter visto na mesma os concertos, à excepção de Mikroben Krieg visto que ainda não tínhamos jantado nessa altura e já tinha visto a banda anteriormente noutra ocasião.

O tipo de evento e bandas levou-me a ponderar algumas vezes que Haujobb poderia ficar meio deslocado no ambiente do festival devido à sonoridade do projecto em relação ao resto, o que se viria a revelar como acertado em alguns aspectos.

Basicamente, notava-se que muitas das pessoas foram ao evento não para ver as bandas, mas porque sim, ou porque queriam mostrar as roupas novas e derivados afins pseudo sociais. Isso acabou por ser bastante claro quando Haujobb, vulgo cabeça de cartaz, preparava o concerto e mesmo após o começo deste, o recinto continuava vazio, com as pessoas a estarem nas outras salas e a cagarem-se completamente... Posturas i guess...Ao menos melhorou um pouco durante o concerto, apesar da casa ter ficado a meio gás.


Isto, em conjunto com a notória saturação de Daniel Myer (mentor da banda) pelo estado actual das coisas e banda em si, ao ponto de dizer mais uma vez que esta irá encerrar actividades em 2008, acabou por proporcionar um concerto aquém do esperado. Pelo menos para mim a nível pessoal claro, pois não é todos os dias que me desloco ao Porto de propósito. Como tal, uma parca horita de concerto soube a pouco, e as paragens de Daniel Myer para fazer correr no portátil mp3 de outras bandas como Covenant no meio do concerto fizeram-me franzir o sobrolho. Ter resolvido tocar algumas vezes também faixas de outros projectos dele como Destroid e Architect, invés de certas faixas de Haujobb apesar dos pedidos do público, levou-me a ficar frustrado lol.

Ouvir faixas ao vivo como a Penetration (em versão Floor Mix excelente), Unseeing e Eye Over You é sempre algo de especial, mas ter faltado tantas outras como Boom Operator, Anti/Matter, Yearning, S.adow, Homes & Gardens, Renegades of Noize, etc., é de lamentar ao pensarmos que poderiam ter sido tocadas invés de coisas que nada tinham a ver como aconteceu. Para o gosto meio amargo ser ainda melhor, no final da última faixa do concerto, a clássica Dream Aid, Daniel resolve começar a cantar a Du Hast de Ranmstein, acabando assim o concerto. Tipo eh?

Apesar disto tudo, valeu a pena a deslocação, seja pelas músicas que foram tocadas porque o som estava bastante bom, como por ter tido oportunidade de conhecer pessoalmente algumas pessoas e cumprimentar outras que já não via há algum tempo, e pela aventura em si. Fica a sensação que podia ter sido tudo muito melhor, mas não se pode ganhar sempre. :)

4 comentar

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André Leão
admin
11 dezembro, 2007 10:02 ×

Ele não tocou o renegades of Noize? Fiquei com a ideia que essa malha tinha passado... :)

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11 dezembro, 2007 10:10 ×

Nope, mas tocou a Noise Institute com a Dream Aid no fim. Valha-nos isso. :p

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André Leão
admin
11 dezembro, 2007 10:44 ×

Foi isso... Estava a fazer confusão com o Noise Institute...

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