Setembro II


As manhãs, notavelmente escuras, são propulsoras de saudades. Gostamos do vento, dos corvos histéricos, das primeiras folhas amarelecidas e dos vestidos com tons quentes a arrastar pelo chão combinados com os sapatos que comprámos das novas colecções. Os calceteiros sentem-se felizes e as nossas pernas hirtas, firmes, validam existências invisíveis. A cidade, é agora oficialmente nossa.

Nuno Almeida
Textos Soltos

2013