2. Cold Light of Day
3. Frozen Streams
4. Hard Frost Fields
5. A Year Without Summer
6. Cloak of Lingering Fog
7. God Rest Ye Merry Gentlemen
8. Stilled
9. The Great Thaw
10. Field Rotation - Zeitreise (Remixed By The Frozen Vaults)
Ouvir um disco inspirado num dos anos mais frios de que há memória quando o sol espreita em Lisboa parece um contra-senso. Mas quando nos deparamos com um conjunto de música tão bonito essas questões mundanas desaparecem. Gélido, com a precisão de uma seta apontada aos neurónios e ao coração.
1816 ficou conhecido como o ano sem Verão e é o nome do álbum de estreia dos The Frozen Vaults, colectivo que já apareceu algumas vezes neste blogue e que incorpora alguns músicos ligados a sonoridades mais experimentais como é o caso de Bartosz Dziadosz e o seu alter ego Pleq, e outros com raízes mais aproximadas à música clássica. O resultado é uma mistura entre ambas as vertentes que revela uma atenção exímia na construção de texturas e ambientes. É propício para reflectir, estudar, trabalhar ou para criar, mas não para o que normalmente se associa a música para dançar num clube.
A atenção ao pormenor é óbvia e estende-se à direcção de arte do digipack do CD, disponível em versão limitada e que transparece o que podemos escutar. Para quem tiver interesse na vertente sonora, é possível escutar o disco na íntegra, em streaming, na ligação bandcamp que disponibilizo abaixo ou no player respectivo. Encantador, mas com condições muito próprias de sentir para ser apreciado, 1816 é uma obra que inspira, que nos transporta para longe, muito longe daqui. É bálsamo de conforto e desconforto, é bonito.
1816 ficou conhecido como o ano sem Verão e é o nome do álbum de estreia dos The Frozen Vaults, colectivo que já apareceu algumas vezes neste blogue e que incorpora alguns músicos ligados a sonoridades mais experimentais como é o caso de Bartosz Dziadosz e o seu alter ego Pleq, e outros com raízes mais aproximadas à música clássica. O resultado é uma mistura entre ambas as vertentes que revela uma atenção exímia na construção de texturas e ambientes. É propício para reflectir, estudar, trabalhar ou para criar, mas não para o que normalmente se associa a música para dançar num clube.
A experiência é cinemática, intensa e dada a momentos de divagação e melancolia, mas também é poética e de uma beleza rara.O piano, violoncelo e violino, em conjunto com os tapetes electrónicos ambientais meticulosos, dominam as melodias e criam imagens de paisagens desoladas por um Inverno permanente. A experiência é cinemática, intensa e dada a momentos de divagação e melancolia, mas também é poética e de uma beleza rara. Os arrepios sobem por nós em sintonia com a evolução dos temas. Veja-se o exemplo da recta final de ‘Hard Frost Fields’, com o piano em duelo com as cordas, que desaparece para dar lugar a uma das peças centrais do disco, a maravilhosa ‘A Year Without Summer’. É como se estivéssemos no interior de um filme, personagens vivas de uma narrativa lúgubre, os passos encadeados ao sabor das notas, o som da água, o piano e as cordas, tristes e bonitos, a crescerem até ao impossível.
A atenção ao pormenor é óbvia e estende-se à direcção de arte do digipack do CD, disponível em versão limitada e que transparece o que podemos escutar. Para quem tiver interesse na vertente sonora, é possível escutar o disco na íntegra, em streaming, na ligação bandcamp que disponibilizo abaixo ou no player respectivo. Encantador, mas com condições muito próprias de sentir para ser apreciado, 1816 é uma obra que inspira, que nos transporta para longe, muito longe daqui. É bálsamo de conforto e desconforto, é bonito.
Editora: http://www.voxxov-records.com/
Facebook: https://www.facebook.com/TheFrozenVaults
Bandcamp: https://voxxov-records.bandcamp.com/album/1816
Tem formação em multimédia, fotografia e jornalismo. Mas mais do que isso, tem mundos na cabeça e caleidoscópios de actividade criativa.
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