01. Victim
02. Belfast
03. Ride
04. The Ambitions Are
05. Drown
06. Holy
07. You Are Never Ready
08. Metal Eye
09. Thirst
10. Curses
Músicas a destacar: Belfast, Drown, Holy, Metal Eye, Thirst, Victim
Spotify: https://open.spotify.com/album/2mcxtDU90oB9tY6afGfASH
02. Belfast
03. Ride
04. The Ambitions Are
05. Drown
06. Holy
07. You Are Never Ready
08. Metal Eye
09. Thirst
10. Curses
Projecto nascido no início dos anos 80, os Golden Palominos sempre estiveram alicerçados na figura central de Anton Fier, que chegou a tocar com os históricos Pere Ubu. A ele juntavam-se depois vários colaboradores. Passaram por aqui muitas figuras ilustres como Michael Stipe dos R.E.M., John Zorn, Lori Carson, ou John Lydon dos P.I.L. e Sex Pistols. Com o tempo alguns colaboradores mais fieis começaram a manter-se em vários álbuns, como o conhecido baixista e produtor Bill Laswell e o guitarrista Nicky Skopelitis. Chegados a este Dead Inside, que viria a ser o último álbum lançado pela banda, juntou-se aos músicos a performer Nicole Blackman, conhecida pelos seus trabalhos de spoken word e colaborações ocasionais com outros projectos.
O início do álbum, com a faixa "Victim", dá logo o mote de que este seria um trabalho muito diferente dos anteriores da banda, convite para um universo negro e desconfortável. O som do vento, as primeiras palavras, o acompanhamento musical de teor ambiental em que Nicole descreve na primeira pessoa o rapto de uma mulher desde os primórdios do acto até às divagações sobre a sua existência à medida que pressente que a sua vida vai acabar, causa um impacto significativo capaz de abalar qualquer pessoa sensível. A forma como as palavras são entoadas com o fundo sonoro cria um ambiente único, eficaz, de um inferno que poderia acontecer a qualquer um de tão real a interpretação. O que se segue são mais nove faixas em que Anton Fier e companheiros criam panos sonoros para as palavras da vocalista, andando entre as mais ambientais e outras que pautam pela electrónica próxima de sonoridades trip-hop.
Um verdadeiro soco no estômago, não sendo fácil de ouvir do início ao fim, este álbum requer uma certa disposição. Ele provoca incómodo cá dentro, um nervoso miudinho, mostrando-nos coisas que sabemos existirem mas que, na maior parte das vezes, queremos fingir que não. Desconheço se alguma vez os Golden Palominos vão voltar ao activo nem as verdadeiras razões de terem parado após este álbum. Entendo que não seria fácil editarem o que fosse após a experiência deste álbum.
Perturbador para muitas pessoas, chato para outras, Dead Inside acabou por tornar-se para mim como um dos álbuns essenciais na história da música contemporânea.
O início do álbum, com a faixa "Victim", dá logo o mote de que este seria um trabalho muito diferente dos anteriores da banda, convite para um universo negro e desconfortável. O som do vento, as primeiras palavras, o acompanhamento musical de teor ambiental em que Nicole descreve na primeira pessoa o rapto de uma mulher desde os primórdios do acto até às divagações sobre a sua existência à medida que pressente que a sua vida vai acabar, causa um impacto significativo capaz de abalar qualquer pessoa sensível. A forma como as palavras são entoadas com o fundo sonoro cria um ambiente único, eficaz, de um inferno que poderia acontecer a qualquer um de tão real a interpretação. O que se segue são mais nove faixas em que Anton Fier e companheiros criam panos sonoros para as palavras da vocalista, andando entre as mais ambientais e outras que pautam pela electrónica próxima de sonoridades trip-hop.
Um verdadeiro soco no estômago, não sendo fácil de ouvir do início ao fim, este álbum requer uma certa disposição. Ele provoca incómodo cá dentro, um nervoso miudinho, mostrando-nos coisas que sabemos existirem mas que, na maior parte das vezes, queremos fingir que não. Desconheço se alguma vez os Golden Palominos vão voltar ao activo nem as verdadeiras razões de terem parado após este álbum. Entendo que não seria fácil editarem o que fosse após a experiência deste álbum.
Perturbador para muitas pessoas, chato para outras, Dead Inside acabou por tornar-se para mim como um dos álbuns essenciais na história da música contemporânea.
Músicas a destacar: Belfast, Drown, Holy, Metal Eye, Thirst, Victim
Spotify: https://open.spotify.com/album/2mcxtDU90oB9tY6afGfASH
4 comentar
Click here for comentareste também foi um dos meus álbuns dos anos 90. nunca cheguei a perceber porque o achavam chato.
Replyeu sempre o achei um soco no estômago, especialmente o primeiro tema, o "ambitions are" e o "holy" (penso).
comprei há pouco tempo o livro dela, "blood sugar", mas ainda não chegou. e sonho que ela venha a portugal
um abraço
jorge vicente
Hi. :)
ReplyNo fundo não é um álbum fácil de ouvir se não estivermos na disposição certa, ou se não gostarmos de experiências um pouco "diferentes". Tendo em conta a altura que saiu, o mais certo era as pessoas ouvirem aquilo e ya, acharem chato, ou opressivo demais.
Acho que hoje seria um álbum melhor compreendido, como muitos outros que eram um pouco avançados para o tempo.
Felizmente eu tive oportunidade de ver a Nicole Blackman no tal festival de spoken word no Porto há uns anos atrás, depois do lançamento deste disco. Pouco depois comprei também o Blood Sugar e tentei encontrar mais coisas dela em audio. :)
Mas o espectaculo dela no Porto foi uma experiência daquelas que marcam uma pessoa. Ainda hoje continuo a dizer que foi das mais perturbadoras que já pude assistir, no bom sentido. Lembro-me de termos saído do auditório, e ninguém falava sequer na rua. Só depois de uns 5 minutos é que as pessoas abriram a boca, tal o impacto. ;)
Obrigado pelo comment e prazer. ^_^
Eu tambem fui um dos que esteve presente no concerto de Nicole Blakman.ADOREI,
ReplyPARABENS PELO TEU EXCELENTE BLOG.
Olá e bem vindo. :)
Replymany thx pela palavras, já vou investigar o teu também heheh. :p
Mas que belo evento que foi esse festival onde teve a Nicole não foi? Impossível de descrever.
:)
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