Surrealista, negro, fantástico, indescritível. Zdzisław Beksiński é um artista de origem polaca cujos trabalhos na área da pintura, fotografia, desenho e arte digital, tanto fascinam como parecem oriundos dos nossos maiores pesadelos. Ficamos perplexos com estas criaturas e universos, não conseguimos desviar o olhar e tentamos descortinar os pormenores à medida que aprofundamos a descida pelos talentos deste artista que nos remexe as entranhas.
Assassinado em 2005, a vida de Zdzisław Beksiński quase parece uma história surreal paralela às suas criações. Estudou arquitectura, trabalhou nas obras, vulgo construção civil se quisermos usar termos mais eruditos. Não teve nenhum treino ligado às artes além da vontade pessoal e autodidacta de aperfeiçoar a sua técnica, assim como não gostava de criar em silêncio. A música, era a sua companhia predilecta nessas ocasiões. Familiar.
Após alcançar sucesso e reconhecimento no seu país natal no início dos anos 60, conseguiu dedicar-se finalmente à pintura. Com o decorrer do tempo, a popularidade das suas obras iria ultrapassar fronteiras e continentes. Europa, Japão, Estados Unidos, a vida parecia correr de feição a Zdzisław Beksiński. Entretanto a sua mulher morre em 1998 e o seu filho suicida-se no ano seguinte...
Na pintura, as paisagens são tão desoladoras como fascinantes. As formas humanas, deformadas, exibem um fascínio por esqueletos em posições tão suspeitas como ternurentas consoante os casos. Explorar Zdzisław Beksiński é como descobrir um baú de tesouros sem fundo, cada período criativo mais intrigante do que o outro. É falarmos connosco próprios através de outra voz.
Por vezes faltam-me as palavras quando encontro artistas como este. Aliás, mesmo agora sinto a inércia a tomar-me conta da fala e dos dedos.
Não consigo descrever o que me puxa para estes locais que apelam ao desconforto. Uma sensação de familiaridade, de impulsos que nos inspiram a criar, não sei. Posso dizer apenas que gosto, que adoro até, assim, de maneira tão simples, sem grandes explicações. Qualquer noção parece insuficiente.
Além do que podem observar neste artigo, uma simples busca pelo google digitando este nome é sinónimo de sorrisos. Mesmo assim, aconselho vivamente a visitarem os dois links no final deste artigo. O primeiro é o site oficial mantido pela Galeria Belvedere, enquanto o segundo é um museu virtual que permite ver inúmeras obras do artista divididas por vários períodos. Para quem ainda não o conhecer, fica o convite à exploração.
Assassinado em 2005, a vida de Zdzisław Beksiński quase parece uma história surreal paralela às suas criações. Estudou arquitectura, trabalhou nas obras, vulgo construção civil se quisermos usar termos mais eruditos. Não teve nenhum treino ligado às artes além da vontade pessoal e autodidacta de aperfeiçoar a sua técnica, assim como não gostava de criar em silêncio. A música, era a sua companhia predilecta nessas ocasiões. Familiar.
Após alcançar sucesso e reconhecimento no seu país natal no início dos anos 60, conseguiu dedicar-se finalmente à pintura. Com o decorrer do tempo, a popularidade das suas obras iria ultrapassar fronteiras e continentes. Europa, Japão, Estados Unidos, a vida parecia correr de feição a Zdzisław Beksiński. Entretanto a sua mulher morre em 1998 e o seu filho suicida-se no ano seguinte...
Existe toda uma técnica perfeccionista bem visível nos seus trabalhos, como também um romper de tradições estéticas.É impressionante olhar para este artista e observar como a sua obra tem tanto de perturbadora como de intemporal. Existe toda uma técnica perfeccionista bem visível nos seus trabalhos, como também um romper de tradições estéticas. Em alguns casos, como na fotografia por exemplo, sente-se uma vontade de explorar os limites do meio, de libertação das amarras documentais para uma visão subversiva da realidade. Criam-se mundos e o chão desaparece debaixo dos nossos pés.
Na pintura, as paisagens são tão desoladoras como fascinantes. As formas humanas, deformadas, exibem um fascínio por esqueletos em posições tão suspeitas como ternurentas consoante os casos. Explorar Zdzisław Beksiński é como descobrir um baú de tesouros sem fundo, cada período criativo mais intrigante do que o outro. É falarmos connosco próprios através de outra voz.
Por vezes faltam-me as palavras quando encontro artistas como este. Aliás, mesmo agora sinto a inércia a tomar-me conta da fala e dos dedos.
Não consigo descrever o que me puxa para estes locais que apelam ao desconforto. Uma sensação de familiaridade, de impulsos que nos inspiram a criar, não sei. Posso dizer apenas que gosto, que adoro até, assim, de maneira tão simples, sem grandes explicações. Qualquer noção parece insuficiente.
Além do que podem observar neste artigo, uma simples busca pelo google digitando este nome é sinónimo de sorrisos. Mesmo assim, aconselho vivamente a visitarem os dois links no final deste artigo. O primeiro é o site oficial mantido pela Galeria Belvedere, enquanto o segundo é um museu virtual que permite ver inúmeras obras do artista divididas por vários períodos. Para quem ainda não o conhecer, fica o convite à exploração.
Site oficial: http://www.beksinski.pl/
Museu Virtual: http://beksinski.dmochowskigallery.net/galeria_past.php?lang=e
8 comentar
Click here for comentarprovocante , para a alma, e linguagem deste pintor ...
ReplyMuito, não nos deixa indiferentes. :)
Replynão mesmo ... há em nós um lado escuro que nos desorientam
Replyeu não me sinto nada confortável ... sou muito solar
Mas ele até acaba por ter coisas positivas também, de esperança até. :)
ReplyUm bocado visceral a arte dele. :)
sim .... é perfeita a sua forma de diálogo, as suas palavras artísticas
Replyeu é que tenho "medo" deste lado humano
:)
ReplyQuem sabe acabe por ser mais humano do que outros lados evidenciados pelas realidades actuais. :)
Até encontro nos trabalhos algumas ideias paralelas a isso, como a última imagem deste post, em que as duas figuras como que estão unidas contra um mundo desolado. Também poderei estar a divagar. :p
é bom divagar ... vou acompanhando o que por aqui divagas
ReplyFico contente que assim seja e sempre poderá dar para sairmos um pouco de certas rotinas. :)
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