Reencontros

"Numa multidão de anonimatos vi corpos a dançar, bailados, a perderem-se, alguns, que me eram queridos, tão eu, ali, como também estiveram em mim horas antes coincidências, palavras que só poderiam fazer sentido naquele momento, antes de ir ver os braços a rodopiar no centro da cidade. E aí, nesse soluçar pequenino, na expressão das faces a deliciarem-se com os seus pares, encontrei-me cá dentro e encontrei-me em ti, nos processos de reencontros da vertigem que nos tem fugido dos pés."

Nuno Almeida, Ecos de Gravidade, 2010