O Caminho dos Anjos 2006

Julho de 2006...O novo CD em curso tem finalmente nome, estando directamente relacionado com uns textos que escrevi há uns anos atrás e respectivo CD feito anos depois disso, assim como uma nova fase pessoal que estou, aparentemente, a começar a atravessar... Tudo indica que este novo CD será uma mistura entre reflexão, alguma melancolia, e a habitual “acessibilidade” de outros CDs feitos com o propósito de apresentação do que é o Cellophane.

A ideia disto tudo veio após uma conversa com uma pessoa numa fase má, comigo a tentar transmitir alguma energia positiva, como vem sendo hábito meu nos últimos tempos, ao contrário do passado onde absorvia energia negativa para transmitir energia ainda mais negativa. Seguindo o desejo de acabar uns certos textos, uma coisa levou à outra, visto que já existia há uns dias uma ideia no ar para um novo CD.

Pena é que no final ninguém se importe depois muito contigo, a não ser nas alturas em que precisam de algo, pautando pela ausência até lá, ou simplesmente indiferença.

Voltando ao CD, o mais certo é virem a existir várias versões à volta da ideia central, como já é costume. Por agora existe uma “normal” na cabeça, e quem sabe uma mais “dark” later, dependendo dos resultados finais, estando uma pequena capa para o mesmo também em curso, esperando-se que seja uma coisa simples.

No que toca aos textos, já fazia algum tempo que tinha perdido algum contacto em escrever fora das funções habituais do dia a dia em que trabalho actualmente como jornalista, tendo sabido bem voltar a isso, quase como um reencontro após alguns anos de dois grandes amigos… Em seguimento disso também decidi voltar a ler algumas coisas do passado, nomeadamente a “famosa” trilogia de textos de nome ”O Caminho dos Anjos”, que na altura marcaram em todas as frentes parte do que seria a erm, minha existência, e saber depois o caminho que tinha a seguir a partir daí. A início, quando decidi reler esses textos, visto que já passaram alguns anos, tinha algum receio das coisas parecerem agora meio ridículas, seja a nível de escrita como de conteúdo. Felizmente, ou talvez não dependendo do ponto de vista, isso não aconteceu, e mal li alguns dos textos senti um arrepio perturbador na espinha e depois no resto do corpo. Trabalho ou não, penso que andava a evitar um pouco manter tão viva essa parte de mim por razões várias, mas ya, o reencontro soube bem.

Apesar de este mês não haver nenhuma noite de música prevista, sinto que toda esta história e retorno ao Caminho dos Anjos deverá afectar isso e outras coisas, especialmente o escrever de novo e desejo de voltar a participar em recitais no processo, fora o tal novo CD em fase avançada de planeamento. Veremos o que sai daqui com o tempo.