Simple Minds - Empires and Dance (1980)

simple-minds-v2.jpg1. Travel
2. Today I Died Again
3. Celebrate
4. This Fear Of Gods
5. Capitol City
6. Constantinople Line
7. Twist/Run/Repulsion
8. Thirty Frames A Second
9. Kant-Kino
10. Room


Ora aqui temos daqueles momentos e exemplos que mais olhares "wtf?" provocam tanto numa noite em que meto música, como quando alguém que não conhece isto fica a olhar para mim quando lhes digo que banda é. *Sim, ouviste bem, isto é Simple Minds*

Uma das bandas pioneiras do movimento "pos-punk" (wtv that means), os Simples Minds infelizmente acabaram por ficar conhecidos é pela sua tendência que se viria a revelar mais tarde por um rock manhoso meio xunga, o que os torna daquelas bandas fáceis de odiar, daí as tais reacções incrédulas quando algumas pessoas houvem a música que faziam nesta altura, ainda mais porque os elementos da banda eram os mesmos.

Este Empires and Dance era já na altura o terceiro álbum da banda e como se pode constatar, já tem 27 anos, e os ritmos e mesmo a voz fazem lembrar a música que uns certos Joy Division também faziam na altura. Voz cavernosa, conteúdo político, ritmos onde o baixo é predominante, este álbum para mim encaixa-se perfeitamente numa altura em que também tínhamos os primeiros esforços dos Echo & The Bunnymen, U2 e referidos Joy Division, tendo sido tão marcante como todos esses exemplos. I Travel, Celebrate, Today I Died Again, This Fear of Gods, esta última com um ritmo constante ultra viciante que chegou a provocar reacções recentemente como “O que é isto? É que é muito bom, parece uma onda meio Dub” “Erm, what, Simple Minds, wtf?”

Numa altura a que a juntar aos exemplos acima tínhamos igualmente uns Depeche Mode ou New Order, é engraçado vermos como uma banda como os Simple Minds é tão pioneira como essas todas, e este álbum tem desde o início ao fim um ambiente contínuo meio apocalíptico como acontece noutros álbuns da altura. E num tempo em que temos tantos ressuscitares de influências do passado em bandas como os Interpol, Editors, She Wants Revenge e outras, é sempre bom ouvir-se e conhecer um dos exemplos de onde muitas dessas coisas vêm.

Um álbum que merece a pena descobrir, e que infelizmente não se encontra na Internet grandes exemplos decentes no YouTube ou no myspace, como tal tentem descobrir por outros meios. Típico exemplo de culto que faço tenções de ter sempre comigo não só por gostar do álbum mas também para chatear alguém sempre que possível com a frase da praxe *ouve isto man*. :)

Em termos da versão CD, encontrei-o há algum tempo na Carbono da Amadora, na altura usado e a 5€.